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Um protótipo desenvolvido em Viana ajuda invisuais no supermercado

por Marco Poeta

Um protótipo desenvolvido por dois alunos da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo, divulgado esta segunda-feira, pretende ajudar os invisuais nas compras do supermercado, através de "telemóveis inteligentes".

Denominado de "Guia de apoio à navegação de invisuais em superfícies comerciais", este protótipo vai seguir para a fase de testes com utilizadores reais e foi desenvolvido por dois alunos do curso de Engenharia Eletrónica e Redes de Computadores daquela escola, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo.

"Consiste no desenvolvimento de um sistema que permite apoiar um invisual na gestão otimizada da sua navegação numa superfície comercial, durante o processo de aquisição de bens existentes numa lista de compras pré-configurada", explica Tiago Santos, um dos alunos envolvidos no projeto.

Este sistema "gera automaticamente" um percurso otimizado dentro da superfície comercial, tendo em conta "critérios espaciais e de proximidade entre os produtos existentes na lista de compras", o que "minimiza" a distância percorrida pelo invisual.

O apoio à localização do indivíduo recorre à tecnologia RFID (identificação automática por sinais de rádio), colocada no pavimento em pontos de decisão de um sistema de orientação tátil, pré-existente, o qual, dizem os alunos, pode ser "facilmente instalado numa superfície comercial".

Para o efeito, os dois estudantes desenvolveram um dispositivo de leitura de RFID com capacidade de ligação sem fios a um "telemóvel inteligente"
(smartphone) para processar a informação, equipamento que pode facilmente ser adquirido pelos invisuais.

"Uma das tarefas mais complicadas que um invisual enfrenta no seu quotidiano é a visita a uma superfície comercial com o objetivo de fazer compras. Tendo em conta que todos os dias novos produtos chegam às prateleiras e que as suas posições no espaço sofrem constantes alterações, pretende-se com este projeto desenvolver um guia de compras para pessoas com deficiências visuais, baseado num smartphone", apontou João Palma, outro dos alunos.

Trata-se de um projeto de final do curso, naquela licenciatura, e que após testes laboratoriais será agora utilizado, em ambiente real, com o apoio de elementos da associação de invisuais de Viana do Castelo Íris Inclusiva, como forma de "melhorar e evoluir o projeto numa perspetiva mais centrada no utilizador".

Comentários

Porque é tão difícil para as pessoas chamarem cegos aos cegos mas mais grave como podem mudar o nome a uma associação que tem registo e é mesmo "Associação de cegos e amblíopes de Viana do Castelo-Íris Inclusiva"

Diga isso ao autor da notícia. O Marco só se limitou a publicar no lerparaver, ele não é o autor. Pois de certeza que se fosse ele o autor jamais escreveria a palavra invisual, já que ele também é cego. O Marco deveria ter colocado a fonte da notícia.