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Lua Azul - blog de lua azul

Viajando pelo mundo dos livros... "O Livro do Destino" de Brad Meltzer - Capítulo 3

por lua azul

Hoje o pequeno excertozinho que vos trago relativamente a esta nova partilha que comecei a fazer convosco algures durante a semana passada pouco ou praticamente nada acrescenta à história que por aqui nos está a ser narrada e por isso fica desde já prometido que amanhã sem falta regressarei com uma nova publicação a respeito deste livro e do seu quarto capítulo. O que hoje por aqui vos deixo é tão pura e simplesmente a reacção que Boile adopta após ter saído da sala onde o autor da nossa história se encontra caído por sua culpa como vimos na minha publicação da passada Sexta-feira e pouco mais, amanhã espero então poder acrescentar novos dados a tudo isto quando disponibilizar por aqui o quarto capítulo.

3

“Espere!"
Ele desaparece num piscar de olhos, lançando-se com ímpeto pelo lado
esquerdo do corredor — afastando-se da porta onde está Jay. Boyl... Quem quer
que seja, ele é esperto.
Eu agarro as extremidades da mesa de café e tento me levantar. Meu quadril
e os joelhos pressionam contra os fragmentos de vidro quando dou uma volta
para me endireitar. Tropeçando, eu me precipito para adiante, completamente
curvado. Estou sem equilíbrio, quase caio ao passar pela porta e entrar no
corredor completamente vazio.
Ele teve apenas cinco segundos de vantagem. Foi mais que suficiente.
Mais adiante, o final do corredor faz uma curva para a esquerda. Distante,
uma porta de metal bate com força ao fechar. Maldição. Eu corro tão depressa
quanto consigo, rangendo os dentes para me impedir de hiper ventilar. Mas já sei
o que se aproxima. Ao virar, o corredor termina em mais duas portas de metal à
prova de som. A da direita conduz às escadas de emergência. A que está em
frente dá para fora. Se nós estivéssemos na Casa Branca, haveria dois sujeitos do
Serviço Secreto montando guarda. Como se tratava de um ex-presidente, mal
tivemos guardas suficientes para cobrir as entradas que conduzem ao palco.
Eu abro a porta à minha direita. Quando ela bate contra a parede, um som
monótono ecoa pelo poço da escada.
Prendo a respiração e tento ouvir passos... movimento... qualquer coisa. Tudo
que obtenho é silêncio.
Virando para trás, bato com força na tranca de metal da outra porta, que se
abre, e saio para o ar adocicado e cheio de vapor da Malásia. A única luz da aleia
vem dos faróis de um Chevy Suburban preto, de um gato Cheshire[3] de metal
com um olhar fixo branco. Atrás do Suburban há uma pretensiosa limusine
branca, dessas usadas para cerimônias de formatura. É o automóvel para
voltarmos ao hotel.
"Está tudo bem?", pergunta-me um agente com cabelos castanhos curtos,
enquanto dá a volta diante do Suburban.
"Sim... é claro", eu digo, engolindo com força e sabendo que é melhor não o
deixar em pânico. Pulando os três últimos degraus, meu coração começa a bater
rápido, e sinto que ele está prestes a saltar de meu peito. Continuo a examinar a
aleia. Nada além de contêineres de lixo vazios, uns poucos policiais de

motocicleta e a pequena comitiva.
As escadas...
Volto para dentro, mas já é muito tarde. A porta se fecha com um estrondo
alto, trancando-se.
"Relaxe", grita o agente. "Eu tenho a chave aqui comigo."
Ele sobe as escadas e abre a porta com seu molho de chaves.
"Manning vai terminar no tempo previsto?", pergunta.
"Sim... ele é perfeito... bem na hora prevista..."
O agente me estuda com cuidado, mexendo em suas chaves.
"Tem certeza de que você está bem, Wes?", indaga, abrindo mais a porta
enquanto eu corro para dentro. "Parece que viu um fantasma”.