Hoje no Dia Nacional do Deficiente, a diretora-administrativa do Ismac (Instituto Sul-Matogrossense para Cegos Florivaldo Vargas), Telma Nantes de Matos, acredita que, embora o País e o Mato Grosso do Sul tenham vivido avanços na construção de políticas que garantam acessibilidade para os portadores de deficiência, ainda há um longo caminho a percorrer.
Não há dúvida que melhoramos muito, que temos leis que são um avanço em relação ao que tínhamos antes, mas é importante que essa legislação seja executada, que tenha força para sair do papel, disse Telma ao Campo Grande News.
Um dos exemplos é o decreto 5.296, de 2004, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Nele, há uma ampliação significativa do conceito de acessibilidade.
Acessibilidade abrange a parte física, o acesso das pessoas aos espaços públicos, ao transporte, mas vai para além disso. Acessibilidade deve ser entendido também como o direito da pessoa portadora de deficiência também à escola, ao ensino superior, à tecnologia, ao mercado de trabalho, explica.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), pelo menos 2% da população convivem com alguma limitação física. Só em Mato Grosso do Sul estima-se que haja uma população de 190 mil deficientes visuais isso supera a população de Dourados, segunda maior cidade do Estado. Esse número do IBGE é assustador porque não há políticas públicas capazes de alcançar toda essa gente.
A questão do acesso dessas pessoas ao mercado de trabalho, acredita Telma, é um dos grandes desafios. Ela defende as cotas no serviço público. Acho que é uma medida que ajuda a incluir a pessoa com deficiência e não tira mérito do conhecimento, já que para ser beneficiado pela cota em um concurso, por exemplo, o candidato precisaria também atingir a nota mínima, afirma.
Fonte: http://www.campogrande.news.com.br/geral/view.htm?id=353974&ca_id=9
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