Hoje, tendo em conta que este 12º capítulo do nosso livrinho se trata de mais um daqueles pequenos excertos do texto que pouco ou quase nada vem acrescentar a esta história como já tem acontecido de tantas outras vezes, eis que decidi partilhá-lo a ele em primeiro lugar e já a seguir, o 13º no qual suponho que Wes talvez se encontre com o seu amigo O'shea num restaurante para o qual me parece que este último se deve estar a dirigir no final do capítulo 12 como poderão constatar já a seguir.
12
“Onde ele está agora?" perguntou O'Shea, pressionando a palma da mão contra a janela do sedan preto e sentindo o calor do sol da Flórida. Na França estava gelado. Mas, por alguma razão, mesmo com o calor de Palm Beach e o céu azul, ele não se sentia aquecido.
"Ele só tomou o elevador para subir no hotel", replicou Micah. "Elevador? Você o deixou subir sozinho?"
"É melhor do que eu subir com ele. Relaxe — há apenas quatro andares. Ele não está indo muito longe."
O'Shea passou a língua pelo interior das bochechas. "Então, o que você ainda está fazendo no saguão?"
"Esperando por um dos..."
Pelo telefone, O'Shea ouviu um leve silvo seguido por um ruído baixo. O elevador de Micah tinha finalmente chegado. "Eu vou descobri-lo em..."
A voz de Micah silenciou. Mas, pelo ruído de fundo, 0'Shea sabia que ele continuava na linha.
"Micah, o que aconteceu?" perguntou.
Sem resposta.
"Micah, você está bem?"
Houve um outro ruído baixo. O elevador fechando as portas. Em seguida um assobio áspero. Como o barulho de dois blusões de couro esfregados um contra o outro. Micah estava se movimentando. O assobio continuava. Naquele ritmo, ele nitidamente não estava den¬tro do elevador, pensou O'Shea. Mas, se não estava no elevador, isso significava...
"Wes acaba de sair, não é?" perguntou O'Shea, quando seu sedan deu uma virada à esquerda entrando em uma rua bem cuidada.
"Nada mal, Watson", sussurrou Micah. "Você deveria fazer isso pro¬fissionalmente."
"Há alguém com ele?"
"Não. Está sozinho", disse Micah. "Algo aconteceu lá em cima. O rapaz está com o rabo entre as pernas. Como se tivesse sido posto de lado."
"Ele está deixando o hotel?"
"Não, de novo. Dirigiu-se para o restaurante no fundo. Estou lhe dizendo, ele está com uma aparência realmente terrível... Quero dizer, ainda pior do que aquelas marcas de Frankenstein em sua cara."
"Isto é uma pena", disse O'Connor, enquanto seu carro fazia a curva na entrada para carros, em forma de ferradura, do portão principal. "Por¬que o seu dia está prestes a tornar-se muito pior." À sua direita, a porta do carro abriu-se e um manobrista de cabelos loiros levou a mão ao chapéu.
"Bem-vindo ao Four Seasons, senhor. O senhor vai se registrar co¬nosco hoje?"
"Não", respondeu O'Shea, enquanto saía do carro. "Apenas vou comer algo rapidamente no café."
- Partilhe no Facebook
- no Twitter
- 972 leituras