O AQUI [espectáculo de dança] uma criação CiM - Companhia de Dança
TEATRO MUNICIPAL BALTAZAR DIAS, FUNCHAL
7 DEZ’18 SEXTA ÀS 21H
M/6
NOTA ARTÍSTICA
|este tempo do mundo…este tempo de nós…|
ANA RITA BARATA & PEDRO SENA NUNES
O AQUI é, indiscutivelmente, uma peça de uma vida. Ainda que surjam outros projectos, outros espectáculos e pontos de vista, esta será a peça que nos despertou para um compromisso exigente de cruzamento entre linguagens − e que nos remeteu para territórios particulares dos corpos, rostos, memórias, distâncias, sombras, diferenças e aproximações entre dois mundos, um do tempo e outro do espaço, que se fundem apenas num só.
O AQUI reúne uma equipa transdisciplinar e evoca o tempo como tema principal. O meu tempo e o tempo do ‘Outro’, numa procura constante por significados, associada às coisas comuns que nos rodeiam. Paralelamente à ideia de tempo, surgiu-nos uma base narrativa centrada na ideia do medo, medos primários que nos acompanham ao longo da vida e respectivas interpretações.
O AQUI parte do desafio que existem muitos labirintos entrepostos na nossa vida. Procuramos o lugar e o dispositivo que permitam trabalhar várias dimensões da realidade, numa descoberta constante que transcenda o processo de criação. O espaço cénico permanece como um imenso despojamento visual, que esperamos possa servir de base à criatividade de cada um. Queremos que público e intérpretes acolham uma transformação depois de terem assistido ou participado neste nosso Aqui.
O AQUI deve ser uma descoberta constante. Procuramos, nas transformações, o princípio e a forma para que cada um construa a sua própria história. Uma criação pura e extrema, repleta de tensões e movimentos antagónicos que possa gerar uma visão onde o ponto de fuga se situe para além do observador.
O AQUI procura um humanismo absoluto que situe as questões numa narrativa envolvente e fragmentada, reflicta uma intimidade e envolva a viagem da própria peça, potenciando o acesso ao vazio e ao espaço que se conquista com a velocidade e a perda de referências.
Aqui celebram-se os instintos e os sentidos numa vertigem doce e por vezes cruel que transforma o palco numa arena de olhares.
O AQUI procura curto-circuitar modulações e encenações que a sociedade produz em torno das (d)eficiências, abrindo caminho a superfícies luminosas em que o tempo leva ao infinito a relação entre a espontaneidade da realidade e a construção de uma nova. O AQUI é uma peça de encontros que antecipa o nosso olhar, num ritual intemporal.
Dez anos decorridos de uma primeira iteração deste conceito, com alguns bailarinos a revisitar este tempo d’O AQUI e outros a juntar-se ao desafio, podemos mesmo afirmar que O AQUI é um espectáculo de uma década.
O tempo que passou pode até ser relativizado e construído numericamente, mas existe uma carga emocional de quem viu crescer um corpo colectivo feito de cumplicidades, obstáculos ultrapassados, limites superados, surpresas gloriosas e uma celebração humanista continuada.
(S)CiM, é essa a palavra que vale a pena soletrar com S e com C, pois abraça vários conceitos, gestos e energias. Seguramente a afirmação SIM estamos AQUI, e estamos com a Companhia CiM que atravessou dez anos, contados por muitas pessoas com quem trabalhámos e a quem devemos um profundo agradecimento.
SINOPSE
O AQUI é um espectáculo de dança cujo tema é o tempo. O tempo cronológico e o tempo interior, explorados através do cruzamento de linguagens, tecendo uma peça em que os sentidos e as emoções nos conduzem a um reequilíbrio constante.
Em palco, é criado um espaço de desafio, uma arena de olhares e de questionamento, que induz à reavaliação de quem sou Eu e de quem é o Outro.
O AQUI pretende ser um lugar de paragem nas modelações e encenações que a sociedade produz, numa procura constante do humanismo absoluto. Um espectáculo com uma narrativa por vezes fluida, por vezes fragmentada, onde se encontram mundos com diferentes circunstâncias de ser e de estar, onde confluem o risco e o afecto, o arrojo e a generosidade e se conquista um espaço de igualdade.
FICHA ARTÍSTICA
Uma criação CiM – Companhia de Dança
Direção artística e coreografia Ana Rita Barata
Direção artística e realização Pedro Sena Nunes
Dramaturgia e voz Natália Luíza
Interpretação Bruno Rodrigues, Cecília Hudec, Diana Bastos Niepce, Diletta Bindi, Joana Gomes, Jorge Granadas, José Marques, Maria Figueiredo, Rui Peixoto
Música João Gil
Música gravada & interpretada Artur Costa (saxofone, sintetizadores e programações), Daniela de Brito (violoncelo), João Gil (viola e cavaquinho)
Gravação de voz Nuno Costa
Estúdio de gravação de voz Timbuktu
Cenografia Wilson Galvão
Figurinos e adereços Marta Carreiras
Desenhos e pinturas João Ribeiro
Imagens subaquáticas Nuno Madeira
Edição de vídeo Vo’Arte João Dias
Direcção técnica Nuno Figueira
Direcção executiva CiM António Barata
Coordenação executiva CiM Célia Carmona
Apoio técnico CiM António Paiva
Produção e difusão CiM Patrícia Soares
Direcção de produção e comunicação Vo’Arte Rita Piteira
Produção Vo’Arte Gabriel Lapas
Assistente de Produção e Comunicação Beatriz Reis
Design de comunicação Vo’Arte Petar Toskovic
Pós-Produção Vo’Arte Maria Inês Paz
Co-produção Vo’Arte, São Luiz Teatro Municipal e Teatro Nacional São João
Agradecimentos António Cabrita, Cristina Piedade, Pedro Ramos, Carolina Ramos, Catarina Gonçalves, Fábio Martins, Ângela Arroja, Maria João Pereira, Vasco Pinhol
Parceiros Associação Cultural CiM, Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa, Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian – SCML
+ info https://www.facebook.com/events/1202152853274426/
Horário: Segunda a Domingo: 9h às 17h30m
Em dias de espetáculo: 9h às 21h00m
Telf: 291 220 416
DETALHES DO EVENTO
07 Dez. 2018 21:00 – 22:30
Localização: Teatro Municipal Baltazar Dias, Avenida Arriaga , Funchal, Portugal
Fonte:
https://www.acontecemadeira.pt/eventos/410-o-aqui-espectaculo-de-danca-7...
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