Sentir o cheiro e descobrir as diversas plantas aromáticas e medicinais através do toque foi a proposta do Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos para assinalar o Dia Mundial da Bengala Branca.
Alfazema, erva-príncipe, alecrim, caril, tomilho, absinto, cidreira, hipericão e coentros, foram algumas das ervas estudadas pelos cerca de 20 utentes da Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga (AADVDB), com sede na Póvoa de Lanhoso, a quem se dirigiu a actividade.
A oficina dos sentidos teve como principal objectivo dar a conhecer aos invisuais as diferenças entre as várias plantas
existentes na bordadura do centro. Para isso, tentamos ao máximo que os invisuais utilizassem todos os sentidos nesta actividade, dando-lhes a conhecer as propriedades de cada uma das plantas, que são muito mais do que os próprios cheiros, toque e paladar, disse aos jornalistas Melissa Costa, responsável pelo centro.
A jornada, que se insere no programa anual de actividades do Centro do Carvalho de Cal-vos, culminou, à tarde, com a criação de saquinhos de cheiro, onde foram servidas infusões de ervas para que os invisuais pudessem sentir o paladar das plantas que tocaram e sentiram durante a visita ao centro de interpretação.
A iniciativa teve um impacto muito positivo, não só para os participantes como para os próprios técnicos, acrescentou a responsável, afirmando que de agora em diante vamos olhar para as plantas de outra forma porque apercebemo-nos de pormenores que eles (cegos) nos deram a conhecer, através da sua própria experiência.
Em resultado das muitas perguntas levantadas pelos invisuais chegou-se à conclusão de que andamos muitas vezes à procura de medicamentos nas farmácias quando podemos ter a solução à porta de casa.
É objectivo do centro fazer chegar a oficina dos sentidos aos restantes utentes da associação de deficientes visuais.
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