Militar da força aérea Britânica cegou durante um voo de treino, mas conseguiu aterrar em segurança apenas com instruções via rádio de um colega
Um piloto da Força Aérea britânica ficou cego durante um voo de treino, mas conseguiu aterrar em segurança graças às instruções via rádio de um colega.
De acordo com o jornal britânico “The Telegraph”, o incidente aconteceu na quinta-feira durante uma sessão de treino de rotina. Sozinho num avião Hawk, um jato de treino, o piloto sofreu uma doença súbita que o deixou sem visão.
Ao pedir auxílio à base, os comandantes da missão de treino ponderaram ordenar-lhe que se ejetasse sobre o Mar do Norte, mas acabaram por desistir devido aos riscos que a ideia acarretava.
A solução chegou com o tenente Paul Durban, instrutor de voo na base de Leeming. O instrutor deslocou-se num outro avião, colou-se atrás do piloto cego e foi dando instruções até conseguir que aterrasse em segurança.
"Eles acreditam que o piloto tinha uma infeção no olho e não conseguia ver. O outro piloto voou atrás dele e deu-lhe instruções até aterrar. O tenente
Durban também está bem, mas julgo que está exausto”, afirmou uma fonte ao "The Telegraph".
A Força Aérea britânica confirmou o incidente, mas não adiantou pormenores sobre a operação.
Fonte:
http://www.tvi24.iol.pt/internacional/cegueira/piloto-fica-cego-durante-voo
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Comentários
Com a descrição correta, é impressionante como a mente vê!
Em que pese o risco da operação, uma vez que o piloto estava numa situação de stress extremo, posto que perdeu a visão e em que pese o outro piloto não estar, provavelmente, treinado para orientar pessoas cegas na atividade de pilotar um avião, o ocorrido deixa claro o papel de uma descrição bem feita, clara, correta, específica e, certamente, concisa: (o avião está em grande velocidade e as informações oferecidas pelo descritor devem ser concisas e permitir a tomada de decisão. Esta, uma vez viabilizada pela descrição e objetivada no menor tempo possível, com o mínimo de palavras e o máximo de informações, traduz o que chamamos de empoderamento resultante da áudio-descrição.
Foi o que ocorreu e o piloto chegou salvo ao solo.
Bem, isso em nada me espanta, conhecendo, como conheço, os benefícios da áudio-descrição e a capacidade de o cérebro humano produzir imagens e delas fazer uso, quando elas chegam aos ouvidos e tato das pessoas cegas ou que têm baixa visão.
Se você deseja saber mais sobre esse assunto e descobrir o significado do empoderamento trazido às pessoas com deficiência visual por meio da áudio-descrição, aproveite e venha participar do II Encontro Nacional de Áudio-descrição em Estudo (www.enades.com.br), a ocorrer do dia 2 ao 6 de Maio próximo.
Divulgue esta informação e, antes de congelar perante os limites que uma deficiência possa trazer a um indivíduo, pense que ele continua sendo capaz, sempre que a sociedade lhe dá as condições e oportunidades.
Francisco Lima