Fujitsu e Unidade de Equipamentos Tiflotécnicos (UET) da ACAPO unem-se para lançar o sistema «Braille Etiq».
Os produtos quotidianos, como bens alimentares ou de higiene, à venda nos supermercados, vão em breve ter etiquetas em Braille. A Fujitsu e a Unidade de Equipamentos Tiflotécnicos (UET), da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (ACAPO) uniram-se para lançar o sistema «Braille Etiq», noticia o Diário Digital.
Este novo sistema vem dar resposta à nova lei publicada no Diário da República, a 22 de Julho de 2008. O diploma obriga certo tipo de estabelecimentos comerciais a implementar, até 22 de Janeiro de 2009, mecanismos de disponibilização de informação sobre determinados bens de venda ao público, para pessoas com deficiências e incapacidades visuais.
As novas etiquetas em Braille vão disponibilizar aos consumidores invisuais informações como a descrição do produto, as características principais e o prazo de validade.
Na prática, quando o invisual vai às compras, o empregado que o atende processa todos os produtos na registadora e, no fim, insere o talão da compra no sistema. O «Braille Etiq» imprime, de seguida, as respectivas etiquetas em Braille e em escrita normal, que o operador de caixa colará nos produtos adquiridos.
Em alternativa, é possível encadear o registo da compra e a impressão das etiquetas. Neste caso, as etiquetas já estão a ser imprimidas conforme os bens são passados na registadora.
Rodrigo Santos, gerente da UET e director da ACAPO, explica ao Diário Digital que o sistema «Etiq Braille» promove não só uma melhoria na compra, mas sobretudo uma «melhoria significativa em casa».
De acordo com os depoimentos de invisuais àquele jornal online, é muito difícil para alguém que não vê distinguir as várias embalagens que se tem por casa, como latas de insecticidas e purificadores do ambiente, leite e sumos, latas de comida e latas de ração para animais, entre outros.
«Trata-se de uma solução flexível», sublinhou João Carvalho. A tecnologia é compatível com todos os sistemas operativos. Os estabelecimentos que adoptarão esta tecnologia terão que realizar um investimento de cerca de 3500 euros e necessitarão de duas horas e meia para instalá-la e formar o pessoal.
«É uma solução totalmente concebida por técnicos portugueses, que já despertou grande curiosidade no estrangeiro (França, Inglaterra, Itália, Holanda, Espanha) pela eficácia que apresenta», comentou João Carvalho.
Fonte: http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=1019914
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Comentários
Surpreendida
Boas,
para a despensa de casa acho óptimo, contudo os invisuais continuam muito restrictos no acto da escolha dos produtos nas prateleiras.
Uma excelente ideia!
Olá a todos, desde já quero felicitar a Fujitsu e Unidade de Equipamentos Tiflotécnicos (UET) da ACAPO, pela excelente ideia que tiveram.
Eu acho que é realmente importante que os bens alimentares e produtos de higiene tenham etiquetas em Braille, assim vai facilitar a vida das pessoas que vivem sozinhas.
Só quero ver quando é que este serviço chega cá a Madeira.
Cumprimentos
Ana Andrade
Pois...
anacristina
Acontece que já estou a ouvir isto há mais de dois anos e... ficam-se apenas por palavras!
Esperemos que brevemente não sejam apenas palavras e acções.