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Verdadeiro Olhar - blog de Sérgio Gonçalves

Paredes: Presidente da Associação de Deficientes denuncia existência de barreiras arquitectónicas

por Sérgio Gonçalves

“Não houve grandes avanços nos últimos anos”, lamenta Adão Barbosa
Paredes: Presidente da Associação de Deficientes denuncia existência de barreiras arquitectónicas

O presidente da delegação de Paredes da Associação Portuguesa de Deficientes (APD) considera que, apesar das obras de requalificação dos últimos anos, continuam a existir muitas barreiras arquitectónicas nos concelhos do Vale do Sousa. Tal, defende, dificulta a rotina diária das pessoas com deficiência e vai contra a lei.

Adão Barbosa apresentou exemplos de alguns obstáculos em Paços de Ferreira, Paredes e Penafiel durante uma conferência organizada pelo Núcleo Paredes Cidade do PSD e subordinada ao tema “Mobilidade, os degraus da indiferença”.

Bombeiros sem meios e condições para aceder a prédios

“Não houve grandes avanços nos últimos anos”, começou por referir o representante local da APD. Depois, Adão Barbosa apontou o centro de saúde e o tribunal, em Paços de Ferreira, e a Casa do Benfica e o jardim de Lordelo, em Paredes, como espaços públicos nos quais a acessibilidade é reduzida ou mesmo impossível para pessoas com deficiência.

“Penafiel vai receber a bandeira de ouro da mobilidade, mas também nesse concelho há situações a lamentar. Por exemplo, a Câmara Municipal não tem acesso para deficientes e o mesmo se passa na Biblioteca Municipal e na Delegação de Saúde”, frisou.

Adão Barbosa salientou, igualmente, a inacessibilidade das caixas multibanco para pessoas em cadeiras de rodas e a falta de rampas em muitas das passadeiras existentes nos diversos municípios.

Na conferência realizada na quinta-feira, no hotel da cidade, também o vice-presidente dos Bombeiros Voluntários de Paredes alertou para a falta de acessos na grande maioria dos edifícios do concelho, seja em situações de perigo eminente ou de simples transporte de doentes. “Os nossos bombeiros têm dificuldade em resgatar as pessoas”, admitiu António Pinheiro.

Este responsável dos Bombeiros de Paredes considerou ainda escassos os meios ao serviço da corporação. “Não temos uma auto-escada e dispomos de apenas de três ambulâncias de transporte adaptadas a pessoas com mobilidade reduzida. Quando estas não chegam utilizamos as ambulâncias normais”, lamentou.

“Hipocrisia política”, acusa o presidente da APD

Na iniciativa do Núcleo Paredes Cidade do PSD participaram ainda o Provedor Metropolitano dos Cidadãos com Deficiência, João Cottim, a responsável pela Rede Nacional de Cidade e Vilas com Mobilidade para Todos, Inês Marrazes, Nuno Ventura, técnico da APD na área da mobilidade, e a advogada Paula Ramos. Na intervenção de todos foi destacada a necessidade de alterar o actual panorama existente nas cidades.

Mais cáustico foi o presidente da APD nacional, Humberto Santos. “A quota de emprego para deficientes estipulada na lei é de cinco por cento em todas as instituições públicas. Mas a percentagem actual é de 0,4 por cento. Isto tem nome: hipocrisia política”, acusou.

Fonte - http://www.verdadeiroolhar.pt/materias.php?secao=ultimahora&id=7974

Sérgio Gonçalves
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