Esta é uma carta imaginária, mas que muitos cegos sentem, porque não podem ou não devem falar de seus sentimentos porque é tabu, ou até porque têm medo que sejam um dia gozados pelo facto de abrirem seu coração. Porque isso acontece... mas que ainda há alguém que nos ouve, ainda há alguém que nos compreende...
E assim, depois de muitas lutas comigo mesma, decidi finalmente publicar este pequeno texto no blog. Porque aqui não há diferença, porque aqui há sempre uma pessoa que lê e sorri, lê e comenta, lê e sente na pele... lê e fica solidário com os outros. Porque aqui não há diferença.
Espero sinceramente que gostem, apesar de ser um texto deprimente e pequeno. Mas às vezes o texto pequeno é o que diz mais, é o que nos faz reflectir com maior imaginação... o que tem maior poder de palavras.
Sentimentos
Olha
não sei como dizer isto. Mas infelizmente tenho de o dizer de qualquer maneira. E tu tens de aceitar como as coisas são. Mas isto até é falsidade, porque não estou a falar cara a cara contigo. Mas
ao menos ajuda-me a desabafar, a calar os impulsos do meu coração.
Mesmo que seja uma conversa por imaginação, vou dizer na mesma o que sinto. Desculpa
mas tem de ser.
Amo-te. Amo-te. Amo-te! Amo-te!
E depois? És mais novo do que eu. Não te posso dizer isto na cara. Foste sempre amigo, mas se sabes isto terás medo de me falar. E um dia, quando vir que é altura certa, talvez te diga. Mas não! Não tenho esse direito. Nada disso
Quando te vejo, quando te ouço, quando me falas, meu resto de dia é bem passado. E tu nem disso suspeitas. Pouco importa. Só sei que enquanto digo isto, vou-me envergonhando, talvez. Mas é a verdade.
E agradeço-te por tudo: por estares a meu lado quando precisei, pela tua ajuda, às vezes pelos teus conselhos. Sei que não podes fazer mais do que isso, sinto que tentas
mas não podes. Não tentes. O simples facto de nos encontrarmos, de conversarmos, de sentir teu apoio já é mais que importante. E gostava também de te poder ajudar no que fosse preciso
E cá está
cá está
tudo dito da forma mais sincera.
Porque não vejo, mas sinto
sinto a tua amizade, ouço tua voz
e tudo é diferente para mim
posso sonhar, posso ver à minha maneira.
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