E afinal parece que O'shea sempre ia ter com Wes ao restaurante tal como eu sempre tinha suposto logo desde o final do 12º capítulo deste nosso livrinho! Não é no entanto no 13º que ambos se encontram como já pudemos constatar através do último post que por aqui vos deixei no passado Sábado, mas será no fim do 14º, depois de o protagonista desta história já ter estado a debater um pouco com o seu amigo Dreidel acerca de várias suposições que hoje pretendo partilhar convosco e estão directamente relacionadas com o facto de Boile ter simulado a sua própria morte no dia do atentado contra o presidente Maning. O Verdadeiro porquê de ter tomado tal decisão no entanto ainda não será explorado aqui neste capítulo e muito provavelmente teremos que esperar que a história termine para o podermos conhecer, mas por enquanto é como algo propositado que Wes e Dreidel encaram o atentado, chegando mesmo a considerar a determinado ponto deste pequeno excertozinho do texto que foi o próprio Boile quem contratou Nico para atirar sobre ele enquanto fingia que quem queria atingir com aquele tiro era o presidente. Se foi mesmo isto que aconteceu ou não, também ainda não sei, deixo no entanto mais este capítulozinho do "Livro do Destino" para que possam constatar como tudo isto parecia estar bem planejado por Boile logo desde o início, ou caso contrário, não haveria no local do atentado uma ambulância de socorro carregada com vários depósitos do seu tipo de sangue e ele muito provavelmente teria logo falecido se não estivesse protegido por algum colete no momento em que Nico dispara sobre o seu coração.
14
Sento-me ereto na poltrona. "Você realmente encontrou algo?"
"Não, chamei-o aqui para matar o seu tempo." Depois de um grande gole de café, Dreidel se torna um homem diferente. Como todos na Casa Branca, ele sempre se sente melhor quando está no controle. "Vamos voltar ao início... o início real... No dia em que vocês dois levaram tiros na pista de corridas, lembra de como demorou para ser levado ao hospital?"
Uma pergunta simples, mas não lhe respondo.
"Adivinhe", diz ele.
Eu ranjo os dentes, surpreso ao constatar como a memória disso me fere. Posso ainda ver as portas da ambulância fechando-se atrás de Boyle...
"Wes, eu sei que você não quer reviver isso, eu só preciso..."
"Eu desmaiei", falo sem pensar. "Do que me contaram, a ambulân¬cia levou uns quatro minutos..."
"Foram três minutos."
"Bem rápido."
"Na verdade, muito lento, considerando que o Centro Médico de Halifax dista apenas cerca de mil e duzentos metros da pista. Agora adi¬vinhe quanto tempo levou para transportar Boyle, que era — sem querer ofender — muito mais importante do que você para a administração, para não mencionar que estava muito mais ferido?"
Sacudo a cabeça, recusando-me a continuar com o jogo.
"Doze minutos", deixa escapar Dreidel.
Ficamos em silêncio enquanto eu absorvo isso.
"E então?" pergunto.
"Ora, Wes. Doze minutos para uma ambulância rápida transportar um membro importante da equipe da Casa Branca, gravemente ferido, percorrendo apenas uma distância de mil e duzentos metros? Uma pessoa comum faz mais rapidamente esse percurso caminhando. Minha avó ca-minha mais depressa. E ela está morta."
"Talvez eles tivessem ficado presos nos tumultos causados pelo pânico."
"Gozado, foi isso exatamente o que eles disseram." "Eles?"
Da pasta apoiada contra o braço de sua poltrona, Dreidel tira um documento encadernado quase da metade da grossura de uma lista tele¬fônica. Ele o deixa cair sobre a mesa com um ímpeto que faz nossas colhe¬res balançar. Reconheço imediatamente o logo do Congresso. Investigação da tentativa de assassinato do presidente Leland F. Manning. A investigação oficial do Congresso sobre o ataque de Nico. Dreidel o deixa sobre a mesa, esperando para ver se eu o pego. Ele me conhece melhor do que penso.
"Você nunca o leu, não é?", pergunta.
Olho para o documento, ainda me recusando a tocá-lo. "Eu o fo¬lheei uma vez... Apenas... É como ler seu próprio obituário."
"Ou antes o obituário de Boyle. Você sobreviveu, lembra?"
Esfrego a mão contra o rosto. As pontas de meus dedos sobem e descem pelas cicatrizes. "Aonde você quer chegar?"
"Pense nos números, Wes. Dois trens deixam a estação quase exata¬mente ao mesmo tempo. Os dois correm para o hospital. É uma questão de vida ou morte. Um leva três minutos, o outro leva doze. Você não acha que há algum problema aí? E, se isso não bastasse, lembra-se do grande erro de segurança que foi abafado e por causa do qual o Congresso afas¬tou rapidamente os nossos médicos?"
"Você quer dizer o fato de ter na ambulância o tipo errado de san¬gue para o presidente?"
"Veja, isso foi o que eles sempre entenderam de maneira errada. Quando o Congresso fez sua investigação, o pessoal arrancou os cabelos porque encontraram recipientes com sangue O-negativo, ao passo que o do presidente é B-positivo. Naturalmente supuseram que alguém come¬teu um engano e trouxe o sangue errado. Mas, sabendo quem também participava do discurso naquela tarde — bem, adivinhe que outra pessoa era O-negativo?"
"Boyle?"
"E foi assim que ele conseguiu realizar seu grande truque de mágica." "Não foi um truque de mágica", insisto.
"Não, você tem razão. Mas foi uma ilusão" Movendo a mão esquer¬da para a frente e para trás diante de mim, ele acrescenta: "Você fica tão ocupado olhando o movimento desta mão, que ignora completamente a direção da mão furtiva". Com a sua mão direita, ele deixa cair um quarto de dólar sobre a mesa.
"Uma maneira de ser melodramático", sugiro.
Ele sacode a cabeça como se eu não estivesse entendendo. "Você faz idéia de com o que tropeçou? Este assunto estava mais arranjado do que um jogo de basquete do Harlem Globetrotters. Você, eu, o Congresso, todo mun¬do... fomos..." Ele inclina-se, aproximando-se e abaixando a voz. "Nós fomos enganados, Wes. Eles mentiram. Quero dizer, se foi realmente Boyle..."
"Era ele! Eu o vi!"
"Não estou dizendo que não viu. Apenas..." Ele olha ao redor, abai¬xando ainda mais a voz. "Esta não é uma das belas informações que eles reservam para o final da transmissão de rádio."
Ele está certo acerca disso. "Eu não compreendo, no entanto, por que a ambulância do presidente estava andando com o sangue de Boyle?"
"Eu sei. Esta é a questão, não é mesmo?" pergunta Dreidel. "Mas quando você isola o fato, apenas uma explicação faz sentido. Eles só car¬regam sangue..."
"... quando pensam que a vida de alguém está em perigo." Eu apa¬nho o quarto de dólar e bato na mesa. "Oh, Deus. Se eles estavam esperan¬do que isso... você acha que Boyle vestia um colete?"
"Tinha de estar usando", diz Dreidel. "Ele levou dois tiros no peito..."
"Mas todo aquele sangue..."
"... e um tiro atravessou as costas de sua mão e foi parar no pescoço. Leia o relatório, Wes. Nico era um franco-atirador treinado pelo exército, que se especializou em atirar no coração. Boyle caiu com o rosto para bai¬xo no momento que levou o tiro. Aquele tiro no pescoço... Aposto que foi dali o sangue que você viu formando poça debaixo dele."
Fecho os olhos e ouço-me oferecendo um lugar na limusine para Boyle. Há um corte de metal em minha bochecha. Os abelhões ainda gri¬tam... "Mas se ele estava usando um colete..." Olho para o oceano. As on¬das estão ensurdecedoras."... E-Eles sabiam. Eles deviam saber..."
"Wes, você quer parar..." Dreidel se interrompe e abaixa a voz. Não precisamos de ninguém ouvindo. "Eles não sabiam", sussurra ele. "Eles podiam ter sabido de uma franca ameaça à vida de Boyle. Ele podia estar usando o colete um mês antes. De fato, de acordo com o relatório, o pre¬sidente não estava usando colete naquele dia. Já tinha ouvido isto?" Ele esperou até eu concordar, apenas para ter certeza de que eu estava pres¬tando atenção. "Se eles soubessem que havia um atirador, Manning não teria ido para a corrida, e muito menos iria sem o colete."
"A menos que ele estivesse usando um e o que eles contam seja só uma parte da história", sugiro.
"Ouça, eu sei que você está envolvido nisto..."
"Envolvido nisto? Eu arruinei minha vida! Você não entende?", explodo afinal. "Aquela não foi apenas uma tarde terrível. As crianças pe¬quenas apontam para mim e se escondem atrás de suas mães! Não consi¬go mais sorrir! Você faz idéia de como é isto?"
O restaurante fica em silêncio. Todos estão olhando para nós. A família bem-vestida com duas gêmeas. O homem com cabelo cor de areia e o boné U.S. Open. Até nosso garçom, que se aproxima rapidamente, esperando acalmar os ânimos.
"Está tudo em ordem, senhor?"
"Sim... perdão... estamos bem", digo, enquanto ele torna a encher desnecessariamente nossas xícaras de café.
Quando o garçom se afasta, Dreidel me examina com atenção, dando-me um tempo. Foi como ele me ensinou a lidar com o presidente quando este perdia a calma. Abaixe a cabeça e deixe o fogo se consumir.
"Estou bem", digo.
"Eu sabia que você ficaria", diz ele. "Apenas lembre, estou aqui para ajudar."
Respiro profundamente e enterro meus sentimentos. "Então, su¬pondo que havia uma ameaça pairando sobre a vida de Boyle naquela ocasião, por que não levá-lo simplesmente para o hospital?"
"É este o espinho que não consigo engolir. Eles pegaram Nico... Boyle estava ferido, mas obviamente vivo... Por que fingir que estava mor¬to e se afastar de sua vida e de toda sua família? Quem sabe estivessem conversando sobre isso durante aqueles doze minutos na ambulância. Foi, talvez, quando Boyle decidiu se esconder."
Sacudo a cabeça. "Em doze minutos? Não se pode simplesmente descartar a vida toda em doze minutos — sobretudo quando se está san¬grando pelo pescoço. Eles devem ter feito planos antes disso."
"Eles?" perguntou Dreidel.
"Ora, isso não é o mesmo que se esconder de seu irmão em uma fortaleza feita de travesseiros. Para realizar uma coisa difícil como essa, é necessário o Serviço, mais o motorista da ambulância, mais o médico que cuida do seu pescoço." Faço uma pausa, por um momento, para aclarar as idéias. "Mais alguém que autorize tudo."
Dreidel abaixa o queixo, olhando para mim por cima de seus óculos redondos. Ele sabe aonde quero chegar. "Você realmente acha que ele...? Você acha que ele fez isso?"
Essa é a pergunta que venho debatendo comigo mesmo desde o instante em que vi o nome falso de Boyle no hotel. Ele não usaria aquele nome falso para se esconder. Usaria para que alguém pudesse encontrá-lo. "Eu apenas... não vejo como o presidente poderia não saber. Pensando de novo naquela época, Manning não podia urinar numa moita antes que alguém a examinasse primeiro. Se Boyle estava vestindo um colete — que obviamente deveria estar vestindo —, devia haver uma ameaça digna de crédito. E se havia uma ameaça digna de crédito... havia sangue especial na ambulância... e condições no local para assegurar a salvação de Boyle... Manning deve ter aprovado isto."
"A menos que Albright tenha aprovado por ele", calcula Dreidel, re¬ferindo-se ao nosso antigo chefe de Estado-Maior e a única outra pessoa que estava conosco na limusine naquele dia na pista de corrida.
É uma consideração razoável, mas ela não nos aproxima de uma resposta. Albright morreu de câncer três anos atrás. "Agora você está res¬ponsabilizando um cadáver por tudo?"
"Isso não torna as coisas menos razoáveis", desafia Dreidel. "Albright costumava aprovar os detalhes de segurança o tempo todo."
"Não sei", digo, sacudindo a cabeça. "Manning e Boyle se conhe¬ciam desde o tempo de colégio. Se Boyle estava planejando desaparecer, esta é uma danada de uma travessura para envolver um amigo, ainda mais tratando-se do presidente dos Estados Unidos."
"Você está brincando? Boyle se afastou de sua família, sua mulher... até de sua filha. Olhe para o quadro todo, Wes: Nico, o louco, dá um tiro visando acertar o presidente. No entanto, acaba atingindo Boyle no peito. Mas, em vez de ir ao hospital para ser tratado, Boyle escolhe aquele exato momento para falsificar sua própria morte e desaparecer da face da Terra. Para fazer algo assim, deve-se ter, obviamente, um motivo danado de bom."
"Tal pai, tal filho?", pergunto.
"Sim, pensei nisso. O problema é que o pai de Boyle era apenas um pa¬tife insignificante. Este é... um grande time. Com um enorme patrimônio."
"Talvez Boyle tenha contratado Nico. Quem sabe o tiro tenha sido uma enorme nuvem de fumaça para proporcionar a Boyle uma maneira de cair fora."
"Estilo parecido com a seqüência de Missão: Impossível", diz Dreidel. “Mais importante ainda, se o Serviço estava ajudando, eles não iriam co¬locar o presidente, sua equipe e duzentos mil espectadores em perigo, en¬quanto confiavam tudo a algum sujeito formidavelmente maluco. Você assistiu Nico nas entrevistas — ele saiu direto de um filme maluco de Stephen King. Se Boyle quisesse mesmo fazer isso, ele fingiria um ataque cardíaco em casa e pronto."
"Então você acha que, quando Nico desfechou os tiros, Boyle e o Serviço usaram aquele caos instantâneo para sair às escondidas dali?", pergunto, fazendo força para falar num sussurro.
"Não sei o que pensar. Tudo que sei é que, para Boyle colocar um colete, ele deveria estar esperando algo, quer dizer, você não carrega um guarda-chuva a não ser que ache que vai chover, certo?"
Eu concordo, incapaz de argumentar. Entretanto, isto não nos apro¬xima do porquê. Por que Nico atirou em Boyle? Por que o automóvel de Manning se deslocava por ali com o sangue de Boyle? E por que Boyle se afastaria de sua vida, sua esposa e sua filha adolescente? Quer dizer, o que poderia, talvez, atrair — ou aterrorizar — tanto um homem a ponto de ele jogar fora toda a sua vida?
"Talvez você devesse apenas perguntar", deixa escapar Dreidel.
"Para quem, Manning? Oh, claro, eu vou apenas chegar e dizer: 'A propósito, senhor, acabo de ver seu amigo morto; sim, aquele cujo assas¬sinato arruinou toda a sua presidência. Oh, e uma vez que ele está vivo, enquanto eu tenho estado escravizado, labutando cada santo dia para você, desde que saí do hospital, por que você vem mentindo para mim, há mais de oito anos, sobre o pior momento de minha vida?'. Sim, isto seria genial."
"E o Serviço?"
"Dá no mesmo. Boyle jamais poderia ter desaparecido durante to¬dos esses anos sem a ajuda dele. A última coisa de que preciso é gritar do telhado que eu sou o único a ventilar o assunto abertamente. Até eu saber o que está acontecendo, é melhor deixar as coisas quietas."
Dreidel se recosta na cadeira de vime. "Quando você viu Boyle nos bastidores, naquele camarim, pensou que ele estivesse tentando matar Manning?"
"Matá-lo?"
"Por que mais ele viria após esconder-se durante oito anos? Só para dizer olá?"
"Eu suponho, mas... matá-lo? Isto não é...?"
"Kaiser Soze", interrompe Dreidel. "O maior truque que o demônio conseguiu realizar: convencer o mundo de que ele não existe!” Ele olha para mim, e eu posso jurar que há quase um sorriso em seu rosto. "Cara, você pode imaginar? Estar legalmente morto, mas ainda vivo? Sabe quanta li-berdade isto lhe dá?"
Fito a chave do quarto de Dreidel e tento não pensar no roupão branco e felpudo que se junta a essa visão.
"Talvez Boyle tenha desejado isso todos aqueles anos antes", acres¬centa ele. "Apenas cair fora."
Sacudo a cabeça, mas ainda capto o ponto essencial. A única manei¬ra de compreender o que está acontecendo é compreender Boyle. "Então, para onde isto nos leva?", pergunto.
"Nos? Esta não é a minha desgraça." Ele ri enquanto diz isto, mas definitivamente não está brincando. "Ora, Wes, você sabe que estou só trincando", acrescenta, sabendo que eu percebo o que quer dizer. Como qualquer político malandro, seu primeiro movimento é remover suas im-pressões digitais. Foi por isso que telefonei primeiro para ele. Ele passou quase quatro anos ao lado do presidente, mas não se pode descobri-lo no cenário de fundo de nenhuma foto. Ninguém é melhor do que ele na arte de se tornar invisível, que é, justo agora, a coisa que mais preciso se planejo descobrir a verdade.
"Você se comunicou com a polícia?" acrescenta Dreidel, já duas jo¬gadas adiante. "Se eles puderem dar uma espiada no passado de Boyle..."
"Consegui alguém perfeito para isso", digo. Mas ele está olhando por cima de meu ombro, para a entrada do restaurante. Seguindo seu olhar, eu viro e descubro a mulher negra com as tranças. Ela trocou o roupão por um outro uniforme de Palm Beach: calças brancas com uma camiseta de estilista laranja-pálido. Perfeito para um dia na cidade.
"Ouça, tenho de correr", diz Dreidel, já se levantando. "Seja esperto a respeito disso tudo."
"Esperto?"
"Cuidadoso. Seja cuidadoso. Porque, se Manning faz parte disso tudo..." Ele dá mais uma olhada ao redor, depois se inclina aproximan¬do-se. "Você achava que a América se viraria contra ele antes? Eles irão crucificá-lo, Wes. Seriamente. Crucificar."
Concordo com um aceno de cabeça. Do outro lado do restaurante, sua namorada nos lança um olhar. "E, já que estamos no assunto, Wes. Es¬tou feliz por manter seu segredo — apenas prometa que manterá o meu."
"É-É claro. Nunca digo uma palavra."
Ele se volta para ir embora, deixando-me com a conta. "A propósito, está interessado em contribuir com mais de quinhentas pratas e vir ao meu levantamento de fundos hoje à noite?"
Sacudo a cabeça sem poder acreditar. "Dreidel, quanto custará sua alma quando finalmente vendê-la?"
"Você vem ou não?"
"Eu iria, mas tenho um evento com Manning hoje."
Dreidel faz que sim e não se estende sobre o assunto. Ele sabe o que sempre vem em primeiro lugar.
Quando ele se dirige para a porta, decido não virar e olhar para a garota. Em vez disso, levanto a colher e a uso como meu pequeno espelho de casa de diversões. Por cima do ombro, percebo Dreidel no momento em que se aproxima dela. Ele não procura pegar na mão da mulher até achar que está fora de vista.
"Perdão", diz alguém por cima de meu ombro esquerdo. Eu me vol¬to esperando ver o garçom. Em vez disso, deparo com um camarada loiro usando camiseta preta e boné de beisebol U.S. Open.
"Wes Holloway?" pergunta ele, abrindo sua carteira para me mos¬trar a insígnia do FBI. "Terrence O'Shea. Você tem alguns segundos para conversar?"
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