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Brasil - Estudantes de arquitetura vão mapear barreiras para deficiente

por Lerparaver

Parceria com Prefeitura de Rio Preto será assinada hoje; estudo estará pronto em seis meses

O curso de fisioterapia da Unip (Universidade Paulista) assina hoje, durante a 5ª Jornada de Fisioterapia, parceria com a Prefeitura de Rio Preto para começar em 2007 um mapeamento de todas dificuldades de acesso e locomoção dos portadores de deficiência.

A previsão é de que o levantamento esteja pronto em seis meses.

“Nossos alunos, principalmente os do último ano, sabem como identificar essas dificuldades”, explica o coordenador do curso de fisioterapia da Unip, Marcelo Adriano Barboza.

“Atendemos, em média, 20 portadores de deficiência por dia na clínica da universidade e recebemos várias queixas sobre barreiras espalhadas pela cidade”, diz o aluno do último ano de fisioterapia, Egberto Luiz Felício Júnior.

A inspiração para o projeto, segundo Barboza, também veio da cidade de Curitiba, que recebeu um prêmio pela ausência de barreiras arquitetônicas. “Lá não só as ruas, mas os próprios ônibus são adequados. Por isso fiz uma proposta ao prefeito para criar essa parceria”, afirma ele.

O secretário municipal de Saúde, Arnaldo Almendros, afirma que o município tem grande interesse na idéia.

“Apesar de não termos uma previsão orçamentária, a idéia é bastante oportuna e, no que depender da secretaria, a parceria sai do papel.”

Obstáculos são desafio

Andar em Rio Preto, para um portador de deficiência física, pode ser um verdadeiro transtorno.

“A cidade tem uma série de rampas inadequadas, degraus em excesso e barreiras em vários prédios, inclusive públicos”, diz a conselheira do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa Portadora de Deficiência, Márcia Paes Gori.

As barreiras, muitas vezes, estão em locais que deveriam ser obrigados a oferecer toda a estrutura para o portador de deficiência física.

“Existem locais que comercializam cadeiras de roda e, por incrível que pareça, não oferecem rampas de acesso ao portador de deficiência”, afirma Barboza.

Terminal tem adaptações

Em 2005, representantes da OAB, da Câmara de Vereadores e do Conselho Municipal de Assuntos da Pessoa Portadora de Deficiência fizeram uma avaliação do transporte urbano.

“Detectamos dificuldades para portadores de deficiência física e visual”, afirma a conselheira do Conselho Estadual para Assuntos da Pessoa Portadora de Deficiência, Márcia Paes Gori.

O secretário de Trânsito Rui Giorgi informou que várias mudanças já foram feitas na parte de baixo do terminal urbano. “Banheiros e bebedouros receberam adaptações. Foram instalados piso tátil para deficientes visuais e lombadas em nível para deficientes físicos.”

Fonte: http://www.bomdiariopreto.com.br/index.asp?jbd=1&id=53&mat=52569

Comentários

Olá Pessoal! Eu gostaria de espressar em palavras a alegria que eu sinto de poder estar lendo um documento que diz coisas tão boas a respeito de nosso futuro. Eu espero em um futuro próximo poder andar nas principais cidades de nosso Brasil, com liberdade, Sem se preocupar com o poste que eu possa bater a cabeça, sem me preocupar com irregularidades nas calçadas, etc...
O que eu como deficiente visual almejo, e acredito que todos, é o fato de cada vez mais nós sermos independentes, podendo fazer coisas que anteriormente precisávamos ter uma pessoa para nos auxiliar. Acredito que isto virá apenas se nós mostrarmos que existimos para a população e fazer com que as coisas mudem.
Espero que continue assim para que em um futuro próximo nós podemos desfrutar de uma independência sem limites.

Sidarta

Espero que não seja como em Portugal.... de vez em quando fazem quase um feriado e uma grande festa para inaugurar qualquer coisita para os deficientes e depois fica tudo ao abandono.

Portugal... apesar de ter EXCELENTES leis de defesa e pigualdade para todos.., NÃO CUMPRE . Fico mesmo possesso quando vejo tudo o que vai à minha volta de iniquidade CONTRA o deficiente. Este, na prática, poucos direitos tem! E os que estão na lei, raramente são cumpridos. Veja-se o estacionamento nos passeios e as estações de metro que só algumas têm acesso a cadeiras de rodas. Mais de metade do caminho fica sem poder ser feito porque alguém esqueceu que era preciso um elevador, ou rampa. E os degraus.. bem nem vale a pena falar nisso. Parecem todos que foram feitos para perna de avestruz...!!!