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Lua Azul - blog de lua azul

Viajando pelo mundo dos livros... "O Livro do Destino" de Brad Meltzer - Capítulo 22

por lua azul

Hum, de acordo com as informações que este 22º capítulo do "Livro do Destino" nos vem revelar, está-me cá a parecer que a jornalista Lisbeth vai demonstrar a sua verdadeira veia jornalística não tarda mesmo nada publicando tudo aquilo que Wes e Dreidel não querem de forma alguma que seja divulgado nos jornais! Fica então o capítulo propriamente dito para que percebam então do que é que estou a falar.

22

“Você sabe que nunca pedi nada, Lisbeth, mas se puder não publicar apenas essa notícia..."
Enquanto ouvia as palavras de Wes, Lisbeth sentou-se em sua cadeira e começou a virar o cordão do telefone, do jeito de pular corda. Da pausa forçada do outro lado da linha, Wes parecia estar pronto para negociar. "Fico lhe devendo uma", ele ofereceu, bem na deixa. Lisbeth parou de girar o cordão do telefone. Regra Sagrada Número 4: Só o culpa¬do negocia. Regra Sagrada Número 5: e os oportunistas.
"Dê-me dez minutos face a face com Manning na noite da festa sur¬presa", disse ela, sabendo que, como qualquer bom assessor, ele cortaria o tempo pela metade.
"Cinco minutos é o máximo que ele irá conceder."
"Fechado", ela disse, enquanto começava a consultar a grossa pilha de convites no canto de sua escrivaninha. Concerto de abertura na ópera. O bazar anual de artesanato no Sailfish Club. Festa para dar nome a um bebê no Wheadons. Ele deve estar aqui em algum lugar...
"Então, o meu café-da-manhã com Dreidel...?", perguntou Wes.
Ainda consultando sua pilha, Lisbeth mal estava prestando atenção. "Café-da-manhã? Ora, Wes — por que alguém se interessaria pelo que dois antigos assessores comem no seu café matinal? Considere o assunto oficialmente morto."
A festa surpresa de Manning — e seus prometidos cinco minutos —, ela ainda teria pelo menos um mês. Mas isto não significava que teria de ficar afastada até lá. Especialmente quando havia tantos outros meios para se aproximar. Batendo o telefone, Lisbeth não tirava os olhos da pilha. Recepção para a Sociedade de Leucemia, Sociedade Histórica, Sociedade Knesset, Sociedade Palm Beach, Sociedade Renascença, Sociedade Aléxis Tocqueville... e ainda... ali...
Lisbeth puxou o cartão retangular do meio da pilha. Como qual¬quer outro convite, o desenho era suave, a impressão meticulosa, e o en¬velope estava endereçado em seu nome. Mas este, com o colorido creme, a caligrafia esmerada, tinha algo a mais: Uma noite com o presidente Leland F. Manning. Benefiting 65 Roses — Fundação de Fibrose Cística. Esta noite.
Ela não se ocupou com o falso acordo de Wes e Dreidel. Ou o absur¬do sobre a festa surpresa de Manning. Mas, uma vez que Wes lhe pedira para não publicar nada... Regra Sagrada Número 6: Havia apenas dois tipos de pessoas em uma coluna de mexericos — aqueles que queriam estar ali, e aqueles que não queriam. Wes apenas se colocara no lado da¬queles que não queriam. E, sem dúvida, os não eram sempre muito mais interessantes.
Pegando o telefone, Lisbeth discou o número que havia no convite.
"Aqui é Claire Tanz", respondeu uma mulher mais velha.
"Olá, Claire, aqui é Lisbeth Dodson do Debaixo do Pano. Espero que não seja muito tarde para responder ao convite..."
"Para hoje? Não, não... oh, nós lemos sua coluna todos os dias", dis¬se a mulher, um pouco excitada demais. "Oooh, e eu posso telefonar para a equipe do presidente e avisá-los de que você estará aqui..."
"Não é preciso", disse Lisbeth tranqüilamente. "Eu acabo de falar com eles. Já estão vibrando por eu estar indo."