Por muito mais desenrascado que um cego seja a andar na rua, o papel do técnico de mobilidade é essencial para que possamos fazer determinados percursos em segurança e escolhendo a opção mais certa.
Essa ajuda torna-se muito mais preciosa quando falamos de trajectos com semáforos de um lado e de outro e passadeiras para peões que não estão minimamente identificadas e voltando aos tais semáforos resta dizer que faz tempo que foi pedido para que tenham a respectiva sinalização sonora que à boa maneira portuguesa deve estar á espera de um atropelamento ou de uma campanha eleitoral.
Em qualquer percurso os pontos de referência são fundamentais e um destes pontos para identificar uma passadeira para peões é precisamente um café que ali se encontra quase de fronte da respectiva zebra.
Na hora em que a técnica estava a assinalar esse café como ponto de referência surge a nosso lado um senhor muito simpático que eu presumo ter ligação ao referido estabelecimento e com a lata própria de quem tem olhinho para o negócio dirige-se á técnica nos seguintes termos:
Não se esqueça de ensinar ao rapaz que está aqui uma tasca
Realmente nos tempos em que a publicidade anda por todo o lado e em que se diz que o negócio não vai bem, vale tudo para conseguir mais um cliente que pode não ser de muitos copos mas um cafezinho para acordar ou um bolinho em dia de esquecimento de regime, sempre podem trazer uns trocados à caixa do simpático tasqueiro.
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Comentários
comentário
esperemos só que a intenção do pobre homem fosse apenas a de ajudar a encontrar a passadeira e o cafezito porque às vezes a malta tende a pensar que o pessoal cego é todo de "tasquinhas" e de copos bem servidos. como nem tudo é farinha do mesmo saco, esperemos que os nossos companheiros "videntes" aprendam a separar as águas
Maria