A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) está apostada em ser um "veículo promotor de boas práticas" na área da sensibilização para os problemas da deficiência no país, afirmou em Viseu o presidente daquela entidade.
Fernando Ruas, que se reuniu, ontem, na cidade em que preside também à autarquia, com os quatro únicos provedores do Cidadão com Deficiência no conjunto dos municípios portugueses, deixou ainda um recado ao Governo que diz não estar "assim tão preocupado com os problemas das pessoas com deficiência".
O autarca e presidente da ANMP explicou ainda que, no seu entender, as questões da deficiência em Portugal têm sido "marginais às questões do desenvolvimento" e, por isso mesmo, assumiu que a associação vai ter, "e já tem", um papel facilitador na sensibilização dos municípios para esta matéria.
Um dos objectivos traçados na reunião dos quatro provedores do Cidadão com Deficiência de todos os municípios portugueses - Viseu, Lousã, Porto (Área Metropolitana) e Marco de Canavezes - é trazer mais membros para este grupo ainda restrito, segundo explicou o representante de Viseu, Joaquim Escada.
Para os provedores, que concordam com a ideia de que é mais fácil derrubar barreiras arquitectónicas do que as barreiras das mentalidades, esta ideia De inclusão, como foi traçado no roteiro recente do presidente da República a ela dedicado, é um espaço que "deve e vai crescer" porque é do bem comum que se trata e não de um grupo específico.
Ernesto Carvalhinho, provedor da Lousã, deixou isso claro ao defender que se, por exemplo, um hotel, em vez de construir um ou dois quartos para deficientes, avançar logo de raiz para a construção de quartos acessíveis para todos, "todos ganham, mesmo as pessoas que transportam malas pesadas".
Fonte: Jornal de Notícias.
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