Finalmente consigo perceber o porquê de ser tão importante que Wes utilizásse o alfinete de lapela de que já por aqui tinha falado algures em qualquer outra publicação e que normalmente os assistentes do presidente Maning eram obrigados a usar de cada vez que se atrasavam a uma Segunda-feira de manhã! Ao que parece, este alfinete de lapela está equipado com um pequeno microfone em qualquer parte com a finalidade de obter da boca de Wes algumas informações que tudo me leva a crer ue se devem relacionar com Boile pelo menos em consonância com aquilo que li no 18º capítulo deste livro que em seguida deixarei por aqui publicado, agora esta nova personagem de que por aqui se fala e parece chamar-se Romano... Acho que teria que retornar algumas páginazinhas atrás nesta minha leitura para tentar perceber de quem é que se trata até porque me recordo de já ter lido qualquer coisa a seu respeito algures noutros capítulos, mas não sei muito bem o que é que terá sido e que tipo de interesses é que poderá ter nesta descoberta que Wes fez ao aperceber-se de que Boile afinal de contas estava vivo.
18
Washinton, D. C.
“Sabe que eles mentiram para você. Você continua a acobertá-los e vai acabar sendo apenas alguém que precisará de um advogado."
"Agora é a sua vez, senhor"
"Obrigado", disse a voz de Wes, vindo de um pequeno alto-falante na extremidade do pequeno classificador de metal. "Espere... vou voltar com você."
Ajustando o volume, O Romano virou o botão ligeiramente, suas mãos fortes e grossas eram quase demasiado grandes para esse traba¬lho. Quando era pequeno, ele só conseguia usar as luvas de seu pai. Mas, depois de anos atando iscas em anzóis de pesca, ele dominou a arte do toque leve.
"Tenha um ótimo dia, senhor Holloway", uma voz aguda apareceu no alto-falante.
Obter um microfone bastante pequeno era coisa fácil. Assim como conseguir um transmissor que funcionasse com sinal de satélite de modo que ele pudesse transmitir pelo rádio por todo o país. Proteger o presi¬dente era a especialidade do Serviço Secreto, mas, com jurisdição sobre crimes financeiros e de falsificação, a sua Divisão de Inteligência tinha uma das operações de vigilância mais formidáveis do mundo. De fato, a única coisa difícil era descobrir um lugar para esconder o microfone. E alguém para colocá-lo no local adequado.
O telefone tocou no canto de sua escrivaninha e O Romano ve¬rificou a identidade de quem estava chamando. As letras digitais pretas indicavam Escritório de Leland Manning. O Romano sorriu para si mes¬mo, afastando o seu cabelo preto do rosto pálido. Se apenas o tom baixo profundo fosse também tão previsível.
"Algum problema?", perguntou O Romano quando atendeu.
"Nenhum. Eu fiz o que precisava logo cedo nesta manhã. Coloquei-o no alfinete de gravata, como você sugeriu."
"Foi o que concluí ao ouvir as duas últimas horas de conversa dele."
Abaixando-se, O Romano abriu a gaveta do fundo do classificador de arquivos e os seus dedos os percorreram até o último arquivo que estava no fundo. O único sem nome.
"Wes já disse algo interessante?" Perguntou seu interlocutor. "Ele está chegando lá", respondeu O Romano, abrindo o arquivo sua escrivaninha e revelando uma pequena pilha de fotos em preto-branco.
"E você? Se sua investigação é tão vital... achei que fosse aparecer por aqui."
"Vou estar aí", replicou O Romano, enquanto olhava para as fotos, lá meio descoradas pelos anos, todas elas eram daquele dia na pista de corrida. Uma de Nico com o Serviço segurando-o no chão, uma do presi¬dente sendo empurrado para dentro da limusine, e uma, é claro, de Boyle batendo palmas momentos antes de receber o tiro. O sorriso no rosto de Boyle parecia indestrutível... as bochechas paralisadas, os dentes brilhando. O Romano não conseguia desviar o olhar. "Só preciso cuidar de uma coisa antes disso."
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