Cão-guia tem acesso garantido em locais públicos pela lei mas falta conscientização da população.
Se todos os deficientes visuais interessados em ter cão-guia tivessem seus pedidos atendidos, haveria cerca de oito mil cães trabalhando nas ruas do Japão. Na realidade, porém, existem apenas 952 animais reconhecidos em todo o país, segundo a Associação Cão-Guia para Deficientes Visuais do Japão, a maior das nove entidades que treinam cachorros a fim de cedê-los aos deficientes. "Preparamos 30 cães-guia por ano, em média. Mas estamos com plano de elevar este número para 50 até 2008", conta Chiaki Sakaba da associação.
Como parte desse projeto, a entidade inaugurou em outubro o Centro de Cão-Guia para Deficientes Visuais em Fujinomiya (Shizuoka). Além de treinar cães, o complexo reúne estabelecimentos para reprodução, asilo para cães aposentados e alojamento para deficientes passarem o período de adaptação junto com seu parceiro.
Mesmo que a associação atinja sua meta, o número de cão-guia ainda não será suficiente para atender a procura. "Há mais de 100 pessoas na fila, e a espera dura de três a quatro anos", diz Sakaba. Mas cada caso é avaliado e algumas pessoas têm prioridade no atendimento. "Quem precisa trocar seu cão-guia que chega à idade para se aposentar, não pode esperar tanto tempo. Depois que se acostuma com a ajuda do cachorro, é difícil voltar a viver sem."
Membro da família
O caso da deficiente visual Hiroko Yano, 39, é outro exemplo que mereceu consideração especial. Ela usava bengala branca até que sofreu acidente de trânsito em 2003 que a deixou com problemas no pescoço. "Precisava tomar cuidado com obstáculos na altura da cabeça. Mas a bengala não ajuda a detectá-los", explica Hiroko. Diante dessa situação, ela recebeu seu cão-guia Dick em julho do mesmo ano. Dois meses depois, ela voltou ao trabalho, em uma empresa em Yurakucho (Tokyo). Até junho deste ano quando venceu o contrato, ela encarava com bom humor a viagem diária no trem lotado. "Depois que se acostuma, você não sente dificuldade. Eu ficava grudada com ele na porta do lado esquerdo, que não abria da minha estação até Yurakucho", diz.
O grande diferencial de andar com cão-guia, segundo Hiroko, é o sentimento de realização que se tem ao chegar ao destino. A presença do animal também chama atenção de pessoas na rua que lhe oferecem ajuda. "Isso não acontecia quando usava só bengala branca. Existem amantes de cachorros mas não os de bengala", brinca. Ela nunca tinha criado um cão e teve dificuldades de se comunicar com seu parceiro. "Demorei um ano até a gente se entender bem. Mas com meu cão, aprendi a reconhecer a importância da comunicação e agora tento me expressar mais claramente não só para ele mas também para outras pessoas", diz.
Fonte: http://www.ipcdigital.com/ver_noticiaA.asp?descrIdioma=br&codNoticia=445...
Nota: contribuição, via e-mail, de Pedro Afonso.
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Comentários
O Melhor Amigo do Homem
Olá! Acho muito gratificante para os deficientes visuais o fato de cada vez mais estarem pensando em melhorar a vida do deficiente visual, pois ja ouvi muitos deficientes que possuem o cão, dizer que é muito melhor andar de cão guia do que de bengala.
Acho muito legal a compania de um cão, pois eles nos incina muitas coisas que antes não sabíamos
"Certo dia me perguntaram porque que eu amava tanto os animais e eu disse a eles.
Porque com eles aprendi a amar."
(Anônimo)
Sidarta
Companheiro
Além de o cão-guia ser um fiel companheiro, ele nos transmite muita segurança, tomara que o Brasil venha a ficar bem estruturado para que todo deficiente visual possa ter um amigo sem ter que ficar comprando brigas a todo local público que necessitar ter acesso.