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Mundial Paraolímpico de atletismo: Brasil ganha ouro e prata

por Lerparaver

RIO - O Brasil conquistou nesta terça-feira a sua primeira medalha de ouro no Mundial Paraolímpico de atletismo em Assen, na Holanda. Na final dos 100 metros da categoria T11, para cegos, Ádria dos Santos venceu com o tempo de 12s70. A prata também ficou com o país: Terezinha Guilhermino, a apenas três décimos da campeã. As duas fizeram a disputa mais emocionante da competição até agora.

- Era tudo que eu queria, o trabalho que eu fiz era pra chegar aqui e vencer os 100m. Meu objetivo era esse e é muito importante pra mim ter vencido essa prova - disse Ádria.

Antonio Delfino e Sonia Gouveia ganharam mais duas medalhas de bronze. Delfino competiu os 200 metros da categoria T46, para atletas amputados, e terminou com a marca de 22s62, atrás do australiano Heath Francis, 22s32, e do marroquino Mohammed Dif, 22s55. Sonia Gouveia surpreendeu no arremesso de disco e terminou com a terceira melhor marca do dia na categoria F53.

- É uma felicidade muito grande ganhar essa medalha. Em Atenas, eu não consegui e hoje eu estou realizando um sonho. Isso me dá forças para lutar por uma vaga em outra paraolimpíada - disse Sonia.

O Mundial de Atletismo Paraolímpico vai até o dia 10. Até lá, o Brasil ainda tem outras chances de medalha e, conseqüentemente, ampliar sua participação na Paraolimpíada de Pequim, em 2008. Entenda a classificação das categorias

Como forma de tornar mais justas as disputas, os atletas são classificados de acordo com o grau de cada deficiência. A classificação divide-se em duas partes:

1- “F” de field (campo em português) para provas de arremessos, lançamentos e saltos

F11 a F13 - deficientes visuais

F20 - deficientes mentais

F31 a F38 - paralisados cerebrais

F40 a F46 - amputados

F51 a F58 - cadeirantes

2- “T” de track (pista) para provas de corrida

T11 a T13 - deficientes visuais

T20 - deficientes mentais

T31 a T38 - paralisados cerebrais

T40 a T46 - amputados

T50 a T55 - cadeirantes

Quanto menor o número da classe, maior é o comprometimento do atleta.

Fonte: http://oglobo.globo.com/esportes/mat/2006/09/05/285546867.asp