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Código em ônibus ajudará deficiente visual

por Lerparaver

Alunos do Cefet desenvolveram sistema eletrônico

Fredson Navarro, do Emsergipe.com, com informações do Cefet

Os alunos do curso técnico em eletrônica do Centro Federal de Educação Tecnológica - Cefet - de Sergipe, Davi Gomes Moura, Felipe Góes dos Santos e Victor Menezes Rocha, orientados pelo professor Fábio Prudente, desenvolvem um sistema eletrônico que pode facilitar o acesso de pessoas com deficiência visual, ou com dificuldade de leitura, a veículos de transporte público.

Batizado de Miru, o sistema consiste em identificar cada ônibus com um código eletrônico, que pode ser reconhecido por um aparelho portátil. Quando o ônibus selecionado se aproxima, o aparelho emite um sinal sonoro avisando que o veículo está chegando.

O projeto será apresentado à comunidade científica durante o 2º Congresso de Pesquisa e Inovação da Rede Norte-Nordeste de Educação Tecnológica em João Pessoa, na Paraíba.

O tema do congresso, que se estenderá até sexta-feira, dia 30, é Pesquisa e Inovação em Rede - Consolidando Ações na Educação Profissional e Tecnológica. Segundo Fábio Prudente, o projeto não é inédito, sistemas semelhantes já existem implantados em algumas cidades no Brasil e no exterior, cada um com suas peculiaridades e utilizando tecnologias diversas. Mas o diferencial do Miru é ser um projeto aberto.

"Sua tecnologia estará disponível para ser utilizada e melhorada publicamente, seguindo o mesmo espírito do que hoje chamamos de software livre. Também tivemos a preocupação de usar componentes de baixo custo e facilmente encontrados no mercado nacional", ressalta.

O professor explica que o projeto poderá servir de base para outros sistemas de identificação, rastreamento, controle, entre outros fins. "Além de ser uma necessidade, do ponto de vista da inclusão social, ele abre caminho para produtos e serviços que podem ser desenvolvidos e explorados a partir desse trabalho", afirma.

Na atual fase do projeto - os alunos estão desenvolvendo a tecnologia - já existe um protótipo em funcionamento e a equipe realiza testes em laboratório para melhorar seu desempenho. Até o final do ano, o protótipo deverá estar pronto, passando então para a fase de testes em situação real, e para o desenvolvimento de novas aplicações.

Fonte: http://emsergipe.globo.com/nesseinstante/exibir_noticia.asp?id=91706