“Livros para os sentidos” na Biblioteca Municipal de Coimbra

Levar a leitura a todos, mesmo aos que, por motivos diversos, não têm possibilidade de ler, agora com a colaboração de gente solidária em regime de voluntariado.
Este é o objetivo maior do projeto “Livros para os sentidos – Sentidos para os livros”, promovido pelo Serviço de Leitura para Deficientes Visuais existente
há mais de duas décadas na Biblioteca Municipal de Coimbra e coordenado por José Guerra.

A entrar muito brevemente na sua segunda fase, de acordo com a diretora da Biblioteca Municipal de Coimbra, a iniciativa nasceu de uma candidatura ao Programa
de Leitura para Bibliotecas Públicas da Fundação Calouste Gulbenkian, que atribuiu a “Livros para os sentidos” um montante a rondar os 10 mil euros.

Desta forma, de acordo com declarações de Maria José Miranda ao DIÁRIO AS BEIRAS, irá conseguir “alargar-se o âmbito do serviço a todas as pessoas que,
para além dos invisuais, não possam ler”, o que será feito através de um projeto autónomo de edição de audiolivros com a colaboração de leitores voluntários.

Para já, quando existem cerca de cinco dezenas de voluntários inscritos – de jovens estudantes a muitas pessoas já aposentadas –, irá proceder-se à seleção
dos “leitores” que, numa fase posterior, participarão então na gravação dos audiolivros num estúdio próprio já instalado para o efeito no edifício da Biblioteca
Municipal/Casa da Cultura de Coimbra.

Desta forma, destacou a responsável, a Biblioteca Municipal de Coimbra poderá alargar de forma substancial a sua coleção de audiolivros, promovendo a edição
em formato mp3 de obras de novos autores e novidades editoriais.

Depois, o serviço funcionará como todos os restantes: os audiolivros poderão ser requisitados para audição – dentro ou fora – das instalações da Biblioteca
Municipal de Coimbra, possibilitando a todos o acesso à “leitura”.

Importante sublinhar ainda o facto deste projeto estar a concretizar-se em 2011, o Ano Europeu do Voluntariado e Cidadania Ativa. A participação em “Livros
para os sentidos” fará com que cada um dos leitores-locutores “ofereça a sua voz em prol da solidariedade e da defesa de uma importante causa humanitária,
que se pretende torne cada vez mais universal a literatura”, de acordo com uma nota de José Guerra, o responsável pelo Serviço de Leitura para Deficientes
Visuais.

Fonte: As Beiras