O dispositivo é acoplado nos sapatos e emite sons para buracos, obstáculos e escadas
As pessoas com deficiência visual terão um novo auxílio para melhor locomoção dentro das cidades. O aluno de Engenharia de Controle e Automação da Faculdade Boa Viagem (FBV), Davi Cavalcanti, 20 anos, desenvolveu um dispositivo que, acoplado ao calçado, alerta ao usuário sobre possíveis obstáculos no caminho. De acordo com o Instituto de Cegos Antônio Pessoa de Queiroz, só no Recife, pelo menos 19 mil pessoas com cegueira ou baixa visão poderiam ser beneficiadas.
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O aparelho, que ainda não tem nome, funciona como um sensor, colocado na frente e atrás do sapato do deficiente. Ao longo do caminho por onde o deficiente passar, ele emite sons de alerta para buracos, batentes e escadas. Cada uma dessas situações terá um som distinto para ajudar a identificar qual obstáculo o deficiente precisará passar.
O projeto chamado “Olhando com os pés” foi idealizado a partir da necessidade do aluno de engenharia em contribuir de alguma maneira com a sociedade. “Sempre quis ajudar algum grupo social, mas não sabia como. Até que vi uma garota tropeçar e me coloquei no lugar das pessoas cegas que tropeçam por não enxergarem", disse Davi, que a partir dessa ideia desenvolveu, em 10 meses, o aparelho.
O jovem inventor entende que o dispositivo deve ter custo para os interessados, porém sabe que nem todos têm condições financeiras de adquirir certos produtos. Sendo assim, Davi escolheu algumas peças que sairiam mais baratas, tornando-o mais acessíveis para todas as classes sociais. “Desenvolvi em uma placa de aduirno, que é significantemente mais barata. Desse jeito, acho que o dispositivo poderia ser comprado por todos os grupos sociais, principalmente as pessoas que não tem outro meio de locomoção que não seja andar” afirmou Davi.
O estudante foi, recentemente, convidado a se apresentar na DeVry College of New York, onde mostrou, na última quarta-feira, o protótipo para o diretor da instituição, pesquisadores e alunos de engenharia. Em uma nota nas redes sociais a Universidade norte-americana agradeceu a presença do estudante e colocou sua invenção como inovadora.
Além disso, Davi participou da World Marker Faire que aconteceu no New York Hall of Science, no bairro de Queens, Nova Iorque, nos dias 26 e 27 de setembro. Ele teve a oportunidade mostrar sua inovação para mais de 80 mil pessoas, entre pesquisadores e emprsários do ramo de tecnologia. A expectativa é que algum patrocinador se interesse pelo projeto e decida colocá-lo no mercado para ajudar os que tem necessidade.
Fonte:
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/geral/noticia/2015/09/30/r...
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Comentários
Comentário sobre a notícia
Também deveríamos ter esse dispositivo em Portugal!