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"Nenhum pessimista jamais descobriu os segredos das estrelas, nem velejou a uma terra inexplorada, nem abriu um novo céu para o espírito." (Helen Keller) - blog de Marco Poeta

Peregrino da vida

por Marco Poeta

Olá a todos!

Escrevi um livro chamado “Peregrino da vida” que queria partilhar convosco.

Espero que gostem.

Sinopse:

“Peregrino da vida” é um relato autobiográfico de um jovem surdocego que está desesperado por sair da prisão a que a sua multideficiência o confinou.

Apaixonado pela liberdade, resolve aliviar as dores do seu destino embarcando numa aventura repleta de desafios e dilemas. Será que irá até ao fim na sua tão ambicionada peregrinação? Ou será que aceitará ser tratado como “especial” e submeter-se a todo o tipo de humilhações e aberrações?

Marco Branco

Peregrino da vida

Dedicatória:

À alma da minha mãe que, para além do seu amor infinito, ensinou-me a ser um guerreiro com o seu próprio testemunho;
À minha irmã por me tratar como uma pessoa normal;
E a todos os guerreiros peregrinos da vida, do sonho e da luz.

"Evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto se expor ao perigo. A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada."

"A experiência humana não seria tão rica e gratificante se não existissem obstáculos a superar. O cume ensolarado de uma montanha não seria tão maravilhoso se não existissem vales sombrios a atravessar"

Helen Keller

Introdução

No dia 30 de abril e 1 de maio de 2009, peregrinei até ao santuário de Fátima.

A peregrinação foi feita a pé e na companhia de colegas de trabalho da minha irmã Sandra. No entanto, não foi a primeira vez, pois em 2004 era para ir de Rio Maior até Fátima, mas desisti nos 4 quilómetros... Isso porque dei razão aos receios dos outros, que diziam que eu não ia aguentar, que ia ser uma noite a andar a fio sem dormir e que os meus pés depressa se cansariam e queixariam dolorosamente das bolhas.

Mas agora eu estava determinado a ir até ao fim, contra tudo e todos. Porque quando queria mesmo uma coisa nada nem ninguém me conseguia parar. E consegui fazer a peregrinação até ao seu destino! Foi mais uma vitória, porque os outros eram incrédulos e queriam que eu me comportasse como um incapacitado e me sujeitasse à sua piedade.

E foi contra essa atitude conformista que eu lutei, mesmo que tenha sido um pouco rude com os meus companheiros. Mas teve de ser ou nunca teria testado as minhas capacidades e os meus limites.

Esta é uma pequena odisseia pessoal, um trilhar de caminhos inesperados e repletos de provas à nossa fé e coragem, um salto sobre as nossas próprias limitações e o triunfo da ilimitada vontade humana de busca da felicidade.

É também um testemunho de um ardor épico e uma inspiração para os outros, que desejem fazer a sua peregrinação.

Capítulo 1

Saindo do buraco

Deitado na cama, folheava entediado um livro impresso em Braille. Era assim que muitas vezes ocupava o tempo a ler encafuado no quarto morno e numa inércia desgastante...

Tinha uma biblioteca e já tinha lido todos os livros. A minha existência eram os livros, porque onde vivia não tinha amigos e vivia quase como um esquizofrénico que vivia no seu próprio mundo da surdocegueira.

Foram mais de cem os livros que me passaram pelas mãos e mesmo assim sentia tédio...talvez por falta de novos horizontes, ou talvez a vida não se aprendia apenas nos livros...

Contudo, os livros eram o meu refúgio e uma maneira de mostrar aos outros que eu também sabia alguma coisa, porque detestava sentir-me estúpido ou ignorante. E eram poucas as coisas boas com que me podia distrair, porque vivia na escuridão e no silêncio.

Sabia que nenhum livro nascia por acaso, que quem o escrevia precisava sempre da experiência e de todos os que o rodeavam. E como poderia ser sábio aquele que nunca tivera experiências? no meu buraco é que eu nunca aprenderia nada!

Senti-me subitamente pequeno e infeliz... Pensei que ser surdocego era de arrasar o ânimo, pois perdia muita coisa interessante que acontecia em meu redor... Porém, uma centelha de esperança teimava em brilhar, não iria ceder à tristeza, não perderia um minuto precioso com lamúrias inúteis. Agarraria a vida com dentes e unhas, continuaria a sonhar os mesmos sonhos que sonhava antes de ter ficado surdo e cego!

A minha irmã Sandra ia a Fátima numa peregrinação e perguntou-me se eu também queria ir. Quase que saltei da cama de alegria! Um passeio, que maravilha, pensei feliz. Aquilo era melhor do que tentar ler várias vezes mesma página sem nada fazer sentido na minha cabeça já muito cansada.

Fui-me despachar entusiasmado. Era uma oportunidade para sair do maldito buraco e sentir as pequenas alegrias da vida, que eram grandes tesouros que aumentavam a minha felicidade.

Capítulo 2

Liberdade doce liberdade!

A tarde chegava rapidamente ao fim e o vaivém da cidade parecia um sonho. Um vento agreste soprou frio no meu rosto, trazendo consigo o cheiro fresco dos pinheiros. Mesmo com o tempo a esfriar e o céu a ameaçar com chuva, sentia-me radiante com aquela inesperada liberdade! Voava como um passarinho que acabava de deixar para trás o conforto da sua gaiola dourada e que estava fascinado com o mundo novo que o convidava à descoberta.

Debaixo dos meus pés sentia a terra mole e acidentada, juncada de pedras com as formas mais engraçadas. As árvores acompanhavam-nos ao longo do caminho como sentinelas. Os ramos rugosos de uma árvore bateram na minha cabeça alta e, ao afastar o ramo, os meus dedos tocaram nas folhas em forma de gota d'água.

Os colegas da minha irmã conversavam alegremente, afastando-se das sombras e espantando o silêncio noturno. Por meu lado, estava a adorar o ar livre e salutar do campo, gozando ao máximo aquela doce liberdade. Conscientemente, sabia que não era todos os dias que fazia um passeio sob um cenário campestre ou que ia a algum sítio diferente para lá das quatro paredes do meu pequeno quarto. Viajar de carro nem pensar! Adorava caminhar a pé, detendo-me sempre que quisesse para sentir com os dedos e os demais sentidos a arquitetura de cada coisa - a sua geometria, o seu perfume, a sua solidez, a sua magia, a sua graça... Porque antes de ficar impossibilitado da visão e da audição não dava importância aos pormenores, essas pequenezas que esquecemos em nome das grandezas, que tornámos banais e que já não nos surpreendem... Tocá-las era uma alegria, um sentimento de gratidão por podermos ter tal privilégio.

Tínhamos muitos quilómetros pela frente, mas mesmo assim eu não dava sinais de fraqueza. Queria ir até ao fim, consumia-me o desejo da vitória, da novidade e da aventura. Aliás, queria testar-me, saber até onde as minhas forças me levariam e o que seria passar uma noite ao relento, pois nunca o experimentara e portanto queria muito saber como era.

Podia não verr o céu polvilhado de estrelas d'ouro, nem conseguir ouvir a razão dos risos divertidos dos outros, mas intimamente estava emocionado por estar vivo e bem, por estar a fazer aquela peregrinação e pela fé que nem a deficiência conseguira abalar os seus alicerces.

Também pela irmã maravilhosa que tinha, que me amava muito e que me via como um exemplo de força positiva. Quisera dar-me aquela oportunidade sem pôr em causa a minha vontade, pois sabia que eu já dera provas de ter muita. No entanto, não ignorava as minhas limitações e tinha muita consideração por elas até de mais... Mas, no fundo, sentia-se orgulhosa de mim, quando eu era muito teimoso e superava as dificuldades aparentemente fora do meu alcance.

Os dois cafés que tomara foram o bastante para me manterem acordado. Mas o que me dava mais energia para continuar era a experiência única e empolgante que estava a viver!

Recusava obstinadamente ir à boleia no carro de apoio. Queria ser rijo como os nómadas, aguentando até ao fim da jornada o cansaço e a dor.

A única coisa que lamentava era não ter trazido comigo a bengala, porque com ela teria podido desfrutar de uma caminhada sozinho. Porque àquela hora de noite adentro não circulavam carros... Foi triste mas não adiantava culpar-me, porque não sabia que no campo se podia andar à vontade.

Eram poucas as pausas para descansar, o que era um luxo. Entretanto, o caminho até Fátima parecia uma eternidade. O frio enregelava-nos o rosto e as mãos, mas a esperança da chegada aquecia-me o coração. Quando chegasse, seria outro, mais forte e sábio.

Capítulo 3

O Desafio

Estávamos a subir um monte alcatroado que era de tirar o fôlego. Muitos dos peregrinos deixaram-se ficar para trás, exaustos e indignados por alguém ter tido a ideia maluca de os levar por aquele caminho, pensando que iria ser fácil. Então lembrei-me do sábio ditado que dizia: "Quem se mete em atalhos não se livra de trabalhos." E tive pena dos peregrinos, que antes da partida tinham tido mais um dia cansativo de trabalho...

Entretanto, amanhecia e o canto melodioso dos passarinhos chilreando deu-me mais alento para continuar.

Sentia-me cansado e desejoso de chegar depressa à terra santa. As minhas pernas estavam pesadas e dormentes. Não seria daquela vez que ia desistir às primeiras dores, às primeiras bolhas ou às primeiras tentações de aceitar uma agradável boleia no carro de apoio. E foram várias as ocasiões em que me propuseram viajar sentado no carro e que eu não aceitei.

Descansámos um pouco encostados a um muro baixo de pedra. Perguntei à minha irmã onde estávamos e ela respondeu-me que estávamos em Porto de Moz. Metade do caminho já estava feito e foi mais uma conquista, porque nunca me fartara de andar tanto a pé e sentia-me em boa forma.

O ar daquela manhã de sábado era fresco e puro. Estávamos perto da serra.

- O teu irmã não pode descer connosco a serra - disse alguém do grupo.

- É demasiado perigoso! - Concordaram os restantes.

A Sandra concordou e disse-me:

- Tens de ir no carro de apoio...

- Porquê? - interrompi-a desanimado. - Eu quero ir com vocês...

- Vamos descer a serra e é muito a pique e podes cair - explicou-me a Sandra.

Eu protestei dizendo:

- Se os outros conseguem eu também consigo! Eu tenho cuidado e tenho sensibilidade nos pés!

Os outros começaram todos a insistir para que entrasse no carro e desse a volta à serra, mas eu queria descê-la, queria arriscar, queria mostrar que a fé era capaz de nos levar mais longe, queria saber como era descer uma serra, porque nunca tivera essa alegria.

- Nem penses! - exclamaram os outros peregrinos em coro. - É perigoso de mais para ti!

- Calem-se! - gritei de repente.

Todos ficaram mudos de incredulidade e visivelmente ofendidos. Afinal, Os cegos não eram assim tão dóceis como aparentavam.

- Eu vou descer a serra convosco - disse com firmeza. - Obedecerei a tudo o que a minha irmã mandar.

- Não vale a pena, ele é casmurro - disse a Sandra, resignada.

- Se ele se partir todo lá em baixo o problema não é nosso - atiraram como se desejassem que eu caísse.

Mau agrado para os outros, iniciámos a descida pelo que parecia ser um precipício. Eu ia atrás da minha irmã, segurando-lhe o braço e equilibrando-me com os pés. Ela tinha improvisado uma corda com a camisola para facilitar as coisas. Dávamos passinhos de bebé, com muito cuidado para não derraparmos nas pedras. De repente, uma pedra soltou-se debaixo dos meus pés e caí de rabo e ouvi atrás de mim:

- Nós avisámos! - exclamaram satisfeitos com eles próprios.

Não me amedrontei, nem lhes liguei; o importante era chegar ao meu objetivo e sentir-me orgulhoso de mim. Podia até não chegar ao fim, mas o ter tentado já era uma prova de coragem!

O carreiro que descíamos lentamente era íngreme e muito irregular, um autêntico trilho para cabras montesas. Ali a terra era selvagem, as plantas cresciam livremente e os animais ali sentiam-se protegidos da brutalidade do Homem e em paz. O Sol tinha aparecido no céu, cheio de vigor e calor. Eu adorava o Sol que me punha bem-disposto e mais leve.

Entretanto, a descida parecia interminável quando, subitamente, pisei terra plana. Tinha CONSEGUIDO, apesar de no início terem duvidado de mim.

- Consegui! - exclamei eufórico, sorrindo triunfante.

Os outros peregrinos tiveram o bom senso de não dizerem nada, preferindo mostrarem-se contentes por mim. No fundo, estavam desapontados, porque tinham-se convencido de que eu não seria capaz e que mais tarde ou mais cedome arrependeria de ter sido demasiado orgulhoso e não lhes ter dado ouvidos. Mas eu estava radiante, todo eu sorria, tinha conquistado a minha autoestima e estava agradecido de todo o coração a Nossa Senhora, que estivera sempre ao meu lado dando-me força e confortando-me nos momentos mais difíceis. Foi graças a Ela que consegui e então prometi-lhe que doravante iria lutar pelos meus objetivos, mesmo que tivesse de subir mais montes e serras de caminhos escarpados e fundos. A vida era feita de estradas longas e acidentadas que testavam os nossos limites, mas a fé fazia de nós mais fortes e ilimitados. Não era verdade que a fé movia montanhas?

No entanto, a peregrinação não tinha terminado, mas isso não me desiludiu. Estava sereno porque tinha a certeza que iria chegar ao meu destino. Desde que descera a serra que tudo era possível, o único impedimento éramos nós próprios que desistíamos facilmente nas horas de prova.

Capítulo 4

Em Fátima

Tivemos de nos afastar imediatamente da serra que estava infestada de carraças esfomeadas que tentavam agarrar-se desesperadamente às nossas pernas. Parecia que as ervas altas fervilhavam delas, exércitos repugnantes que se escondiam nas pedras e nos ervaçais aguardando a presa de sangue quente e fresco.

No asfalto estávamos em segurança. Todos procurávamos ansiosos alguma carraça que se prendera na roupa ou nos ténis.

As minhas pernas estavam em farrapos, pois havia mais de doze horas que caminhávamos. Não liguei ao cansaço, embora já várias vezes perguntara à minha irmã se faltava ainda muito.

No entanto, não podia desistir agora que estava perto do fim. Mesmo que os meus pés protestassem e se ressentissem, eu queria acreditar que conseguiria. E porque era orgulhoso e exigente comigo.

A minha vida sempre fora orientada pela fé, não a fé de quem acha que pode tudo, mas a fé de quem ama o que Deus lhe dá cada dia. A Sua generosidade é imensa e só os corações simples e puros o percebem.

Quem diria que um surdocego foi capaz de descer uma serra escarpada e a pique! É claro que não foi sozinho, mas a sua vontade e alegria de viver deu-lhe asas para ultrapassar as barreiras.

Agora eu sabia de forma concreta (e não abstrata como nos livros) o que era uma serra! Sabia também que todo o caminho feito fazia parte do meu crescimento. Já não era o anão que vivia isolado do mundo.

Bem gostaria que me dessem mais liberdade e oportunidades como esta de modo a poder testar as minhas capacidades.

Um surdocego também é uma pessoa, mas muitos se esquecem disso... Acham que as suas limitações os tornam menos capazes de atingir os seus objetivos... Esquecem também que os surdocegos são limitados porque os limitam bastante!

Por isso, eu gostaria muito que tivessem mais fé em nós, surdocegos, e nos deixassem aprender por nós mesmos e pelos nossos próprios meios. Pois só assim nos sentiremos realizados e felizes, sendo menos amargos connosco mesmos.

Nós não precisamos da compaixão para nada! O que nós queremos é que nos deixem ser nós mesmos, e para que isso aconteça têm que nos deixar passar pelas dificuldades, pois elas estimulam as nossas capacidades e fazem-nos sentir mais bem preparados para enfrentar a vida e os seus contratempos.

E nós, surdocegos, não podemos esperar que os outros nos aceitem plenamente, pois o principal é que nos aceitemos sem culpa de termos as nossas limitações. Isto porque a vida não teria sentido sem o nosso esforço por torná-la digna e verdadeira.

A fé fez-me superar as dificuldades do caminho até ao meu destino e valeu bem a pena! Porque jamais saberia do que fui capaz se não tivesse passado pela dor. A alegria só faz sentido com a compreensão profunda da dor. Nunca a alegria foi tão doce e o caminho tão cheio de encanto!

Diante de nós surgia um novo mundo. Os campos eram macios tapetes enfeitados de flores de cheiro agradável. As árvores ofereciam a sua fresca sombra à margem da estrada.

Todos os caminhos levam à felicidade, pensei. Alguns, como o que estava a percorrer, eram longos e difíceis, mas pessoas muito complexadas como eu levavam imenso tempo a aprender a viver a vida com simplicidade, sem doutrinas nem especulações absurdas.

Epílogo

Quando cheguei a Fátima estava disposto a mais uma peregrinação, para horror de alguns peregrinos, queve se arrastavam quase de gatas. Alguns chegavam mesmo a estender-se ao comprido, sem forças e ansiosos por um sono longoe reparador.

Sentia que agora podia descansar, feliz por ter cumprido a minha missão. Apesar de as minhas pernas tremerem e quase não me aguentar mais de pé, agradeci a nossa Senhora de Fátima pelo milagre de estar vivo depois de tudo pelo que tive de passar ainda tão pequeno.

Teria esperado que um milagre acontecesse comigo, livrando-me dos meus problemas, se não fosse realista e não tivesse ilusões. Porém, os verdadeiros milagres eram para mim as coisas boas que conseguíamos, pois desse modo reconhecíamos o valor da nossa vida.

Chegámos a Fátima devia ser meio-dia, porque pairava no ar o cheirinho delicioso de frango assado e a maioria das pessoas tinham vindo de autocarro de todos os cantos do mundo.

No entanto, não ficámos em Fátima mais que meia hora. Não fomos ao santuário, nem nada, porque estava a abarrotar de peregrinos e simplesmente de pessoas que procuravam um pouco de paz espiritual. Rezámos e, para desespero de alguns de nós, SOBRETUDO PARA OS MAIS VELHOS, tivemos de fazê-lo de pé, pois ESTÁVAMOS NO MEIO DE tanta gente QUE SE ACOTOVELAVA PARA PASSAR.

POR MEU LADO, Não ME IMPORTEI, porque tinha vindo ali com o humilde objetivo de dar graças a Deus pela peregrinação única que fizera, pois sem ela jamais teria entendido que, mesmo com as minhas grandes limitações sensoriais, a vida continuava a ser boa e bela.

Agora podia descansar o meu corpo fatigado, embora o meu espírito vibrasse de entusiasmo, renovado e revigorado como uma fénix acabada de renascer das cinzas. Pois tinha vencido as minhas próprias dúvidas de que era capaz, e que não seria a surdocegueira que me poderia deter, apenas o pessimismo e a cobardia!

Viseu, 9 de julho de 2011

Fim

Comentários

Olá querido maninho !

Não é por mal, mas acho que pouca gente vai ler este teu post ... se há gente como tu que gosta de ler muito, tb é verdade que há gente que não gosta de ler grandes textos, eu sou um deles looool
Acho sinceramente que deverias ter repartido em vários posts espaçados no tempo, 1 para a introdução, e 1 para cada capítulo, senão fica um texto enorme ... !

Mano, já editaste algum dos teus livros de poemas ?
Então tás à espera do quê ? faz-te à vida e apressa-te em editar o teu primeiro livro, que é um dos teus sonhos que sempre desejaste concretizar, e eu sempre te apoei e fui dando dicas loool

Bom, então agora mergulhando pelo conteúdo do teu livro ...

Eu acho q merecia pelo menos uma linha aí na dedicatória, heim ? looooool

Deveria ser um autêntico tédio tar cercado de livros que são importantes para a nossa cultura e aprendisagem, e não ter ninguém com quem poder falar, desabafar, sem ser a própria tua irmã claro, é como se tivesses as portas fechadas ao mundo, ao que se passa cá fora ... :-(

Eu não tenho nada absolutamente contra as peregrinações a fátima a pé, mas sinceramente desgastar os joelhos, os pés para lá ir ... ?
Eu quando vou a fátima sinto-me bem lá, mais sereno, calmo, com a fé renovada ... já lá tive mtas vezes loool
Mas Deus não quer o nosso sacrifício, deus quer sim a nossa disponibilidade para que sejamos intrumentos dele, para que acolhamos os pobres, para que sejamos solidários com quem precisa ... para que amemos o nosso próximo ... isto sim é muito mais valioso do q o sacrifício em si ... !

Qualquer altura heide te convidar para a peregrinação dos frágeis, essa sim vale a pena, não tem nada ver com as vulgares peregrinações, mas costuma ser um mega evento, onde todos os doentes e deficientes, presentes ou não, podem deixar à nossa sra de fátima uma pequena oração a pedir saúde, a pedir as melhoras dos outros frágeis (como eu costumo fazer loool),, ... isso sim é lindo e genuino loool
Além disso há uma celebração com todos os doentes e deficientes sem excepção, tem diversas enfermeiras e voluntárias a certificarem-se se algum dos presentes precisa de algum cuidado de saúde, de uma água, umas bolachas devido à celebração ser longa, mas sim vale mto pena loool
No primeiro ano foi no palácio de Cristal tava tudo completamente cheio, e até tinha doentes em macas ... !
Essa sim é uma peregrinação muito linda mesmo, qualquer maré convido-te para vires a uma destas peregrinações e vais adoooorar loool

Realmente muito me orgulho porque passo a passo foste vençendo na vida com esse espírito de guerreiro que a tua mãe te incutiu loool

E de facto quando entraste para o lerparaver a tua vida deu uma grande volta, e hoje em dia orgulho-me muito de ter um mano como tu, com quem eu me identifico muito, e te garanto mesmo à distância, nunca mais tarás sózinho looool

Grande Abraço

Olá gramde mano!

Obrigado pelas dicas! Se calhar tens razão, pois o livro é um bocado longo, mas quem gostar não se vai desinteressar.

Eu sei que não tens a mesma voracidade por livros que eu, mas cada um é o que é e temos de respeitar as nossas diferenças e aceitar os outros como são para uma convivência mais harmoniosa.

De facto cheguei a um ponto no qual percebi que não vivemos só do que lemos. A experiência e a aprendizagem são fundamentais para que aas coisas façam sentido.

Relativamente à publicação dos meus livros, não tenho tido tempo para revê-los. O curso tem-me absorvido muito tempo e energias, mas quando entrar de férias em agosto já poderei dar continuidade à escrita. Ainda estou à espera que a minha máquinna de escrever braille esteja arranjada para matraquear como costumava fazer quando não usava um implante coclear e não ouvia o software de voz.

É verdade, um dos meus grandes sonhos é ser escritor e dar corpo aos meus sentimentos...

Desculpa, sei que merecias uma linha na minha dedicatória deste pequeno livro de memórias, mas quando publicar o meu primeiro livro terás uma dedicatória muito especial!

De facto ttens razão quando dizes que é mais interessante uma peregrinação de pessoas acamadas e com limitações físicas mais incapacitantes que as minhas. Aceito o teu convite, porque um bom escritor é aquele que vive a realidade e de perto e que aprende com as pessoas sempre coisas que desconhecia.

Isso dos sacrifícios é relativo. Neste livro não falo de sacrifício ao esfolar os pés com bolhas cheias de pus só por querer chegar a Fátima. Apenas realço a importância da minha experiência e a minha determinação de fazer igual como os outros peregrinos, dispensando facilitismos.

Espero que mentendas, pois o que contou nesta peregrinação foi viver a novidade e alargar os meus horizontes.

Abraços

Olá querido maninho !

Não tens nada q agradecer ;-)
Realmente eu não sou daqueles q gostam de ler textos enormes, e não tenho pachorra para ler livros, já a tive em tempos looool

Ok mano, mas logo que te fôr possível dedica-te a editar o teu primeiro livro, ou mesmo após o curso looool
Eu sei q é um dos teus grandes sonhos, e terás todo o meu apoio loool

Ah tava na brinca, mas claro q será uma honrra ter uma pequena dedicatória à minha pessoa loool

É mano, de facto a Peregrinação dos frágeis é de facto muito interessante, é outra dinâmica completamente diferente loool
Quando houver uma dessas peregrinações eu aviso-te loool
Eu q já há anos vou a esta peregrinação, já conheci lá muita gente, e aprendi muitas coisas num dia só, pq é uma experiência mto rica mesmo loool

Mano eu tava-me a referir aos sacrifícios da peregrinação a fátima no geral entendes ?

Claro q eu percebi a mensagem que quiseste deixar, de superação, desse teu espírito de guerreiro, alargar os horizontes ... loool
Abraços

Querido maninho!

Claro que nos podemos cultivar de muitas formas, mas eu, privado dos sentidos da visão e da audição, devoro livros atrás de livros. Sabes que o que importa realmente não é a quantidade mas a qualidade das mensagens dos livros. Por isso, é para mim indiferente se um livro é extenso ou curto.

Ah, eu bem quero realizar este sonho! E obrigado pelo teu apoio! Tenho-te em alta estima pelo o amigo incrível que tens sido, de uma generosidade e disponibilidade inigualáveis.

Eh mano! Aprendeste imenso com os outros nas peregrinações dos frágeis, que, a meu ver, não têm nada de frágil nos seus espíritos de guerreiros!

Grande abraço e bom fim de semana!

Querido maninho !

Claro q sim, existem imensas formas de se manter culto ... loool
Com certeza que mais do q a quantidade o q de facto interessa é a qualidade lool
Eu leio mto mas é online, daí não goste de ler por norma grandes textos loool

E há-des concretizá-lo um dia lool
Mano, eu só tenho feito o q qualquer amigo verdadeiro faria, mas obg por tão alta estima loool

Ya, podes crer q tb aprendi imenso com as peregrinações dos frágeis lool
O espíprito de guerreiro corre-me nas veias do sangue e a ti tb loool

Grande Abraço

Olá querido mano!

ufa! já terminei os exames do curso e estou bastante contente, porque o exame de hoje correu-me super fácil! Estudei, estudei e estudei como um grande marrão e olha que quando li o enunciado sabia tudo na ponta da língua!

Bem, gostos não se discutem. Pessoalmente, gosto de ler muito e já o fazia antes de ficar assim. Da minha família eu era o mais marrão e que colecionava livros ou ia à biblioteca.

Mas deixando os livros...

Aprendemos sempre alguma coisa com os outros, seja bom ou mau. As coisas menos boas, para mim são verdadeiros ensinamentos, pois foi com elas que cresci e amadureci. Hoje tenho a noção profunda do qué a amizade verdadeira, o amor verdadeiro, a coragem verdadeira, e o valor que cada dia tem.

Conheci um senhor surdocego e mudo e adorei falar com ele em língua gestual para surdocegos. Sei alguns gestos e improviso outros, mas o que aprendi foi que é fixe saber outras línguas para além do português. Ele é uma pessoa muito simpática, alegre e brincalhona. Sempre que me cruzo com ele, cumprimento-o e conversamos naturalmente como duas pessoas numa conversa normal.

Sabes que, para não me sentir excluído, quis aprender língua gestual porque queria conversar com outras pessoas surdas e surdocegas e porque eu próprio sou surdocego e aceito-me naturalmente sem complexos de inferioridade.

Eu sei, maninho, que fazes tudo espontaneiamente, com uma amizade vinda do coração. E olha que, estejas onde estiveres, serei sempre teu amigo de todas as horas, sobretudo das mais difíceis.

Forte abraço

Olá querido maninho !

Fico tão feliz por os exames terem corrido super bem e finalmente já tás livre dos exames loooool

Claro gostos não se discutem óbviamente, fazes bem pq afinal ao ler livros tás-te a tornar mais culto loool

Eu tenho aprendido mais com a vivência da vida, com as boas e más experiências, com as responsabilidades que depositam em mim (ser responsável numa equipa de base tem muito q se lhe diga), e à medida que tive essas responsabilidades, tb aprendi muita coisa, nomeadamente a admitir os próprios erros e não ter medo de dar a cara .... e nos encontros de formação de nos convívios da Fraternidade aprendo sempre algo de novo ... tb tive a sorte de tar em contacto com pessoas dos mais diversificados tipos de deficiências loool

Oh acredito q tenhas adorado, sabes um dos lemas da Fraternidade é só um sordocego é capaz de perceber melhor um surdocego e por aí adiante ... ! loool

Mano tb podes contar comigo para todas as ocasiões, claro q a nossa amizade é profunda vinda do coração, e tenho mto orgulho em te ter como um grande mano loool

Forte abraço

Olá maninho!

Temos de dar o nosso melhor em tudo, certo? Além disso, o curso que estou a tirar é o meu futuro, pois deposito esperanças de vir a ser um dia financeiramente independente.

Pois é! É vivendo que aprendemos. E aprendi algumas coisas que me ensinaram a ser mais humano e sensível.

A primeira lição foi que tudo o que nos acontece não é fruto do acaso. Para mim, a vida não é mais do que uma aprendizagem para o nosso melhoramento. Estamos sempre a ser testados e a cada prova resolvida inteligentemente, progredimos e o sentido da vida torna-se ainda mais profundo.

A segunda lição, é que só somos donos de nós e responsáveis por tudo o que fazemos. Porque quando cativamos alguém tornamo-nos responsáveis por ela e devemos aceitá-la sem preconceitos.

A terceira lição é que os erros são o que verdadeiramente nos fazem ter consciência do quanto importantes são os outros e como somos perfeitamente humanos e erramos como qualquer um.

Motivos para sorrir tenho-os aos montes, pois olhando para trás, pavaliando o meu percurso, sinto muito orgulho de mim, de ter lutado pelo que queria e andar de cabeça erguida. Porque pelo menos tentei e descobri que podia ir ainda mais longe na vida.

A nossa amizade é linda e daquelas que perduram no tempo, porque a união de pensamentos e de esperanças faz dela correspondida e harmoniosa.

Um forte abraço

Olá maninho adorado !

É verdade mano, as coisas como tão, temos q dar mesmo o nosso melhor ou então vamos para o olho da rua, é q é mesmo assim .... há q estimar os empregos ... !
Eu tenho esperanças que venhas a ser muito bem sucedido a fazer massagens às mulheres loool
E claro 1 dia vires a ser financeiramente independente ... !
Tens mto q lhe dar, mas se te servir de incentivo, lê mais uma vez o meu testemunho de vida, e repara como hoje sou bem sucedido na vida, mas tive q lutar mto para chegar até aqui loool

Primeira lição
De facto nada é fruto do acaso, estamos constantemente a sermos testados, temos sempre q tomar decisões, e se forem tomadas com inteligência, progredimos mais um pouco na vida ... !
Uma das coisas q eu tenho a certeza q não é fruto do acaso é a nossa linda amizade, as nossas vidas se cruzaram, pq Deus pôs-me no teu caminho para te amar, como te amo muito loool

Segunda lição
Verdade, só somos donos de nós mesmos
E à medida que vais tendo mais responsabilidade, mais te é exigido, sei isso pela minha vivência na Fraternidade, mas tb mais aprendes !
Enquanto responsável da Fraternidade e ser humano, sei q há mta gente q depende de mim, da minha visita, do meu contacto, do meu afecto ... para que se desenvolvam integralmente ... !

Terceira lição
Claro errar é humano, e aprendemos e melhoramos muito com os erros ... !

Sabes mano ? Fico muito feliz ao me deparar com um mano mais desenvolvido, mais humano, mais sensível ... e ao reparar q progrediste imenso desde que te conheçi no lerparaver, fico tão, mas mesmo tão orgulhoso de ti, com tantas victórias umas mais recentes (multibanco) e outras mais antigas ... e tb ao reparar q a nossa amizade cresceu imenso ao longo dos tempos loooool
A nossa amizae será eterna loool

Grande Abraço

Olá querido maninho!

Adorei tudo o que disseste e que complementa e reforça o que disse, principalmente quando disseste que ia ser bem sucedido a fazer massagens às mulheres... eheheheh Porém, tenho de te explicar uma coisa. O massagista massaja bebés, crianças, adultos e idosos, independentemente do sexo ou da faixa etária. Mas eu sei que estavas a brincar e achei piada e deu para dar umas boas gargalhadas!

Como deves imaginar, como profissional de saúde, tenho de massajar todas as pessoas e aliviar dores físicas e também psicológicas. E quero mesmo muito ser financeiramente independente e estou a fazer por isso, como vais perceber a seguir.

Perguntaste-me das minhas notas dos exames e as dos últimos foram muito boas! Tive 20 a Português, 19 a anatomia e fisiologia e 17 a Eletroterapia parte teórica. Apesar disso, sei que posso melhorar, mas às vezes não consigo e fico chateadíssimo!

É verdade, pois também penso o mesmo, que Deus te colocou no meu caminho para eu inspirar-me no teu testemunho de vida e lutar pelos meus sonhos.

Também te amo muito como meu grande amigo que ilumina a minha noite e que faz pensar positivo e que a vida e a amizade são belas quando correspondidas.

Claro que penso no teu testemunho e em tudo o que aprendi com os outros quando estou mais em baixo.

Olha que há pouco tempo fui levantar dinheiro sozinho e foi bué fácil e desenrasquei-me lindamente. E ontem venci um dos meus fantasmas ao ir sozinho comprar uma coca-cola ao café perto do meu alojamento. Nunca tinha ido lá sozinho e foi uma vitória! Tenho uma memória excelente e tinha fixado o caminho logo no primeiro dia que fui com os meus colegas. E não me perdi, nem me enganei na loja!

Estou muito radiante e fico feliz que sintas orgulho de mim, pois o mesmo sinto em relação a ti!

Forte abraço

Olá maninho adorado !

Eu sei q é para fazer massagens a todo o tipo de pessoas, de todas as faixas etárias, eu tava é na brinca contigo loool
Olha q bom, q óptimas notas, fogo ainda queres melhor ? oh mano essas notas já sáo mto mas mesmo muito altas, estou muito feliz, adorei saber essas novidades looool

Eu tb te amo muito mesmo, tou mto feliz por te ter como um grande mano, e fico muito orgulhoso de ti loool

Sério ? Oh q bom mano, mais uma grande pequena victória, fico tão feliz looool
Tás no bom caminho lool

Grande abraço

Olá amigão!

Eu sabia que ias ficar muito feliz com as novidades!

Maninho, temos de dar o máximo de nós e ir até aos nossos limites, pois só assim saberemos do que somos capazes. Aliás, no meu vocabulário não entra a palavra "desistir" ou "não consigo" ou "oh! que pena".

Fui realmente sozinho ao café e olha que sentia-me um passarinho feliz e a coca-cola sabia otimamente! Agora e sempre que me apetecer vou dar uma volta e beber algo refrescante.

Sabes que formei na minha cabeça um mapa do café com o auxílio dos cheiros, dos barulhos que a bengala faz ao bater nos objetos e o número de lojas que tenho de contar para lá chegar. São estratégias que criei e que me deram a certeza de que nada era impossível, porque há solução para tudo se queremos realmente alcançar os nossos objetivos. Claro que tive de fazer um planeamento antes de me lançar à aventura, pois fazer as coisas à toa tem consequências indesejáveis.

Mais do que nunca estou determinado a lutar pela minha felicidade, pois só assim poderei fazer felizes os que amo!

Forte abraço

Olá querido maninho !

Claro q fiquei e muito feliz com as tuas novidades looool
Claro q sim, concordo a 100% com o q dizes, desistir não é de facto para nós .... !

Que bom mano, fico tão feliz loool
De facto há sempre 1 modo de dar a volta ao texto, seja contando as lojas, pelos cheiros ..... !
Pra tudo há solução, menos para a morte ... !

Gosto de te ver assim tão determinado, e podes crer q já me fazes mto feliz, amo-te muito maninho loool

Grande Abraço

Olá grande Filipe!

Grande está na tua pessoa e no teu coração e não na tua estatura! eheheheheh

Sabes quem é o autor do pensamento que inicia este comentário?

A sua sabedoria inspira-me muita coragem de ultrapassar os obstáculos. Mas antes de te dizer quem é, quero dizer-te que, mais que nunca, quero ter um estatuto e autonomia financeira e, por isso, deposito muitas esperanças neste curso.

Também já é tempo de mexer-me e depender menos das minhas irmãs e de quem quer que seja, porque o superprotecionismo só atrapalha. Por isso é que tenho sido mais exigente comigo e sei que posso dar o meu melhor basta querer e ser muito persistente.

Deves estar a perguntar-e: "Então, quem é o autor do pensamento que inicia este comentário?"

Ele devia ser como nós que gostamos de desafios e que fazemos das tripas coração. Crescemos mais com as dificuldades do que com as facilidades. E em cada dificuldade está uma oportunidade para pormos à prova o que somos.

Esse pensador é Albert Einstein.

Forte abraço

Olá querido mano !

obrigados pelos elogios grande maninho loool

Sabes as famílas por vezes são super protectoras, eu bem sei q é isso, pq às vezes os meus pais ainda o são, embora com a minha postura eles tenham mudado ligeiramente !
Super proteccionismo só atrapalha .... :-(

Deixem-nos andar, mexer, lutar pelo nosso futuro, pela nossa independência, e claro q se formos determinados e lutadores, mais cedo ou mais tarde conseguiremos loool
As coisas que desaprendemos tornámos a aprender ... e hoje em dia não falta informação sobre isso ... !

Eu há cerca de 2 semanas, a seguir aquelas noitadas da discoteca, e depois de uma boa soneca até à noite, e depois de ter tomado um belo banho, não tinha nada feito, e eu lembrei-me q queria fazer ovos mexidos, eh pá, apetecía-me loool
Cortei tudo aos bocadinhos, e depois do óleo quentinho, espeto com 2 ovos inteiros lá dentro, mas aquilo não ficava nada homogéneo, via-se as claras por um lado e a gema por outro, tentei separar ao máximo, botei queijo fazia uma espuma do caraças hehehe
Depois a salsinha o fiambre ... ! loool
Na terça perguntei a pessoal entendido na matéria, e agora já sei como o fazer, pelo menos acho q sim loool

Isso é muito mau, muito mau mesmo, nós valemos pelo que somos, pelas nossas qualidades ... e não pelas nossas limitações ... :-(
Pq será q essa gente vẽ as coisas ao contrário ?

É mesmo verdade é nas dificuldades, que se lançam os maiores desafios, cabe a cada um ficar apenas a lamentar-se das dificuldades, ou agarrar de unhas e dentes os desafios ... !
Eu fico mto feliz com os teus progressos looool

Forte abraço

Querido maninho!

De facto a superproteção das nossas famílias só atrapalha na nossa autonomia. Pensam que é um dever proteger os seus "bebés", mas só estão a fazer dos filhos pessoas dependentes e inseguras. E isso é muito mau, diria mesmo extremamente mau, porque chegam a adultos e ainda precisam dos pais!

Sem dúvida! Apoiado! Palmas! Se não tivermos uma atitude e insistirmos que somos capazes à nossa maneira, as nossas famílias nunca vão mudar de opinião acerca de nós. É compreensível que o façam por gostarem muito de nós, mas estariam mais descansadas se nós estivéssemos bem encaminhados e fôssemos bastante autónomos.

E temos de nos saber desenrascar, experimentar, tentar, estudar, questionar, pesquisar para aprendermos as milhares de maneiras de sermos autónomos ou de aprendermos.

Boa iniciativa, maninho! Começa-se sempre por coisas mais simples como fazer uns ovos mexidos ou uma sopa. Pois foi assim que aprendi a cozinhar e olha que a sensação de fazermos comida para os outros é tão boa!

Depois convida as tuas amigas para se deliciarem com os teus pratos! eheheheh Não te esqueças das velas e do champanhe e dos chocolates! eheheheh

Realmente o já ter conseguido levantar dinheiro de modo autónomo e de ir ao café sozinho são meio caminho desbravado.

As pessoas vivem mais do que veem do que é essencial. Dão mais importância às nossas limitações do que ao que somos realmente. Entendi que somos perfeitamente iguais aos outros na essência e que que, quando nos conhecem realmente, percebem que há cegos diligentes ou indolentes, preconceituosos ou de mentes esclarecidas como qualquer pessoa. Até nem entendo porque falo de mim como um surdocego, pois sou muito mais do que isso! Sou um homem como outros homens, embora sem vícios e sem preconceitos.

Grande abraço

Olá querido maninho !

Eu até compreendo até certo ponto, mas a super proteção por vezes só atrapalha, inpede-nos por vezes de crescer, viver experiências e aprender a desemrascar-se na vida ... !
Caramba não temos sempre 15 anos, mas às vezes os nossos pais agem como se só tivessemos 15 anos, caramba neste anos crescemos, aprendemos novas coisas ... já somos mais adultos e não somos sempre bébés ... !

Mas sabes, nós tb temos o dever de educar os nossos pais e fazer ver q não é bem assim ... !
A primeira vez q eu viajei sózinho foi um bicho de sete cabeças looool Mas nas outras já não lhes custou tanto ...
Às vezes não compreendem como é q eu tenho tantas reuniões ... mas com o tempo foram mudando, mas uma vez ou outra ainda refilam lool

Mano costuma-se dizer quem não sabe aprende, e quem já não se lembra, vai pesquisando na net, pedir ajuda aos amigps ... !
Devemos fazer tudo em prol da nossa independência, e mesmo os nossos pais podem adocer (diabo seja surdo) e depois quem faz o comer ... ?

Olha eu agora ando 1 bocado destreinado com esta coisa do trabalho e tal ...
Mas olha q eu fazia uns pitéus, alto lá com a brincadeira loool
O prato q eu faço ou fazia melhor é massa à italiana (esparguete com carne picada), ui é de comer e chorar por mais, já cheguei a fazer para cerca de 35 pessoas numa colónia de férias hehehe
E bolos, eu fazia cada um mais bom do q o outro loool
Claro q convido as minhas amigas e a ti tb hehehhehe

Tá mal, nós valemos pelo q realmente somos e não pelas nossas limitações
Grande Abraço

Ena Filipe, não sabia que tinhas talento para culinária! Um dia vou querer provar um dos teus pitéus! rsrsrs

A nossa atitude é essencial para a mudança de mentalidades, porque é normal a nossa família nos proteger, só não é saudável quando se torna excessivo.

Os teus pais só têm motivos para sentirem orgulho de ti que és um vencedor e que hoje estás perfeitamente integrado na sociedade, com um emprego estável e de que tanto gostas, com uma vida social bastante ativa e és membro da Fraternidade e ajudas imensa gente.

Sinto-me lisonjeado em me considerares um grande amigo!
Forte abraço

Olá maninho adorado !

Maninho, tem-me faltado tempo para o desenvolver, só se fôr mais nas férias loool
Claro q sim maninho na boa loool

Claro q a nossa atitude é fundamental para a mudança de mentalidades, e proteção a mais não é saudável ... !

Evidente, e dou graças a Deus, a mim, e aos meus pais para ter chegado aonde cheguei, ter uma vida activa, estável e integrada loool
Dentro e fora da Fraternidade, mesmo nas listas q faço parte, ajudo imensa gente looool

Claro q te considero como um grande mano, eu sei disso, mas tu tb mereçes, identifico-me bué ctg, acredita loool
Forte abraço