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Ajuda a Respeito da Culinária

por Sidarta
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Olá! Eu estou precisando de ajuda a respeito da culinária, pois sou deficiente visual e tenho algumas dúvidas.

Primeiramente gostaria de dizer que gosto muito de cozinhar, mas o problema é que além de não enxergar, não sinto cheiro.

Gostaria de ajuda para solucionar algumas dúvidas ou dificuldades que tenho quando cozinho.

Primeira dúvida:Como é que eu, não sentindo cheiro posso saber se o ôvo está estragado?

Segunda dúvida:Como é que fritando um bife eu posso saber quando que um lado está bom para poder virar o bife?

Terceira dúvida:Como é que eu posso medir a quantidade quando pede na receita 160 mls de leite ou água?

Agradeço desde ja a todos que colaborarem, enviando sugestões, soluções ou até outras dúvidas, visto que outras pessoas podem ter dúvidas a respeito.

Sidarta

Olá, Sidarta!

Não sei se vou conseguir ajudar com algumas técnicas que utilizo.
Mas... Aqui vai!
Consigo sentir o cheiro que existe há minha volta, mas, tentei colocar-me no seu lugar.
Em relação aos ovos:
Ovos cozidos, Numa panela com água, colocar os ovos crus e verificar com a mão se eles permanecem no fundo ou, se em vez disso, ficam a boiar. Se verificar que os ovos estão à superfície da água, então significa que estão estragados.

Ovos para estrelar ou para bolos, colocar um por um num recipiente, e com a mão em gesto suave, verificar se a gema do ovo está inteira, a gema tem que estar rijinha e inteira.
Quando usar os ovos para estrelar, depois de verificar o seu estado, verte o ovo para dentro do óleo .
Para usar os ovos em bolos, depois de verificar, um a um, vai vertendo o ovo para o recipiente que vai utilizar para bater os ingredientes do desejado bolo.

É importante que a verificação dos ovos, seja feita, um a um, porque corre-se o risco, se houver um deles que esteja estragado ao misturá-lo com os outros vai ter que deitar todos fora.

Em relação aos bifes
Também não tenho uma regra definida, mas pode, usar o ouvido e mais ou menos o tempo que está na frigideira, depois de virar, com algum cuidado, experimenta com o indicador e vai sentir uma textura diferente. Só experimentando é que vai arranjando soluções, nas primeiras vezes o melhor é utilizar o espirito de aventura e comer como está. É o que eu faço quando quero fazer qualquer coisa de novo.
Mas com os bifes, temos 3 coisas que podem acontecer:
Uma é ficar frito ao nosso gosto; outra é ficar mal passado e temos que o voltar a pôr na frigideira e por fim o bife pode ficar muito passado e aqui já não há solução a não ser comê-lo.
Sidarta estou a brincar um bocadinho com a descrição feita. É só para tornar as coisas um bocadinho mais fáceis.

Em relação às medidas de líquidos,
Junto envio uma tabela que retirei de um site .

1 chávena de arroz
= 180 g

1 chávena de farinha
= 100 g

1 chávena de margarina
= 180 g

1 chávena
= 2 dl
= 13 colheres de sopa
1 copo de água
= 2 dl
= 13 colheres de sopa
1 copo de vinho
= 1 dl
= 6 colheres de sopa
1 cálice
=0,5 dl
= 3 colheres de sopa

1 colher de sopa
= 15 cc

1 colher de sobremesa
= 10 cc

1 colher de chá
= 3 cc

Espero ter contribuído, para o seu sucesso na cozinha.

Beijinhos e sempre disposta a qualquer solicitação

P.S.: O que sei já houve alguém que me ensinou e ajudou!
Beijinhos Isabel Cardoso

Olá,
Escrevo porque ainda sei menos do que vocês sobre assuntos de culinária.
Na verdade, só há muito pouco tempo me iniciei nas lides domésticas. Estou cheia de dificuldades... bloqueio muito facilmente... a minha mãe tenta ajudar-me no que pode mas por vezes há muita coisa que não entendo...
Sei que as pessoas que cozinham já passaram todas por esta fase, especialmente os deficientes visuais. No entanto, recorrendo à sabedoria dos mais experiemntes, que atitudes ou truques é que eu devo utilizar para uma fase inicial com o intuito de me tornar mais segura? Quero aprender, mas sinto-me, muitas vezes, impotente. Alguém me pode dar alguma dica?
Obrigada,
Sónia

Olá, Sónia!

Temos todos aptidões!
O facto de se embaraçar na cozinha, não a torna menos capaz noutras áreas.
Eu, por exemplo, revelo grandes dificuldades na mobilidade, em espaços exteriores, quando tenho que fazer os trajectos sozinha, não por falta de orientação, mas, por que desencadeio ansiedades que me limitam. Mas quero muito ser independente e quebrar essas barreiras! Cheguei ao ponto de dizer-me a mim própria: “Só tu podes fazer isso por ti!”
Com isto quero dizer; tem que experimentar, tarefas culinárias, sempre com muita calma.
Comece, pela tarefa que considere mais simples!
Em primeiro lugar, interiorize a tarefa, ou seja, transporte para o cérebro uma imagem das coisas que as mãos sentem, os sons e os cheiros que estão presentes no momento em que as realiza.
Depois de fazer as vezes que necessitar até se sentir confiante, passe para uma segunda fase, que é:
Antes de realizar a tarefa, comece a fazer um trabalho mental sobre o que vai ter e querer fazer.
É natural que em determinados momentos, lhe surjam pensamentos limitativos !
Penso que, o segredo esteja aqui, não dê força a esses pensamentos, porque eles vão ser mais fortes que a sua vontade de fazer actividades culinárias. Respire fundo, derrote os pensamentos limitativos, dê hipóteses a si mesma de falhar, mas diga sempre que vai conseguir!
Querer é poder!
Estou a utilizar estas palavras consigo, mas também servem para mim!
Tem a imagem de uma batata?
Tem a imagem do momento em que pega numa batata?
E a faca? Esta usada com muita calma, não faz mal nenhum, bem pelo contrário, ajuda-nos a preparar alimentos que usamos principalmente para a nossa sobrevivência e depois alimentos que nos dão imenso prazer.
Tem a imagem das suas mãos a pegarem na batata e na faca?
E agora já chegou ao momento imaginativo de; com uma mão rodar a batata e com a outra que segura na faca começar a fazer uma ligeira pressão para retirar a casca?
Sónia, espero ter feito um clique qualquer dentro de si!
Quem sabe, um dia destes, vá ter consigo, para assistir aos seus belos cozinhados! lol
Vamos força!
Eu para as minhas caminhadas e a Sónia, para, servir grandes refeições aos seus amigos e familiares!
Ainda vou ouvir falar de si como uma das maiores cozinheiras! Lol
Desejo-lhe muitas felicidades e uma Santa e Doce Páscoa
Sempre disponível!
Isabel Cardoso

Olá,
Antes de mais, quero agradecer as respostas que me foram dadas pela Isabel e pelo Sidarta.
Na verdade, força de vontade é o que não me falta. Pciência, pois... isso não tenho muita. Sim, é verdade... gostaria de poder aprender tudo mais rapidamente. Sou um desastre nas lides domésticas.
quanto ao exemplo dado pela Isabel em relação ao descascar uma batata, felizmente, essa fase eu já passei. As minhas inseguranças vão muito para além disso.
Começo por não saber que porção de ingredientes colocar numa refeição, o tempo de cozedura que é necessário também me assusta.
Já fiz um arroz branco, massa em branco, já cozi batatas... até já ajudei a minha mãe a fazer uma sopa... mas... sempre com ajudas.
Nunca fritei nem grelhei nada. A minha mãe mete-me medo: diz que é muito complicado para uma pessoa deficiente visual estrelar um ovo, fritar o que quer que seja, porque pode queimar-se com o óleo. Ainda não experimentei grelhar nem guisar.
Outra coisa que me faz muita confusão é quando penso que terei que preparar uma carne ou um peixe para uma refeição. Como cortar a carne em bocados... como cortar uma carne com osso, por exemplo? E o peixe, como fazer?
Perdoem-me todas estas perguntas, mas acho que devo tentar esclarecê-las com pessoas que têm as mesmas limitações que eu e que tiveram também as mesmas ou ainda mais dificuldades que eu no que toca a estas situações.
Obrigada e votos de boa Páscoa, com doces à mistura. Bem, e por falar em doces, nesses nem quero falar, porque aí é que não sei mesmo fazer nada!
Sónia

Olá Sónia!

Eu sei por tudo que passas. Mais sinto que em tuas palavras ha medo ou receio.

Sei que é difícil para nós cozinharmos. Mais isso é só no começo. Depois se torna muito fácil.

Em quanto a sua mãe. Sei o que é isso. Minha mãe também fala essas coisas. Mais se nós fôssemos seguir todas as preocupações que elas tem, nós não faríamos nada.

Vou citar uma coisa que acontece comigo. Eu tenho receio de sair na rua sozinho, mais eu gostaria de aprender a fazê-lo. Mas minha mãe não me apóia.

Sei que um dia terei que sair sozinho, com ou sem aprovação dela, pois eu preciso ser independente, visto que minha mãe não durará para sempre.

Eu aconcelho a mesma coisa para ti. Sinto que precisas largar o receio de lado e infrentar tudo que lhe da medo, pois eu também tenho medos, esses nos quais tento enfrentar.

Medos como:Cortar uma carne, fritar alguma coisa, ou fazer um doçe, são coisas passageiras, pois com o tempo conseguirá fazer tudo sozinha e sem medo, visto que só a experiência tras o verdadeiro saber.

Abraços a todos
Sidarta

Sidarta

Olá Sónia desde já gostaria de te felicitar pois acho que dentro de ti está uma mulher de grande coragem.
Realmente o sidarta tem muita razão e a Isabel também, pois nós é que temos de nos esforçarmos para criar as nossas próprias técnicas.
Eu por exemplo já fui de Faro até coimbra sózinho onde nesse trajecto tive de efectuar 3 modanças de Autocarro e fi-lo de regresso igualmente sozinho.
Em relação aos grelhados se descobrires as técnicas adequadas ou se seguires as dicas que já te forneceram anteriormente vais ver que é mais fácil do que parece.
Isto tudo para te dizer que o principal é preciso é coragem.

Olá, Sónia!

É tão difícil!
Qualquer coisa que possa escrever, pode ir ou não, ao encontro das suas necessidades!
Em relação à batata, usei como exemplo, para que possa utilizar noutras actividades culinárias.
Sobre a carne, sempre que posso, peço ao senhor do talho para me arranjar a carne a meu gosto.
Não gosto da forma como cortam o frango, peço só para cortar em 4 partes, ou seja separar os peitos e as pernas. Arranjei um martelo de madeira, daqueles que se usam para partir marisco, uma faca e uma tábua e depois coloco o pedaço de frango na tábua e com a faca assente na parte que eu quero cortar dou com o martelo até partir o osso. É que por exemplo tenho medo de me cortar e assim faço a tarefa sem correr qualquer risco e corto os pedaços de frango a meu gosto.
Em relação ao peixe, também peço na peixaria que me amanhem o peixe. Hoje em dia os peixes congelados, também já vem mais ou menos preparados.
Sobre os fritos , para mim é particularmente complicado, tenho imenso medo de o fazer, não consigo perceber quando é o momento de os virar ou se já está frito. Só as batatas fritas é que faço sem qualquer problema. Uso uma fritadeira de fogão com um cesto de rede, o barulho vai alterando consoante as batatas vão ficando fritas, no fim retiro uma e provo. Usando o cesto na fritadeira é muito seguro e controlável, antes de tirar umas e colocar outras ponho sempre o lume no mínimo, para que o óleo não aqueça muito.
Mas conheço pessoas que não tem qualquer problema em fazer fritos, também já perguntei como fazem, o que me apercebo, é que é muito intuitivo, ainda não consegui obter qualquer regra a utilizar, as pessoas que o fazem, conseguem-no e mais nada. Necessita de muita observação para o fazer e no processo de aprendizagem ainda mais.
Não é nada fácil, mas é possível, acredito e sinto que são tarefas que temos que nos propor a fazê-las sozinhas
Uma receita de doce simples e muito boa.
Uma lata de leite condensado
3 pacotes de natas daquelas de cartão, salvo o erro, de um quarto de litro.
4 folhas de gelatina branca
Bolachas maria

Bate-se as natas até ficarem duras, verifico com o indicador a consistência das natas, enquanto a cabeça do dedo não ficar marcada, não deixo de bater
Em seguida mistura-se o leite condensado, bate-se por alguns segundos para ficar bem misturado nas natas
Em relação às folhas de gelatina, estas devem ser colocadas num recipiente com água fria para irem amolecendo, enquanto faz o resto do doce
Depois de ter batido as natas e ter adicionado o leite condensado
Retira as folhas da água fria espreme as folhas com as mãos, vai sentir uma ligeira goma nas mãos, e, as folhas não se vão desfazer, mas já estão amolecidas
Em seguida, coloca o montinho de folhas numa tigela seca e adiciona um pouquinho de água quente, mas a água tem que ser mesmo muito pouca, porque senão vai tornar o doce muito líquido, não tenha medo porque não se queima, pois a água quente como é muito pouca ao entrar em contacto com as folhas frias vai arrefecer no momento e pode com o indicador misturar até ficar líquido
Agora adicione esse líquido ao doce, volte a bater tudo
Por fim verta para tigelinhas ou uma taça de doce grande
Decore com as bolachas maria, que tem que ser previamente esmigalhadas, uso o 1 2 3 ou o ralador de cenouras naquela parte que tem os furinhos mais pequenos
Boa sorte e vai ver que é fácil!
Esta tarefa não tem qualquer tipo de perigo, a não ser a utilização correcta da batedeira.
Beijinhos
Isabel Cardoso

Olá Isabel e todos que já me tentaram ajudar no que diz respeito à vida diária.
Queria só esclarecer que o meu nick no ler para ver é Lusitana, pois foi o nome que escolhi quando me registei. No entanto, continuo a ser a mesma Sónia, aquela que está cheia de receios na cozinha! Risos
Agradeço todas as dicas, especialmente estas últimas dadas pela Isabel. Já faço algumas coisas, mas sinto que é um caminho ainda muito longo a percorrer.
Ao longo desta minha ainda curta caminhada pelas lides diárias, vão-me aparecendo muitas dúvidas... fico muito insegura. mas acredito que isto um dia entre nos eixos. Risos!
Aproveito também para manifestar a vontade de poder trocar mais impressões sobre este assunto com a Isabel Cardoso. Julgo que ela tem truques que me poderão vir a ser muito úteis. Assim, aqui deixo um e-mail, caso a Isabel ou qualquer outra pessoa apta na cozinha queira contactar-me.
soniaferreirasantos@sapo.pt
Muito obrigada e até breve,
Sónia

Olá Isabel!

Meu Deus... fiquei tão emocionado ao ler as tuas explicações... olha, não queres escrever um livro com essas dicas, uma vez que demonstras ter jeito para dar cliques nas pessoas ao ponto de fazer com que, com uma certa segurança consigam colocá-las em prática?

Olha que acho que era uma boa ideia...!

Sei que já existe um livro escrito do outro lado do atlântico pela Fundação Dorina cujo título é, salvo erro, "Dicas colinárias para deficientes visuais", mas não sei se está digitalizado... mas de qualquer modo, complementando a leitura desse livro com um provável manual teu, ficava mesmo 5 estrelas, e com a prática as dúvidas eram esclarecidas!

Gostava de ter o teu contacto do msn e/ou skype, para trocarmos impressões sobre esta e outras coisas!

O meu msn é:
tiagoduarte.pt@gmail.com
e o skype é:
duartecompanhia

Beijinhos e obrigado pelas tuas dicas e por tudo aquilo que já escreveste aqui,

Tiago Duarte

Tiago Duarte

Olá Sónia! Para complementar o que Isabel Cardoso disse, eu irei contar a minha esperiência como cozinheiro.

Quando comecei a cozinhar não sabia muito como fazer as coisas, sendo assim minha mãe sempre me ajudava. Quando eu me deparava com alguma dificuldade eu procurava resolvê-la com a minha mãe.

Assim, como diz um ditado popular, duas cabeças pensando é melhor do que uma.

Com a minha mãe me ajudando a achar soluções para o que eu não conseguia fazer, eu passava a saber o que fazer e depois fazia sozinho.

No começo surgem muitas dúvidas, deixando-nos confusos. Mas isso é normal.

Para que aprendamos a cozinhar bem, temos que ter paciência, pois não aprenderemos tudo em uma semana, e deixar o receio de lado!

Espero que tenha ajudado
Grato Sidarta

Sidarta

Se me permitem mais uma pergunta, e já que estamos a falar de colinária, também tenho alguma dificuldade em saber ao certo quando é que um bife, um hamburger, etc estão em condições de serem virados... mas para além disso, ainda não consegui encontrar a melhor forma de os virar, com a máxima segurança possível, principalmente quando está mais do que um bife na frigideira. Alguma sugestão?

Já agora, e para quem tem mais experiência nestas coisas do que eu, qual será a melhor forma para quem não vê saber que o estrugido está pronto? É que o tempo que medeia enttre ele estar no ponto certo e a cebola, o azeite, etc, ficarem queimados demais não é muito, lol

Obrigada desde já

Ana

Olá Ana! Eu não sou nenhum mestre da culinária, mas sei algumas coisas.

Em questão do Bife, eu também tinha esta dificuldade, tanto que eu criei este tópico de fórum com esta dúvida.

Pelo que o pessoal andou me ajudando e a minha experiência como cozinheiro, posso concluir que para saber se o bife está bom, temos que prestar a atenção em alguns pequenos detalhes, como o tempo, a concistência e o barulho dele fritando.

Em questão do tempo, só a experiência que irá dizer, pois se eu falar um tempo, posso errar, visto que existe vários formatos diferentes de panelas e bifes, sendo alguns maiores que os outros.

Enquanto a concistência, é simples. Basta você tocar o bife com um garfo. Só por este toque ja da para perceber a concistência, sendo a mais mole mal passado e a mais dura o bem passado...

Para virar, procuro visualisar o bife em minha cabeça usando como auxílio o garfo para sentir em qual posição está o bife.

Lembrando que tudo o que disse pode não ser a mesma forma que outras pessoas fazem para fritar um bife.

Espero ter ajudado
Grato Sidarta

Sidarta

Olá, Ana!
Para começar, concordo com tudo o que o Sidarta disse, sobre, só a experiência de cada um, é que nos permite fazer as coisas.
Quanto ao virar os bifes, faço como o Sidarta, acrescentando só um pormenor!
Quando coloco os bifes memorizo a forma e a posição como os ponho. Para virar os bifes, uso o garfo na mão direita e ponho-o entre a frigideira e o próprio bife e com o indicador da mão esquerda seguro contra o garfo e viro-o. Faço isto porque a parte de cima do bife ainda se encontra mais ou menos fria, uma vez que está crua.
Quanto aos hambúrgueres, utilizo uma escumadeira ou espátula igual à que se usa para os ovos estrelados. Dentro dos talheres de cozinha existem pelo menos 2 tipos, a que eu chamo escumadeiras, uma tem a forma redonda e com furos e a outra, não sei como explicar, mas é parecida com uma espátula mais ou menos rectangular e com umas tiras, do mesmo material, espaçadas entre si.
Coloco esta última por debaixo do hambúrguer até o sentir todo em cima da escumadeira, e depois auxiliando com a mão esquerda volto a parte crua para o molho.
Brincando um bocadinho! É claro que com estas minhas técnicas “esmeradas” volta e meia sinto uma ligeira temperatura na ponta dos dedos.
Enfim, a lei da sobrevivência impera!
Falando agora do estrugido, no início vai sentir a cebola dura e volumosa. Conforme vai mexendo, a cebola vai perdendo volume e tornando-se mole. Só no início é que tenho o lume no máximo, quando o azeite começa a ficar muito quente, ponho o lume no mínimo, e, quando a cebola começa a ficar mole, mantenho-me a mexer por mais uns instantes e em seguida adiciono o que pretendo. Não me preocupo muito se está no ponto certo, porque o estrugido não deve estar muito tempo ao lume, não só porque se queima, mas, porque também quanto mais refugar a cebola menos saudável se torna.
Quando adiciono tomate à cebola e ao alho, aqui sim, deixo estar mais tempo para apurar, ou seja, ao adicionar o tomate maduro o refugado torna-se mais aguado e então eu deixo estar por mais tempo ao lume, até perder alguma ou quase toda a água, desta forma fica o sabor mais apurado. Neste processo mantenho o tacho tapado.
Beijinhos e desejo todo o sucesso para si e para todos que acabaram de ler este texto. Lol
Isabel Cardoso

ola Sidarta, para duas perguntas tenho resposta. eu tb gosto muito de cuzinhar e vão aí se lhe ajudar maravilha.
para o bife, acho q a melhor forma e vc ir percebendo q a carne vai ficando mais firme e não mole igual a quando vc coloca para fritar. outra forma tb e de tempos em tempos quando o barulho do bife vai diminuindo vc virá-lo.
quanto a medida, se vc conhece copo lagoinha ou americano, ele tem 150 ml. aí vc coloca ele mais um pouco. essas receitas q pede esse tipo de medida se passar um pouco tem problema não. e tb vc encontra nessas lojas de importados. aqui em belo horizonte nós falamos de $1,99. vc acha um jogo de vazilhas q são própios para medidas. convem dar uma olhada nesses lugares.

abraços
e espero ter ajudado.

Ola.

A minha mae é deficiente visual de nascença e desde pequena que a vejo na cozinha.

Tenho alguns conselhos para dar. Para marcar medições ou algum ponto especifico, cole um palito ou um fosforo (sem ponta) no lugar que deseja.

Por exemplo, a minha mae tem tres palitos colados na maquina de lavar roupa (um colado no programa de roupa fria e dois no programa de roupa quente), assim ao tocar ja sabe ate onde rodar para por no programa de roupa certo.

para saber se o bife está bom pode esprimentar com um garfo. quanto ao leite já copos com relevo

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