Em média 10% da população mundial é constituída por pessoas com algum tipo de deficiência. Em nosso país, milhões de brasileiros compõem um contingente de excluídos.
As pesquisas realizadas chamam a atenção para a parcela da sociedade formada por pessoas com necessidades especiais, o equivalente a 24,6 milhões de pessoas, 14% da população (Censo 2000).
De acordo com IBGE, constata-se que desse universo, mais de 170.000 são pessoas cegas, 2 milhões apresentam deficiências graves de visão e 14 milhões acusam problemas visuais.
A Internet vem despontando como um importante recurso para os diferentes setores da sociedade, uma vez que, as limitações de tempo e espaço são facilmente contornadas pelos diferentes meios de comunicação e por possibilitar a troca de informações em tempo real.
Dado o potencial da Internet e os benefícios de sua utilização é necessário que as pessoas com necessidades especiais sejam incluídas e, para tanto, as barreiras que ainda existem devem ser superadas. É preciso, de uma maneira geral, que os estabelecimentos de ensino revejam suas práticas e desenvolvam novas competências condizentes com as reais necessidades de seu público-alvo.
A partir desse contexto, o Instituto Benjamin Constant do Rio de Janeiro, sentiu-se desafiado a criar um Laboratório de Educação a Distância (IBC-LED) que tem como objetivo: contribuir para diminuir as desigualdades sociais no Brasil, ser um modelo de excelência e uma referencia em EAD na área de deficiência visual.
No intuito de fortalecer a pesquisa e o desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação TICs - associadas à utilização da internet, o IBC-LED vem estabelecendo parcerias com órgãos públicos e privados e expandindo significativamente a sua atuação nacional e internacional.
Imbuído de visão inovadora e empreendedora, o Instituto Benjamin Constant, vem trabalhando em conjunto com a empresa EduWeb para integrar a plataforma de e-learning, AulaNet, a realidade do seu laboratório. O AulaNet é o software nacional de Educação a Distância mais antigo (primeira versão 1996) e pertence a categoria globalmente denominada de LMS - Learning Management System.
O sistema foi desenvolvido inicialmente na PUC-Rio e hoje encontra-se disponível em vários idiomas, com mais de 10.000 cópias distribuídas no Brasil e em vários outros países da América Latina, Europa, África e Estados Unidos. O projeto conta com o apoio financeiro da FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro, para a adequação da solução e demais customizações funcionais necessárias.
O IBC oferecerá a sociedade, através desta iniciativa, um espaço para o desenvolvimento de projetos utilizando tecnologias avançadas em um ambiente virtual de aprendizagem.
Os Sites que atenderem às recomendações de acessibilidade podão ser apresentados, sem prejuízo de perda de informação, tanto para usuários em geral, como àqueles que estejam interagindo a partir do uso de uma tecnologia assistiva.
O site do IBC (www.ibc.gov.br) possibilitará que pessoas com os mais variados tipos de deficiência possam ter acesso a um ambiente tecnológico na internet diminuindo as barreiras de acesso ao universo digital.
Sabemos que o sistema educacional brasileiro é desigual e certamente ainda longe daquele que todos gostaríamos que fosse, mas com iniciativa de órgãos públicos e privados podemos chegar a um país com a dita educação para todos, onde pessoas, independentemente de suas diferenças possam conseguir acesso ao que lhes é de direito: uma educação de qualidade. E não resta dúvida que o projeto de Educação a Distância do Instituto Benjamin Constant tem muito a contribuir nesse sentido.
* Artigo escrito por Alex Lucena, sócio e diretor da EduWeb, baseado no trabalho de pesquisa de Fátima Melca Coordenadora do Laboratório de Educação a Distância do Instituto Benjamin Constant. Alex Lucena
Fonte: http://www.tiinside.com.br/Filtro.asp?C=262&ID=65929
Nota: contribuição, via e-mail, de Shirley.Candido.
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