Quando a sociedade lhes fecha as portas, algumas pessoas com deficiência não perdem os objectivos.
Até quando Governo, câmaras e empresas vão permitir que esta seja uma luta solitária?
O que têm em comum Leila Marques e João Martins? Leila têm problemas num braço e João sofre de paralisia cerebral. Mas o que lhes condiciona os movimentos e a vida não os impediu de subirem ao pódio no último Campeonato de Natação Adaptada, em Durban (África do Sul), em Dezembro passado, para envergar as medalhas de prata e de bronze. Ao todo, a selecção portuguesa fechou a competição com sete medalhas. Seria o nosso país tão bem representado,se essas pessoas, mesmo com a mobilidade afectada, não se esforçassem por encontrar uma via aberta, entre as muitas pistas de obstáculos existentes, para ter no desporto mais do que uma actividade de reabilitação?
Mesmo sem medalhas, esse tem sido o triunfo de Renato Pereira, de 26 anos, e Ruben Portinha, de 19 anos. Incapacidades à parte, ambos são estudantes universitários e atletas que se esforçam todos os dias por ter um padrão de vida semelhante ao de qualquer jovem da sua idade. Renato pratica basquetebol há 6 anos e será, dentro de 3 anos, terapeuta da fala. Aos 14 anos, o atropelamento por um comboio numa passagem de nível ditou-lhe a dependência de uma cadeira de rodas para se deslocar. Já Ruben, é nas pistas de atletismo que se "desliga" de um ritmo intenso, repartido entre a faculdade e um programa de rádio on-line. Um glaucoma congénito fechou-lhe a janela visual para o mundo, mas encontrou no som um aliado para fazer passar a sua palavra.
São mais de 630 mil (dados do Instituto Nacional de Estatística, Censos 2001) os portugueses com algum tipo de defi ciência obrigados a ultrapassar as suas limitações e aquelas com que "esbarram" no dia-adia, para ter alguma qualidade de vida. Muitos resignam-se quanto à falta de acesso às infra-estruturas sociais. Outros conformam-se menos, sobretudo para quem a invalidez é uma situação nova, vivida a certa altura. São estes milhões de portugueses que nunca terão de sentir tantas difi culdades, se se criarem condições para os milharesque as enfrentam todos os dias.
As mentalidades mudam e são inegáveis os progressos na integração social de defi - cientes físicos e sensoriais. Contudo, o nosso inquérito dá o sinal de alarme: as boas intenções, sem passar à prática, nada trazem de novo. Em Portugal, há ainda muitos pontos por resolver, ao nível dos transportes e no acesso aos edifícios públicos. O dia de uma pessoa com deficiência é semelhante ao de qualquer outra, com o peso das dificuldades que tem de contornar.
A principal "prova de esforço" para a maioria dos inquiridos (71%) é viajar nos transportes públicos. Conduzir um carro privado é a única alternativa para as deslocações de 68% dos inquiridos. Porque o eléctrico, o comboio, o metro e o autocarro oferecem entraves, mais de metade diz que nunca utilizou nenhum desses meios. Se tivessem de viajar nalgum deles, para mais de metade dos inquiridos, as grandes dificuldades estariam em permanecer de pé no veículo e os maus acessos de e para as estações.
Residente na zona de Sintra, Ruben Portinha utiliza os transportes públicos para chegar à faculdade, em Lisboa, e sente na pele os entraves. Até à estação de comboio da linha de Sintra tem de apanhar um autocarro. Para saber qual o seu, não falha o horário ou socorre-se das pessoas presentes na paragem. O mesmo acontece no comboio. A alternativa: contar as paragens e, porque possui algum resíduo visual, reconhece alguns elementos físicos.
O nosso inquérito mostra que, em casa, também há obstáculos. Em 30% das respostas que obtivemos, fi cámos a saber que existem pessoas sem equipamentos especiais como rampas de acesso e elevadores ou plataformas elevatórias, embora precisem deles. O custo elevado é mesmo a principal razão para não os terem. A tecnologia pode ser uma pequena ajuda para quem está dependente dos outros para as tarefas diárias. No último teste a máquinas de lavar roupa (PRO TESTE n.º 276, de Janeiro), verificámos que a facilidade de utilização para consumidores com problemas de mobilidade não é uma preocupação dos fabricantes.
Textos claros, símbolos tácteis e portas que abrem a 180° permitiriam a essas pessoas ter menos um impossível em casa: 58% dos inquiridos afi rmam precisar de assistência nas lides domésticas. Preparar as refeições e fazer pequenas compras são outras das tarefas com as quais 49% e 56%, respectivamente,dos inquiridos portugueses, não conseguem lidar sozinhos.
Uma ajuda profissional resolveria algumas dificuldades de quase metade. Mas, entre aqueles que não a têm, muitos desconheciam um serviço dessa natureza.
O custo elevado é também um impedimento para um quarto dos inquiridos. Em comparação com os outros países, a avaliar pelas respostas de quem pagou para receber ajuda profissional, a média de custos ronda os 950, mais baixos do que na Itália ( 2000) e na Bélgica (1200 euros). Entre aqueles que a têm ou já a tiveram, 48% considera que o principal obstáculo em aceder a assistência especializada está no tempo de espera.
Poucas oportunidades profissionais
A maioria dos inquiridos é composta por reformados (52%). Destes, mais de metade tem menos de 60 anos, sinal de que, por vezes, estas pessoas são obrigadas a encurtar a carreira, pela sua condição ou por falta de oportunidades. A experiência dos profi ssionalmente activos (37%) ilustra bem as difi culdades que enfrentam para dar vida a uma vocação ou habilidade.
Ao contratar pessoas com deficiência, as empresas esquecem-se das adaptações necessárias e só olham aos subsídios que o Estado lhes concede. Condições para entrar no edifício, trabalhar menos horas ou dias por semana, casas-de-banho e local de trabalho adaptados são as principais necessidades por preencher. Face às respostas que obtivemos, a maioria acaba por adaptar-se ao que já existe. A satisfação profi ssional é um dado secundário: metade dos inquiridos diz ter, no seu emprego actual, poucas ou nenhumas oportunidades para aplicar a sua formação. Mais: 78% acha que difi cilmente conseguirá mudar para um emprego melhor. Até porque a experiência anterior de muitos não lhes deixa grande margem de manobra: mais de um terço dos inquiridos activos ou à procura de emprego, com menos de 60 anos, considera ter perdido um emprego, devido à sua condição.
Vida dentro de quatro paredes
Não é só no emprego que as diferenças se notam. A vários níveis, a cidade está fechada para quem vive uma situação de incapacidade temporária ou permanente. Mesmo para as pessoas que utilizam o transporte privado nas deslocações, as barreiras não desaparecem: lugares reservados indevidamente ocupados e difi culdade em estacionar perto dos locais onde vai são algumas das situações com que se confrontam frequentemente os inquiridos. Também as actividades ao ar livre parecem ser um luxo para quem o movimento tem limites.
Visitar museus e bibliotecas, praticar exercício físico ou desporto, ir ao cinema, ao teatro ou assistir a um jogo de futebol são ocupações impossíveis para muitos incapacitados. Entre os hobbies domésticos, o acesso à Internet ainda não é um hábito, pois 49% dos inquiridos nunca navegou na rede em sua casa. É conhecida a reduzida taxa de introdução da rede nos lares portugueses. E muitos sítios na Net ainda não têm descrições áudio, comando verbal, interpretação gestual ou legendas, para facilitar a sua utilização. Apesar de a lei o exigir, as respostas obtidas comprovam que muitos serviços públicos, centros de saúde e escolas, por exemplo, não têm rampas, elevadores ou casasde-banho adaptadas. Mais de metade dos inquiridos tem alguma difi culdade em usar uma instalação desportiva, como uma piscina, ir a um local de convívio, ao hospital e aos correios. Levantar dinheiro no multibanco ou ir ao banco e ter uma consulta no centro de saúde são também tarefas árduas para quase metade dos inquiridos.
Entraves orçamentais
Existem alguns apoios de que as pessoas com deficiência podem beneficiar, como os benefícios fiscais. Neste aspecto, o Orçamento de Estado para 2007 veio limitar os direitos dos contribuintes com deficiência (com incapacidade permanente igual ou superior a 60%, para o fi sco). Até agora, um deficiente com um grau de invalidez entre 60% e 79% estava isento de imposto sobre metade dos rendimentos de trabalho por conta de outrem, até 13 774,86 euros. A isenção seria maior, caso a invalidez ultrapassasse os 80 por cento. Este ano, cada sujeito passivo pode deduzir três vezes o salário mínimo nacional ( 1209) e o equivalente a um salário mínimo ( 403) por cada dependente com deficiência. E quem já pagava IRS vai passar a pagar mais. Para tentar diminuir os efeitos negativos sobre estes contribuintes, o Estado estabeleceu um período de transição. Ou seja, em 2007, para efeitos de tributação, o fisco considera apenas 80% dos seus rendimentos e, no ano seguinte, 90 por cento. Os resultados do nosso inquérito mostram que o orçamento é um fardo adicional para quem vive com uma incapacidade. Entre os inquiridos que queriam visitar algum profi ssional de saúde e não o fizeram, cerca de 60% referiu o custo elevado como o motivo para não ir a consultas de especialidade e não fazer fisioterapia.
Mais de metade dos inquiridos portugueses conduz um carro privado. Para comprá-lo, 30% teve direito a benefícios fiscais ou foi reembolsado. Por sua vez, na compra do carro em que se desloca como passageiro, 52% sublinha que não usufruiu de qualquer apoio. A falta de ajudas financeiras é também assinalada por mais de metade das pessoas que dizem ter feito modificações no carro devido à sua condição
Aceder aos edifícios ou habitações, viajar nos transportes públicos, deslocar-se na via pública e utilizar os caixas multibanco são verdadeiras provas de esforço no dia-a-dia das pessoas com deficiências físicas permanentes (como os invisuais e deficientes motores), mas também de pessoas temporariamente numa situação idêntica. Em 2003, quando fizemos uma inspecção a 42 edifícios das principais juntas de freguesia e câmaras municipais de Lisboa e Porto, demos conta de uma lista de impossíveis para os deficientes. Na altura, faltava um ano para terminar o prazo imposto pela lei, em 1997, para as mudanças necessárias nos edifícios públicos.
Quatro anos depois, a opinião de quem vive limitado é clara: a fiscalização não é eficaz e há muito por fazer. A começar por um levantamento do que até agora mudou ao nível de equipamentos que facilitem os acessos. O "Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidades", publicado pelo Governo em Setembro passado, prometia, até 2009, melhorar os acessos nos transportes públicos e promover a integração de deficientes no mundo do trabalho.
No Verão passado, foi aprovada uma lei contra a discriminação de pessoas com deficiência, que vem dar resposta a muitas injustiças sociais, tanto na acessibilidade a locais públicos, como nas barreiras ao crédito à habitação, devido à exigência de contratação do seguro de vida (geralmente recusado a estas pessoas, por parte das seguradoras).
No momento em que escrevemos estas linhas, esta lei ainda não foi publicada em Diário da República. Demos conhecimento dos resultados deste inquérito à Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação e também ao Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor. Esperamos assim que o Governo não esqueça os seus compromissos e oiça a voz dos nossos inquiridos e de quase um milhão de portugueses.
Fonte: revista Pro Teste nº 277 de Fevereiro de 2007.
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Comentários
E então?
É triste tanta coisa que se vê em redor, a impossibilitar a boa integração e mobilidade dos deficientes, seja de que espécie forem, mas a esperança não pode morrer e nunca será demais sensibilizar o poder político para as necessidades sentidas por aqueles.
Quanto a desporto, em conversa com algumas pessoas invisuais, desconhecedoras de algumas sensações provocadas por alguns tipos de desportos, menos comuns, pensei que se fosse sugerido para alguma entidade apropriada, a realização de encontros convívio, mais frequentes, comportadores de deficiência visual e não só, para prática de desportos vários, como o sky, equitação, rapel, canoagem, tiro ao alvo, etc... naturalmente auxiliados por alguém capaz e responsável, seria algo muito positivo para a autoestima da pessoa que participasse do evento, além de se tornar um momento propício ao desenvolvimento da camaradagem e da partilha de experiências e, porque não, do alargamento, também, de potenciais laços de amizade! Fica a sugestão, para quem de direito, nomeadamente em Portugal (em cada região do País), pensar com carinho e lançar mãos a esta magnífica obra, com recurso a parcerias e apoios diversos. Estou certa de que colaborações não irão faltar e aderentes também não. Há quem espere ansioso por essas experiências, dentro e fora de Portugal!
E então... todos esperam propostas em grande, não?!...
Achei súper interessante o comentário que se refere, concretamente às actividades desportivas para portadores de deficiências diversas. Na verdade, recriar eventos em grande, dá trabalho, é um facto, mas com cooperação de gente empenhada em ajudar, não custará nada e tudo se faz com o maior prazer. Haja sensibilização e força de vontade.
Só de pensar na satisfação de todos quantos apostam no desporto e no convívio salutar, parte da sua felicidade (sejam ou não portadores de algum tipo de deficiência), creio haver impulsos mais do que suficientes, para mobilizar esforços no sentido de idealizar e levar a cabo, no terreno, experiências arrojadas e de grande valia para um bom desenvolvimento do indivíduo.
Quanto a mim, a organização de convívios regulares, de natureza desportiva diversa (consoante a época do ano e a geografia do espaço onde se aplique), tem tudo para dar certo e produzir óptimos resultados, seja em Portugal, no Brasil e no resto do mundo!
A auto-estima é uma arma preciosa para o combate diário das contrariedades que se atravessam no destino de cada um, a cada passo e essa auto-estima conquista-se em várias fontes, entre as quais... na alegria e no encorajamento! Por isso, faça-se luz, junto das instituições apropriadas, mobilizem-se esforços em cada região do País e que se dê hipótese à concretização de sonhos e multiplicação de sorrisos, entre esta gente, que bem o merece!!!
Acerca dos transportes e do desporto
No caso dos transportes, vivo a 8Km do trabalho e desloco-me sempre sozinho mas é uma nessecidade que eu próprio tenho e então faço-o sem problemas de maior mas concordo com que deveria haver mais facilidades.
Em relação ao desporto sou praticante de atletismo, faço lançamentos de peso disco e dardo mas a grande rialidade é que as ajudas não são muitas e a promução também não é quase nenhuma e as entidades que deveriam mais nos apoiar como a ACAP ou a ANDMOT não o fazem perto de quem deveriam.
Instituições ou associações.
Boa tarde a todos os participantes deste forum de ideis e debates das mesma.
Acho que se deveria de meter em discuçao o papel das associações de e para deficientes, sejam elas quais forem
As associacões que dizem representar a pessoa com mobilidade reduzida, estão em pleno funcionamento como Hobbis para
depois de uma saida do trabalho de quem as dirige.
Os Jardins de infancia estao super lutados, os bilhetes de cinema estao carissimos, e a diversão nocturna essa nem se fala.
Por isso certas associações, para não dizer todas elas servem meramente para diverçao de alguns. E assim os "defensores" da pessoa com mobilidade reduzida esta totalmente defendido. Têm alguma duvida disso?
Cumprimentos a todos
Mathilde
O papel das associações
Oi Matilde !!
Não é bem assim como dizes .... !!
Eu sou deficiente fisico-motor, felizmente sou normovisual !! lool
Mas a minha deficiência em termos práticos, traduz-se em: atrofiamento dos músculos, osteoporose (ossos fraquinhos, com pouco cálcio), dificuldades no caminhar (não ando tão depressa), epilepsia, ... !!
E já chega ... já tenho bem a minha dose .... !! loool
Mas, apesar de todas as minhas limitações, levo uma vida quase normal .... !! looool
Faço parte da ACOD - Associação Criar Oportunidades a Deficientes, onde desempenho o cargo de secretário !!
As reuniões são mensais, e quase sempre à semana (diga-se de passagem, depois dum dia de trabalho, ir pra uma reunião é uma chatisse, mas faz-se esse esforço), e por vezes mais do que 1 por mês.
Temos um plano de actividades imenso e enorme .... e como devem imaginar isso dá mto trabalho ..... !! loool
Neste momento, temos a hidroginástica em curso, já há cerca de 2 anos .... temos terapeuta ... e fica mais barato às pessoas, pq se fosse pagar a particulares ficava uma fortuna, salvo erro 40-80 euros por sessão, e assim é só 10 euros por mês (o qual tem umas 4 ou 5 sessões, depende das semanas q tem os meses), agora imaginem o q essas pessoas poupam ... !!
Mais, há cerca de 2 meses temos uma cede, que é usada não só pra reuniões, mas q todos os dias tá lá uma secretária a receber as pessoas, efectuar pagamentos, regularizar quotas, por as contas em dia ... e depois tem uma parte de aconselhamento (1 psicóloga, 1 médica, ... )
E isto acarreta custos mensais, e pra os cobrir temos q nos esforçar imenso .... !!
E depois temos toda uma série de actividades internas: Jantar da ACOD, no dia do deficiente fizemos uma caminhada com os deficientes pra assinalar o dia, convívios, ....
Contando tb com as actividades externas: participação em torneios de bossea, em maratonas, convívios ... !!
E outra coisa importante: trabalhar junto das instituições no sentido de se melhorar a acessibilidade, desde ranpas, ... !!
Isto tudo para dizer uma coisa muito simples: nem todas as associações funcionam como hobbies e, nem todas as associações se tão maribando pros dficientes ... !! loool
Muitas delas, são formadas tb por pessoas deficientes, e trabalham para e com os deficientes ... !!
E não estão à sombra da bananeira, mas trabalham de verdade ... !!
Como é o caso da ACOD !!
É claro, q tb há outras associações q não fazem puto ... mas por essas não devemos generalizar todas ... !!
Aliás um dos nossos grandes defeitos, é generalizar as coisas, só porque meia dúzia é assim ... é um pensamento errado ... !!
Desculpem se me alonguei e/ou se ofendi alguém ... mas a minha intenção não era essa ... mas sim alertar q nem todas as associações trabalham / funcionam do mesmo modo !! loool
acessibilidade nos transportes
Desde já os meus parabéns a este comentário. Eu também sou de Sintra como o Ruben e infelizmente quando apanho o comboio para ir para a faculdade também tenho de contar as estações e nas camionetas temos de perguntar, como diz e muito bem o Ruben.
Ana Catarina Rocha Rua
Rebaixamento de passeios em Rio de Mouro
Anda alguém, com poder para isso, a rebaixar algumas bermas de passeios em Rio de Mouro.
Refiro-me concretamente a uma zona, incluída entre o "estádio" de futebol e a zona da Estação chamada de "Casal dos Porqueiros".
Patético e inglório trabalho!
Nenhum deficiente em cadeiras de rodas se aventurará por aquelas bandas. Na realidade os passeios têm rampas entre as paredes e os edifícios, com inclinação impraticável a uma cadeira de rodas; as lombas e degraus em alguns passeios no sentido transversal impedem a circulação; a inclinação das ruas, superior a 20% torna impraticável o percurso de uma cadeira de rodas quer no sentido ascendente quer descendente.
O alguém que atrás referi, só quer parecer bem na "fotografia" mas afinal apenas deixa um rasto de inutilização de dinheiros públicos que acabará por não servir a ninguém.
A Junta de Freguesia costuma dizer que como a urbanização ainda não foi entregue à CMSintra não pode fazer nada. Assim não deve ser aquela autarquia a desbaratar o nosso dinheiro...Quem será então?