Nada. Seria o termo mais sensato para definir aquilo que somos, quem somos e porque somos, se pensarmos que somos, na melhor das hipóteses, fruto de um ato pensado, mas em todo o caso não solicitado por nós. Se refletirmos que somos o reflexo do que absorvemos da sociedade, do que recebemos de ti e dacoli. Somos, para além do que se defende ser inato, uma mistura das aprendizagens e desaprendizagens oferecidas pelos encontros longos ou momentâneos com os seres que nos rodeiam. Somos o resultado dessa mistura com a capacidade de pensar, filtrar e seguir um caminho. Somos apenas o que a memória nos deixa ser e durante o tempo que nos permite ser. Somos, e seremos, se nada fizermos para deixar a nossa marca, simplesmente nada.
NSousa 16-04-2015
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Comentários
Há um fundo de cepticismo
Há um fundo de cepticismo neste texto que é, simultaneamente, poético e filosófico. Somos a consequência do nosso A.D.N. e, principalmente, segundo a ciência moderna, da interacção com a sociedade em que estamos inseridos. E dessa interacção pode resultar um vitorioso ou um derrotado.
Vem-me à memória Camus e o seu niilismo que foi, em tempos remotos, a minha atracção do abismo, intelectualmente falando, claro.
Toda a reflexão existencial é apaixonante e inesgotável.
Já basta o nosso dualismo diário : a personalidade de consumo que deriva da imagem que os outros fazem de nós e aquilo que,no nosso núcleo duro, sabemos que somos mas que ocultamos por timidez ou por defesa.
Olá E.M.A,
Olá E.M.A,
Como não sermos céticos se a vida nos mostra a todo o momento que somos simplesmente uma estrela que surge e se apaga quando ela quer, por vezes até sem ter tido tempo para brilhar?
Hoje não poderia deixar de fazer a minha homenagem a uma dessas estrelas, mas faço-o apenas recuperando aqui um vídeo que penso já publiquei neste portal e que demonstra bem porque devemos ser humildes…
https://www.youtube.com/watch?v=sYGVPdGH74o
Continue a escrever pois este Portal, que é a galáxia, agradece a todas as estrelas que lhe dão vida…
Cumprimentos,
NSousa