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Olá Ana
Obrigada pelas felicitações. sim, tenho uma bonita relação com o meu marido, ele sempre me diz que foi enviado para ser o meu anjo da guarda. Eu, por mim, acredito que Deus me permitiu encontrar a minha alma gémea.
E é isso, a felicidade, que não é terrena, pode ser experimentada nesta nossa vida quando almas gémeas se juntam. No meu caso, não sou plenamente feliz, pelos motivos evidentes, mas tenho a sorte de experimentar a felicidade nas doses que Deus nos permite, neste plano terrestre.
No seu caso, não sucedeu ainda esse encontro, a sua alma gémea ainda anda por aí, espero que a possa vir a encontrar.
Continue a ser assim, generosa, partilhando com os outros aquilo que é seu: seja as suas capacidades físicas, que aos outros faltam; seja os seus sentimentos. Esta simplicidade de partilha, esta espontaniedade de dar, são características em via de extinção no carácter humano. As pessoas relacionam-se com espectativas que, quando falhadas, causam frustração. E são espectativas egoístas, pois procuram satisfazer o seu próprio ego.
É de pessoas "simples", usando a sua expressão, que "simplesmente" se dão aos outros, que o mundo deveria estar cheio. Assim seríamos muito mais generosos, solidários e menos exigentes. O mundo seria bem melhor e as relações muito mais puras.
LDias
Luís Medina,
Que me perdoe o meu marido, que me perdoe a sua esposa, mas tenho de elevar o grau da minha admiração....
Agora percebo porque as suas palavras sempre me tocaram tanto. Em criança, sofreu as angústias causadas pela falta de visão, tal como eu. Em silêncio, numa espera interminável e dilacerante, choráva por não conseguir realizar os mais banais ou ambiciosos dos sonhos. Também eu tinha sede de viver a vida dos personagens dos livros, já que a minha era desfocada. Também eu me sentia amarrada a uma perda lenta e insistente de visão que me impedia de entrar nessas vidas fantásticas. Também eu não vivia a minha vida, nem a vida dos personagens das histórias. E por isso choráva, choráva, de nariz entre as páginas, angustiada e impotente.
Quando me convenci que o meu destino era inevitável, pois também eu recusei a cegueira, predispus-me ao soltar das amarras: não me deixaria vencer por tão malfadado destino, dotar-me-ía de todas as armas física e psicológicas para me desprender das garras daquela condição. E assim foi....
E depois foi um desenrolar de pequenas passadas, pequenas vitórias,que permitiram as grandes conquistas. Olhando para o passado, lendo as suas frases, percebo que não estáva só. Muitos outros sofriam como eu, mas o meu sofrimento era o único que eu conhecia. Agora sou muito mais resistente, apesar de magoada, mas mais preparada.
Ainda bem que não desistimos e que estamos aqui para partilhar experiências, quem sabe podem ajudar outros que sofrem como nós já um dia sofremos.
Quanto ao livro, cá o espero. Serei a sua segunda leitora, com todo o entusiásmo .
LDias
s
s
Olá Ana
Percebi que te referias a mim, e como compreendo o que dizes....
Se, como sente o Sérgio, os deficientes visuais se podem sentir desconfortáveis em relações de desigualdade visual, também não será fácil para os normovisuais gerirem uma relação deste tipo.
Eu por mim falo, tenho por opinião que as pessoas com deficiência visual, pelos mais variados motivos, por vezes carecem de uma atenção especial. Uns mais que outros, por motivos físicos ou psicológicos, sociais ou de personalidade, etc. Claro que isto se aplica a todas as pessoas, com qualquer tipo de problema, mas especificamente falando dos deficientes visuais, poderá ser mais evidente.
Eu não sou muito exigente no que toca á descrição de um lugar, objecto ou circunstância. Uso das minhas próprias capacidades de apreensão da realidade para elaborar uma idéia mental da situação em causa, pedindo apenas alguns dados chave para dalí obter alguns pontos de referência. No entanto, conheço algumas pessoas que, exaustivamente, solicitam atenção, descrições detalhadas, ajudas permanentes, apoios constantes.
Ora, se a pessoa cega não deseja ser dependente do outro não deverá apoiar-se apenas nas capacidades do parceiro mas contar também com as suas próprias; se não deseja ser um peso não deverá subcarregar o parceiro pois ele também tem os seus limites; se não deseja transformar-se num fardo, deverá perceber quando o limite de ambos se aproxima.
Somos todos humanos e isso diz tudo. Todos temos qualidades e defeitos. Ocorre que nem sempre respeitamos os defeitos e preservamos as qualidades. Ou seja, se o parceiro é distraído, acusa-mo-lo de desleixo, se é prestável, abusamos dos seus préstimos. Numa relação em que um tem deficiência visual e o outro não, isto pode culminar em saturação. Claro que nem sempre agimos de forma consciente, aliás, penso que tudo flui sem que ambos se apercebam imediatamente. Quando a relação dá sinais de instabilidade, já mal se sabe o que a provocou.
Ana, sei o que sentes quandodescreves o modo como agias para com esse ex-parceiro, o meu marido também faz o possível para corresponder aos meus anseios. No princípio, por não nos conhecer-mos tão bem, era mais difícil prever as necessidades do outro. Agora, depois de muito passar, não é preciso dizer, agimos em sintonia mental e corporal. Sei exactamente quando ele me vai dar um beijo, quando me indica um degrau, ou quando me olha com admiração ou reprovação; ele sabe quando estou perdida no espaço, quando fico insegura num ambiente social, ou quando lhe transmito um sinal. Comunicamos por vibração corporal, olhares e palavras.
Claro que, como refere o Sérgio, por vezes tropessamos um no outro. Somos seres imperfeitos. Por desconhecimento, distracção, cansaço, ou qualquer outro estado de espírito, cometemos falhas involuntárias que podem causar danos físicos ou morais. Mas não é assim com todos os seres vivos?
Há que saber compreender as circunstâncias em que tais danos ocorrem. As falhas involuntárias não carecem de perdão pois não foram conscientes. Carecem sim de compreensão de ambas as partes. Em conjunto, em diálogo, o casal deverá perceber os pontos sensíveis que carecem de polimento. Nada melhor que uma boa conversa para partilhar gostos e desgostos....
Claro que nem sempre se chega ao entendimento pleno. Tal como já disse antes, a vida é cheia de encontros e desencontros. Se não conseguimos ultrapassar certas dificuldades é porque somos seres humanos. Dotados de muitas capacidades mas também muitas incapacidades. Insistir em manter algo que , por qualquer motivo, não podemos suportar, é condenar tudo ao insucesso.
Sofia, agora para ti também, quando fiquei cega não deixei de ser abordada por indivíduos normovisuais. Se senti que alguns não tinham a mínima disponibilidade para lidar com relações diferentes, senti que outros estariam dispostos a um envolvimento emocional. Claro que, sendo comprometida, não dei oportunidade a qualquer outro envolvimento. Tenho, ainda assim, a convicção que o facto de ser cega não teria sido impedimento a um envolvimento emocional.
Não me agrada pensar que é discriminação o desprezo amoroso de normovisuais para com deficientes visuais. Prefiro pensar que a capacidade de amar, esta ou aquela pessoa, depende do grau de compatibilidade que estas possuem entre si. Tal como tenho vindo defendendo, não somos perfeitos, não podemos obrigar alguém a ter capacidade de compreender, aceitar e saber lidar com realidades diferentes da sua. Se a sintonia, a compatibilidade, a harmonia acontece, por diferentes que sejam, as pessoas encontram o equilíbrio de que precisam para viver. Se, pelo contrário, não adianta, mais vale não magoar nem ser magoado.
Estou a falar de questões abstractas mas que considero pertinentes ao tema que a sofia apresentou. Claro que na prática, e talvez seja essa a sua maior curiosidade, muito poderia contar. Poderia responder a questões concretas, mas confesso que tenho uma atitude de normalidade na minha relação. Ou seja, tento desvalorizar a presença da minha cegueira, dando-lhe importância apenas quando ela é realmente um problema. O meu marido esquece que eu não vejo e lida comigo naturalmente. Eu percebo quando ele age em conformidade, ou quando se acomoda à minha condição para tomar partido ou ter vantagens sobre mim, (facto que me parece nunca ter ocorrido).
Volto a frisar, a auto-confiança, o respeito mútuo e alguma humildade...
E já agora, não ter vergonha de ser como se é, mas orgulho de conseguir ser como se é.
LDias
Olá Sofia
Tenho 37 anos e sou cega total. Nasci com Glaucoma e já passei por todas as etapas que possas imaginar:
Até aos 16 anos fiz uma vida normal. Nessa altura comecei a perder visão de forma lenta e gradual. Aos 18 anos, altura em que a perda de visão me começou a causar sérias dificuldades,iniciei um processo de reabilitação. Nessa altura conheci pessoas com o mesmo problema mas até aí não fazia ideia do que era ser deficiente. Os meus pais nunca tinham conversado comigo sobre o assunto, (talvez por também nunca ninguém lhes ter explicado), pelo que sofri muitas angústias. Nesse tempo era jovem e tinha a garra de quem luta pela sobrevivência. Queria viver e esforcei-me por ser independente. Era irreverente e inconformada, levantei as mãos e fui á luta.
Durante a minha adolescência e juventude, no tempo de namoro, não conhecia pessoas com problemas. A deficiência era assunto pouco falado. Sempre me relacionei e namorei com normovisuais, aliás, era assim que eu me considerava.
Aos 18 anos fui considerada deficiente visual, grande amblíope. Ainda não usava bengala, não lia braille e tinha muitas dúvidas. Tentei conhecer pessoas com os mesmos problemas para adquirir conhecimentos que me permitissem ultrapassar as dificuldades.
Nesse tempo, comecei a namorar com aquele que é hoje meu marido. Um rapaz normovisual de quem era amiga há muito tempo.
As minhas dificuldades visuais não foram um entrave pois nem sequer nos ocorriam tais preocupações. No entanto, e para evitar constrangimentos, usei de toda a honestidade e disse ao meu jovem namorado que sofria de uma doença que me poderia causar a cegueira. Não sabia quando ela iría ocorrer, se era certa mas era um perigo real. A sua resposta jamais esquecerei: "Amo-te como és".
De grande amblíope passei a visão reduzida e, depois dos 30anos fui considerada cega, primeiro com resíduo visual, e há poucos anos atrás, cega total.
O namoro, de 6 anos, com o meu agora marido foi muito feliz, saudável e emocionante. Trocamos promessas, cometemos loucuras e partilhamos sentimentos. Tudo o que qualquer namoro precisa para florescer. Agora estamos casados e já lá vão 13 anos.... o que achas? A nossa filha tem 6 anos e é fruto de um grande amor.
Ao longo deste tempo, nem tudo foi um mar de rosas, claro. a sua família não me aceitou como eu gostaria. Sofri muito com isso, acredita. Agora já me aceitam melhor mas graças ao meu esforço de nunca me autodesvalorizar. Aquele que realmente importa, o meu marido, nunca me abandonou: Nunca criticou as minhas falhas, nunca desprezou as minhas dificuldades, nunca exigiu mais do que eu poderia dar. Respeitou sempre as minhas incapacidades, apreciou sempre as minhas capacidades.
A discriminação é cruel. magoa, destrói, desanima. O amor é mais forte, dá coragem, alento e é fonte inspiradora. Qualquer relação passa por momentos bons e menos bons, mas se o amor está presente, como fonte de vida, alicerce de apoio, tendo como viga mestra o respeito, e a confiança e a solidariedade como betão, qualquer relação será sólida e duradoura.
As relações, sejam elas quais forem, sejam os intervenientes como forem, precisam de bases sólidas para que, quando abaladas, possam resistir. As feridas surgem mas é preciso saber como tratar delas. O diálogo,, tendo por base de sustentação a sinceridade e a confiança, é a melhor forma de auscultar o bater de uma relação. Acredito que muitas relações são afectadas por falta de sentimentos de união, ou de um projecto cumum, em que o egoísmo causa a cegueira da alma. Egoistas e cegos de espírito, não percebemos que algo está para além de nós e que não somos o centro do universo. Muito mais existe....
O amor salva as relações, aceita as diferenças, resolve as contradições. O amor é como as duas partes de um todo que se unem para que o todo se complete e sem as quais o todo não sobrevive. Se eu não consigo ver a luz, ele segura a minha mão e leva-me em segurança; se ele não consegue caminhar no escuro, eu seguro a sua mão e trago-o para porto seguro. Assim é o amor, uma comunhão de "dar", "receber" sem nada exigir, incondicional.
Com deficientes ou com normovisuais, acredito que ainda tenhas muito para viver. Assim, vive, pois viver é bom, apesar de não ser fácil. A vida é cheia de encontros e desencontros. As pessoas são complexas pois complexos são os sentimentos humanos. A pessoa certa para ti um dia chegará, estará alí, sem que sequer te apercebas. Ela terá um rosto, uma forma, uma alma e um coração. Saberás quem ela é, no momento certo e aceitala-ás tal como é. Só assim será essa a pessoa certa. Se isso não acontecer é certamente por não ser essa a pessoa do teu destino....
Auto-confiança, auto-valorisação, respeito por ti mesma e pelos que te rodeiam, coragem, força de vontade e alguma humildade, serão importantes armas de defesa nos momentos de desânimo..
Ldias
O seu comentário, para além de o subscrever integralmente, é divinal.
Um humor inteligente que me arrancou uma solitária mas sonora gargalhada, obrigada.
Olá Filipe
A meu ver, a melhor forma de conhecer bem pessoas cegas e as suas dificuldades ou facilidades de vida, será entrar em contacto com elas. Claro que não vai chegar junto de uma pessoa cega e começar a fazer perguntas.... como qualquer ser humano poderia ficar incomodada.
Uma forma de conhecer pessoas cegas será, por exemplo, contactar uma associação de deficientes visuais, (ACAPO por hipótese), e propôr-se para voluntário. Muitas actividades levadas a cabo por estas associações dependem do apoio de voluntariado para que sejam bem sucedidas. Assim, conheceria várias pessoas, com histórias de vida diferentes, com capacidades diferentes, com limitações diferentes e claro com necessidades diferentes.
É no contacto de proximidade que as pessoas aprendem, embora também se possa já consultar alguma literatura sobre o assunto que, quanto a mim, será um apoio mas não chega.
Não se esqueça que os cegos são pessoas e se pensar no modo como conheceu outras pessoas que já pertencem ao seu universo , percebe que o mesmo se aplica.
Bom trabalho
Olá!
Aqui mesmo neste Site podem encontrar um excelente trabalho sobre cães guias, o qual refere alguns dos benefícios e efeitos que estes animais proporcionam aos seus donos. O trabalho está muito bem elaborado e relata um exemplo pessoal, o que se traduz em uma mais valia pois é o testemunho de alguém que pode transmitir os seus próprios sentimentos. Aconselho vivamente a sua leitura mas terão de fazer pesquiza pois agora não sei exactamente em que lugar da página se encontra. Pela lógica penso que será em "orientação e mobilidade"....
Bom trabalho
Olá jfilipe
Em conversa com outras pessoas percebi que a falha não deve ser apenas minha pois outros usuários do hi5 não conseguiram visualisar os seus contactos. Obrigada.
Ldias
Olá JFilipe
Só há pouco tempo navego na Net pelo que tenho ainda muitas dificuldades. Quanto ao Hi5 , importas-te de me dar umas dicas?
Não consigo procurar pessoas no portal, onde devo carregar para fazer procura?
No linque "amigos" apenas se vê os nossos amigos ou podem ver-se outros?
Quando eu clico nesse linque não surge nada não percebo , será por que eu não tenho nenhuma página e por isso não tenho amigos?
Gostaria de procurar a página de uma amiga minha podes dar-me o caminho?
Obrigada Ldias
Tem toda a razão e eu bem conheço como é ser normovisual e cega pois passei por todos os estágios possíveis entre um e outro.
Até aos 16 anos era tida como normovisual. Entrei em perda lenta da visão o que me colocou no grupo dos grandes amblíopes. Sem dar por ela vi-me no grupo dos de visão bastante reduzida e finalmente no dos cegos, primeiro com rezíduo visual e agora totalmente cega.
Antes de ser considerada portadora de deficiência visual não tinha a mínima noção do que isso significava e também tinha esse sentir de que me fala, aliás dou-lhe toda a razão: nunca somos totalmente livres independentemente da nossa condição.
Quando escrevi a minha primeira nota sobre "liberdade aprisionada" não foi para por em causa a minha cegueira e as limitaçoes~que ela acarreta mas antes para exprimir o sentimento de angústia por não conseguir contornar a questão...
Apesar das minhas vitórias, ainda não consegui atingir esse ponto em que tudo isto não me perturba. Quando se pede ajuda a alguém que a recusa, ou aceita mas com ar enjoado só para não nos dizer que não, ou ainda vai cnnosco mas não nos mostra nada, deveria causar apenas o sentimento de resignação.
Mas ainda fico perturbada e por isso já evito pedir para não sofrer com o constrangimento até porque pensamos que conhecemos os outros mas na verdade cada um é como cada qual , temos de respeitar a vontade dos outros tal como desejamos que a nossa seja respeitada.
Pessoas como você encontram-se, graças a Deus, senão o mundo estaria finalmente perdido, pouco falta...., mas onde estão elas?
Se passamos por alguém numa esquina que nos parte a bengala e foge, na esquina seguinte passamos por alguém que nos ajuda não só a atravessar mas também nos acompanha até ao nosso destino e no fim ainda se oferece para trocar de n.o de telefone para nos dar toda a ajuda que um dia precisarmos.
Pessoas boas e más preenchem este mundo isso nós sabemos. A questão é saber a quem pedir e se o momento de pedir será o mais oportuno. I a minha questão maior é que eu gostaria de não ter de pedir nada a ninguém para não ter de colocar o outro numa situação complicada, de me acompanhar só por isto ou por aquilo.... ou de me dizer que não com uma desculpa atabalhoada só para não me magoar.
A sociedade deveria estar mais adaptada com meios para que todos pudessem ter mais facilidade em atingir os seus fins. Eu seria cega com todo o gosto pois todos temos problemas e o meu é apenas um entre tantos outros e alguns bem mais graves.
Seria uma pessoa cega sim mas com armas de combate que me colocariam em igualdade de circunstancias aos demais guerreiros; quem não tem cão caça com gato mas não deixa de caçar....
Este é o meu problema, não me resigno ao estado cruel e insensível da nossa humanidade, e acima de tudo tenho receio de incomodar os outros, de causar incómodo ou constrangimentos, de ser um peso para quem quer que seja.
Tal como diz o outro leitor que agora não me ocorre, há pessoas com muitos amigos a quem pedir ajuda e outras com poucos, o meu problema não é a quantidade ou a qualidade de pessoas ao meu redor mas antes o não ser capaz de lhes pedir descontraidamente para me ajudarem naquilo que vou precisando ao longo da vida.
Por exemplo: pedir ao marido para me ajudar a comprar roupa, não dá.... eles detestam ir ás compras para nós...; pedir á irmã, seria mais indicado claro mas ela tem outras saídas mais interessantes...; pedir á mãe, é garantido mas ela vai para não dizer que não pois já se cansa, não a vou sujeitar a esse esforço; encontrar uma amiga disponível... como ela irá reagir?..., hoje não tenho coragemde lhe pedir, peço outro dia....
E assim vai a vida, uns dias bem, outros mal mas vai-se levando e estes acidentes de percurso não me levam a alegria de estar viva de amar a quem amo.... isso importa mais do que tudo abraços
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