EyeRing reconhece distâncias, cores e preços
Uma equipa de investigadores norte-americanos, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), desenvolveu uma mini-câmara com voz integrada e de fácil
transporte, aliás é um anel e poderá substituir a bengala branca dos invisuais.
O dispositivo, chamado de
EyeRing,
é intuitivo, segundo dizem os cientistas Suranga Nanayakkara e Roy Shilkrot. Para usá-lo basta coloca-lo no dedo, apontar para um objecto e carregar
num botão. Assim, a câmara do EyeRing tira uma fotografia e, em segundos, redige uma mensagem áudio com pormenores como a distância a que fica o objecto.
As capacidades desta nova tecnologia não ficam por aqui, já que se o utilizador pronunciar as palavras cor ou dinheiro, o anel por reconhecer a cor
e dizer o preço de um objecto ou mesmo identificar de quanto é uma nota.
Portanto, se apontarmos para uma camisa numa montra e clicarmos duas vezes num pequeno botão na lateral e determinarmos a função desejada (identificar
moedas, textos, preços em etiquetas e cores), a imagem é enviada via Bluetooth para o telemóvel, onde uma aplicação usa algoritmos de visão computacional
para processar a foto e anunciar em voz alta o que ele está a ver (verde, 20 euros, etc.). Para tal, basta apontar, falar, carregar no botão e ter um smatphone
no bolso.
O EyeRing é revestido de plástico, inclui uma minúscula câmara, um processador e ligação Bluetooth. A melhor parte é que nem sequer é necessário tirar
o telefone do bolso e desbloquear o teclado.
Os engenheiros pretendem ainda melhorar o protótipo antes de comercializá-lo. O objectivo é reduzir o tamanho do anel, para que seja mais confortável usá-lo
durante um período mais longo, acrescentar-lhe algumas funções, especialmente uma câmara em tempo real.
Os investigadores consideram que poderá ser um objecto com várias funcionalidades e mesmo ser usado como guia turístico interactivo.
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Comentários
Descoberta sensacional, se for posta à venda, e o mais abrangent
Será que é desta, que os cegos obterão a sua mobilidade com independência? Que bom seria!!... Mas de qualquer forma quero aqui expressar o meu sincero agradecimento a todos os cientistas que se preocupam com esta temática. Tenho esperança que um dia o conseguirão, não só na mobilidade, mas também em todas as outras áreas em que os cegos estão limitados em relação aos normovisuais, pois nesta época das tecnologias, dou comigo a pensar como é possível que ainda lá não se tenha chegado, apesar de alguns avanços.
Muitos parabéns e muita força para irem em frente com esse objecto que me parece excelente, e oxalá que o possam complementar e comercializar o mais breve possível, para que um cego com esse aparelho e um smatphone possa fazer a sua vida na rua independente. Para mim seria a maior descoberta depois do braille.