Solidariedade: "Deficientes já não vão para o quarto dos fundos" - Ministro Vieira da Silva
Baião, Porto, 19 Jul (Lusa) - O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social disse hoje que Portugal "está a deixar de colocar as pessoas com deficiência no quarto dos fundos", o que significa um "virar de página" e um novo "conceito de civilização".
"Não há nenhuma sociedade que se possa considerar moderna, civilizada, justa, se continuasse, como tempo de mais foi feito no nosso país, a olhar aqueles de nós que têm uma incapacidade, uma deficiência, como uma realidade que deve ser colocada, eu uso sempre esta expressão, perdoem-me, nos quartos do fundo da nossa vida colectiva", considerou Vieira da Silva.
O ministro falava em Mesquinhata, concelho de Baião, Distrito do Porto, na inauguração de um Centro de Actividades Ocupacionais (CAO), um empreendimento da Santa Casa da Misericórdia que pode receber até 30 pessoas com deficiência.
Relativamente à marginalização que a sociedade impunha aos deficientes, o ministro acrescentou que "não há muitas décadas, era uma realidade quase dominante colocarem-se em capoeiras, em currais, em casas sem nenhumas condições, aqueles que tinham nascido com a infelicidade de ter uma deficiência ou que a tinham desenvolvido na sua vida".
"Aqui [neste centro ocupacional] é um virar de página, é toda uma outra vida, é toda uma outra sociedade, é outro conceito de civilização que está nesta passagem dos quartos do fundo para o frontispício da nossa vida colectiva", salientou.
Para Vieira da Silva, que esteve acompanhado da secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, este equipamento permite "olhar o mundo com tranquilidade e com a segurança de que não temos os tais quartos do fundo".
"Estamos a acabar com eles, estamos a demoli-los, no sentido literal e no sentido figurativo. Estamos a acabar com essa visão e a construir uma outra em que as pessoas que têm incapacidades, que têm deficiências, são merecedoras da mesma dignidade e de igualdade absoluta de direitos e da diferenciação a favor dos seus direitos", assegurou o ministro.
Salientando que "Baião é agora um exemplo nas políticas sociais", o ministro do Trabalho da Solidariedade Social prometeu continuar a apoiar os esforços das instituições de solidariedade social do concelho, de que são exemplos as duas creches em construção, em Gove e Santa Marinha do Zêzere e uma unidade de cuidados continuados que deverá arrancar até ao fim do ano, igualmente da responsabilidade da Misericórdia local.
O presidente da câmara, José Luís Carneiro, agradeceu o empenho de toda a equipa ministerial e salientou que nunca se fez tanto no domínio social no seu concelho como nos últimos quatro anos, em que o investimento em políticas sociais atingiu 2,5 milhões de euros.
O centro ocupacional, que começará a receber pessoas com deficiência dentro de breves dias, custou 870 mil euros, montante que inclui equipamento e arranjos exteriores.
O CAO de Mesquinhata, por enquanto único no concelho, recebeu a comparticipação estatal de 349 mil euros e também uma ajuda substancial da autarquia, sendo o restante suportado pela instituição.
O centro ocupacional está preparado para receber pessoas maiores de 16 anos e funcionará de segunda a sexta-feira, em horário diurno, dispondo de uma rede de transportes própria entre o centro e a residência dos utentes.
A instalação do CAO em Mesquinhata vai assegurar também uma dezena de postos de trabalho.
JDS
Lusa/fim
Sérgio Gonçalves
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Comentários
deixar a retórica e passar à prática não seria má ideia mesmo na
Estamos em ano de várias eleições e não é de estranhar por isso a proliferação de cerimónias a propagandear grandes melhorias nas vidas das pessoas, e aqui a deficiência é campo fértil para cativar as emoções, sensibiliza dizer que se ajuda os mais desfavorecidos, que se investe como nunca no Estamos emEstamos em ano de várias eleições e não é de estranhar por isso a proliferação de cerimónias a propagandear grandes melhorias nas vidas das pessoas, e aqui a deficiência é campo fértil para cativar as emoções, sensibiliza dizer que se ajuda os mais desfavorecidos, que se investe como nunca no social, mas eu por mim como um racionalista estou saturado destas sucessivas feiras de vaidades de ministros, subsecretários de estados, partidos da oposição a recalcitrarem também nas promessas do provir, certo que vivemos numa época em que mais importante do que fazer é dizer que se faz, mais importante ainda é aparecer a dizer que se implementa isto e aquilo, é assim a sofismávlel era da imagem, mas não seria preferível fazer jus ao conceito antanho de pólis, enobrecer a política, consubstanciar a palavra no serviço à comunidade e não nos servirmos a nós próprios! E para rematar em beleza, que tal a maioria de que vieira da silva faz parte aprovar o anteprojecto que permitiria aos deficientes acumularem as míseras pensões com os potativos exíguos salários ou farão como fizeram com o testamento vital, que é como que diz, jogaram-no às malvas...ano de várias eleições e não é de estranhar por isso a proliferação de cerimónias a propagandear grandes melhorias nas vidas das pessoas, e aqui a deficiência é campo fértil para cativar as emoções, sensibiliza dizer que se ajuda os mais desfavorecidos, que se investe como nunca no social, mas eu por mim como um racionalista estou saturado destas sucessivas feiras de vaidades de ministros, subsecretários de estados, partidos da oposição a recalcitrarem também nas promessas do provir, certo que vivemos numa época em que mais importante do que fazer é dizer que se faz, mais importante ainda é aparecer a dizer que se implementa isto e aquilo, é assim a sofismávlel era da imagem, mas não seria preferível fazer jus ao conceito antanho de pólis, enobrecer a política, consubstanciar a palavra no serviço à comunidade e não nos servirmos a nós próprios! E para rematar em beleza, que tal a maioria de que vieira da silva faz parte aprovar o anteprojecto que permitiria aos deficientes acumularem as míseras pensões com os potativos exíguos salários ou farão como fizeram com o testamento vital, que é como que diz, jogaram-no às malvas...social, mas eu por mim como um racionalista estou saturado destas sucessivas feiras de vaidades de ministros, subsecretários de estados, partidos da oposição a recalcitrarem também nas promessas do provir, certo que vivemos numa época em que mais importante do que fazer é dizer que se faz, mais importante ainda é aparecer a dizer que se implementa isto e aquilo, é assim a sofismávlel era da imagem, mas não seria preferível fazer jus ao conceito antanho de pólis, enobrecer a política, consubstanciar a palavra no serviço à comunidade e não nos servirmos a nós próprios! E para rematar em beleza, que tal a maioria de que vieira da silva faz parte aprovar o anteprojecto que permitiria aos deficientes acumularem as míseras pensões com os potativos exíguos salários ou farão como fizeram com o testamento vital, que é como que diz, jogaram-no às malvas...