Ontem, dia 21 de Novembro, tive o primeiro contacto com um aparelho que há muito tempo era esperado. Foi, sem dúvida alguma, o produto que mais interesse gerou no Optelec Lisboa Show, realizado ontem na loja Zona Óptica do Parque das Nações (Lisboa).
Trata-se do ClearReader, da Optelec, um leitor autónomo muito compacto, a fazer lembrar os rádios antigos. Em vez do tradicional scanner de vidro, o ClearReader usa uma câmara fotográfica com lentes especiais, que capturam a imagem instantaneamente. Poucos segundos depois, o texto começa a ser lido em voz alta pela nova e agradável voz Joana, da Nuance.
Fiquei muito bem impressionado pela rapidez de resposta. Tipicamente, 10 segundos até começar a ouvir o texto. E se pensarmos que podemos capturar as páginas todas de seguida, e depois deixar o ClearReader a fazer o reconhecimento, percebemos como a experiência de uso deste aparelho é muito mais agradável do que com os leitores autónomos tradicionais.
Experimentei diversos textos, desde revistas até talões de multibanco. O resultado é muito satisfatório. Naturalmente, como todos os aparelhos, tem os seus limites. Não conseguiu ler alguns cartões de crédito com letra pequena, ou cartões de plástico por causa dos reflexos e das cores pouco contrastantes.
É interessante a função de leitura de faturas ou extratos bancários. Pressiona-se o botão de captura mais demoradamente, e a leitura, quando se inicia, não se faz em colunas, mas sim por linhas, permitindo ler a factura pela ordem correta.
Quem tem baixa-visão pode ligar um monitor VGA ao ClearReader e acompanhar a leitura do texto no monitor. Até pode saltar para um determinado ponto e começar a ler a partir daí. Os textos ficam guardados num cartão de memória ou numa pen-drive.
É um aparelho simpático, e vai certamente dar que falar.
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