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Os mitos acerca da deficiência visual

por Lerparaver

Muitos de nós, pessoas com deficiência visual, somos por vezes vítimas de atitudes intrusivas, despropositadas e desagradáveis por parte da população em geral.
Estas atitudes revelam um desconhecimento quase total das características da deficiência visual e das suas consequências reais.
Costumo dizer que "a ignorância popular põe-me com os nervos em franja", e de facto acontecem situações em que não é para menos, pois os mitos que vigoram entre muita gente são até obstáculo a um relacionamento equilibrado e saudável entre as pessoas ditas "normovisuais" e as que têm deficiências visuais.

Imagino que muitos dos meus sentimentos e opiniões a este propósito sejam comuns à maior parte das pessoas com problemas severos de visão, até porque algumas já me contaram situações caricatas que descrevo ao longo deste breve trabalho e mostraram o seu desconforto e revolta face às mesmas. Costuma dizer uma dessas pessoas "os outros fazem-me sentir mais cega do que eu já sou".

Contudo, a verdade é que quando nos juntamos a contar destas pequenas histórias, acabamos em grandes gargalhadas, pois por vezes parecem autênticas anedotas.

Por tudo isto, e porque creio que há que dar o primeiro passo na desmistificação dos problemas inerentes à deficiência visual, resolvi sistematizar aqui aqueles que são, na minha opinião, os mitos mais comuns relativos a esta deficiência, na esperança que possam vir a ser divulgados junto de algumas pessoas que venham a dar testemunho no sentido de mudar práticas populares desadequadas e desmoralizantes.

1. No que diz respeito à visão, só há duas categorias de pessoas: os cegos e os que vêem "normalmente".

Deste primeiro mito resulta a concepção de que todas as pessoas com deficiência visual têm cegueira total, e a maior parte da população portuguesa nem sequer sabe o que significa ter uma deficiência parcial da visão, a qual pode receber inúmeras designações, tais como “visão reduzida”, “subvisão”, “visão subnormal”, “baixa visão”. Também se utilizou, durante muito tempo, o termo “ambliopia”, mas este está mal empregue para designar deficiência visual parcial, já que, do ponto de vista oftalmológico, significa perda da acuidade visual sem causa orgânica que a justifique, sendo popularmente conhecida como “olho preguiçoso.

Uma pessoa com baixa visão é alguém que conserva ainda algum grau de visão que lhe permite, por exemplo, ler textos ampliados ou com recurso a uma lupa, e deslocar-se autonomamente, ainda que por vezes possa sentir necessidade de ajuda para atravessar estradas. A baixa visão pode assumir várias formas, consoante o problema que está na sua origem, podendo tornar-se mais ou menos notória para os outros.

Estas pessoas são por vezes mal interpretadas como antipáticas ou distraídas, pois podem passar pelos conhecidos sem os cumprimentar, ou mesmo não responder a um cumprimento, podendo parecer estranho que consigam andar sem ajuda e no entanto não vejam quem está a poucos metros. Por outro lado, os limites entre a baixa visão e a cegueira nem sempre estão claramente definidos. Apesar de se pensar na cegueira como ausência total de visão, a verdade é que a maioria das pessoas consideradas cegas tem alguma visão, ainda que esta se limite à percepção de luz e de alguns vultos. O melhor critério parece ser a funcionalidade da visão que se possui, ou seja, o que esta permite fazer.

Costumo dizer que entre o ver mal e o não ver há um grande caminho, e de facto esta diferença gera formas distintas na capacidade de orientação e mobilidade das pessoas o que deixa os outros confusos e a fazerem comparações desapropriadas.
Para dar um exemplo, quando eu estudava na Universidade, um funcionário disse-me, referindo-se a uma colega com baixa visão, quando lhe pedi ajuda para me deslocar a um local distante de onde me encontrava e que eu não costumava frequentar: "a sua colega anda sozinha por aqui fora com um grande à-vontade". Apenas lhe respondi:"se eu visse como ela, com certeza também andaria".

Outra situação diferente, foi numa altura em que ia acompanhada com uma colega, de braço dado com ela e esbarrei com um senhor que ia a passar. Ele virou-se furioso e resmungou: "veja por onde vai, menina!". Respondi-lhe: "desculpe, eu não vejo". Ele berrou: "não vê, o quê?! Não quer é ver!".

Esta atitude prende-se com o facto das pessoas associarem sempre deficiência visual a olhos deformados e a óculos escuros, o que na verdade não tem uma relação directa entre si. Assim, é possível que algumas doenças oculares levem a uma deformação dos olhos, e que as pessoas optem por usar óculos escuros para evitar chamar a si a atenção, mas a opção dos óculos pode também relacionar-se com uma sensibilidade à luz, ou apenas servirem como protecção.

Ainda a propósito desta falsa percepção, deixem-me contar-vos mais uma situação engraçada.

Uma vez, ia um rapaz com deficiência visual parcial (com uma visão que lhe permite independência na mobilidade) a acompanhar um grupo de três ou quatro pessoas cegas num desses locais na estrada onde se come em self-service. O acompanhante perguntou à funcionária o que havia para comer e ela respondeu um pouco pasmada: "o que está à sua frente". Disse ele então: "se eu visse o que está na montra, não lhe perguntava nada". A empregada descreveu então o que havia, mas de forma tão reticente, que parecia recear estar a ser gozada.

Daqui ressalta a necessidade de alertar as pessoas para que na presença de alguém com deficiência visual prestem atenção às suas reais dificuldades. Poderão perguntar-lhe se precisa de ajuda, mas nunca segurar essa pessoa fortemente pelo braço como a uma criança, pois este gesto pode magoar sem ser essa a intenção de quem quer ajudar.

E por falar em segurar pelo braço, um dos grandes erros de quem ajuda uma pessoa com deficiência visual a atravessar uma estrada é empurrá-la à sua frente ou segurar-lhe na ponta da bengala como se de uma trela se tratasse. No primeiro caso é um perigo, pois a pessoa com deficiência visual não sente quando o acompanhante sobe o passeio, e com a pressa do empurrão pode tropeçar, ou bater contra um obstáculo e magoar-se seriamente.

No segundo caso, parece-me tão vergonhosa essa falta de sensibilidade, que prefiro não comentar.

Quem quiser pode ser um bom guia para uma pessoa com deficiência visual. Em primeiro lugar, permitam que esta vos segure no braço ou vos coloque a mão no ombro e vá ligeiramente atrás, de forma a sentir os movimentos do acompanhante. Em segundo lugar, sejam naturais nos vossos gestos, não exagerando nas indicações (quantas escadas vai subir ou descer, por exemplo). Esta informação pode também ser perigosa, pois um erro de cálculo poderá causar um acidente. No entanto, se a pessoa que não vê for exactamente ao lado do acompanhante, deve-se-lhe indicar a existência de degraus e se são para subir ou descer. Outra dica importante, é quando se caminha a um ritmo um pouco mais rápido, antes de descer ou subir escadas, o acompanhante deverá abrandar a marcha ou mesmo parar, para que a pessoa com deficiência visual perceba o início dos degraus. No caso de estradas, deve ser dito quando podem passar e não avançar simplesmente, pois isso causa alguma insegurança na pessoa que não vê.

2. Os cegos têm todos um sexto sentido.

Já muitas vezes me disseram que os cegos são muito inteligentes, que adivinham muitas coisas, que têm um sexto sentido.
Esta falsa ideia prende-se com o mito anterior e com a não concepção da possibilidade de a pessoa ainda ter alguma capacidade visual que lhe permita por exemplo distinguir cores. Deste desconhecimento, resultam situações divertidas, como foi o caso de uma senhora que me contava entusiasmadíssima que conhecia um cego que reconhecia as cores através do toque, e que até já lhe havia dito a cor da camisola que ela tinha vestida em determinada ocasião, apenas por a ter tocado.

Este é um exemplo tão absurdo como real, e o mais grave de tudo é que a pessoa que me contou este fenómeno não quis acreditar que a pessoa com deficiência visual em causa pudesse ainda ver as cores, teimando comigo que era só através do tacto que as descobria!

Bem, até concebo a hipótese desse alguém não ver cores, mas então só há uma explicação: provavelmente acompanhou a referida pessoa na compra da camisola, e reconhecendo-a com o toque, recordou-se da cor indicada para ela. Nada mais óbvio e menos ponderado.

Outra história engraçada, passou-se com uma universitária que, encontrando-se a conversar com colegas, foi interpelada por uma que lhe perguntou se conseguiria perceber os traços físicos dela através dos outros sentidos. Então, a jovem foi submetida a uma série de provas, tais como "achas que eu sou loira ou morena através da voz?" ou "e eu sou magra ou gorda?" e por aí adiante...

É de salientar neste ponto que, além dos resíduos visuais poderem ser mais ou menos aproveitados, as pessoas com deficiências visuais tem olfacto, audição, tacto e paladar, e portanto têm perfeita noção da realidade, não se tratando de sexto sentido, mas de maior atenção prestada aos outros sentidos.

3. As pessoas com deficiências visuais são todas amigas ou familiares umas das outras.

É interessante perceber como as pessoas olham para as que têm deficiência visual como uma classe, generalizando para os outros aquilo que um cego faz. Quantas vezes, não nos dizem que nós os cegos somos todos muito isto ou aquilo.

Já a propósito das supostas relações familiares posso contar que um dia destes, um amigo meu, também com deficiência visual, apanhou um táxi e diz-lhe o taxista: "costumo transportar muitas vezes um amigo seu". Quando ele lhe perguntou muito admirado de quem se tratava, o taxista respondeu convicto: "é aquele invisual que mora na zona X". O caricato é que o meu amigo não tem qualquer espécie de simpatia pelo invisual em causa, e desconfio até que nunca falou com ele.

Quanto a mim, já muitas vezes desconhecidos que me ajudaram na rua me disseram ter estado com "amigos meus", já algumas vezes me confundiram com outra amiga que tem deficiência visual e que tem traços físicos antagónicos aos meus. Até num serviço de doação de sangue em que por acaso me cruzei com o meu amigo da história do táxi me inquiriram se éramos familiares. Quando respondi que não, disseram "ah, então só andaram na mesma escola!". Estas deduções deixam-me sem palavras.

Há algo importante que deve ser dito aqui: nem todos os problemas de visão são hereditários. Existem casais em que ambos os membros têm deficiência visual e que têm filhos sem problemas de visão e o contrário também acontece. Outro aspecto importante é que as pessoas que têm baixa visão ou cegueira neste momento, não têm necessariamente que ter nascido já a ver mal ou sem ver, e muitas vezes a perda de visão é gradual.

4. Os cegos estão alheados do mundo versus apercebem-se de tudo melhor que os outros

Há tempos, uma amiga contou-me que alguém que se encontrava no mesmo grupo de colegas a conversar, perguntava à colega do lado: "qual é o nome dela?" e "ela também está no nosso curso", etc. Conheci também um cego que, estando numa reunião com outras pessoas, foi interpelado por alguém que lhe gritava, talvez convencido que essa era a forma de o chamar à realidade. É humilhante.

É interessante perceber também que se há quem considere que pessoas com deficiência da visão ouvem melhor que os outros, também há quem tenha a crença contrária.

De facto, há quem ouça perfeitamente (sem ter uma audição superior anormal) e quem ouça com mais dificuldade, o importante é comunicar num tom de voz normal, como para qualquer outra pessoa. Pode acontecer que a pessoa com deficiência ouça falarem consigo, sem no entanto saber se estão a dirigir-se a si própria ou a alguém que está por perto. Portanto, se quiserem que a pessoa com deficiência visual perceba que a mensagem é para si, ou chamem-na pelo nome se o souberem, ou toquem levemente no seu ombro ou no braço antes de falar.

Outra situação francamente deprimente, é quando ouvimos alguém que por exemplo no banco atrás do nosso no autocarro, comenta para o vizinho:"é uma tristeza, coitadinha!", convencidos certamente que não ouvimos estes comentários. Porém, outras observações mais directas podem também doer. É o caso de, ao nos ajudarem a atravessar uma estrada comentarem: "é uma pena ser tão novinha, e já assim", ou ainda "a menina é muito linda, muito boa pessoa, que Santa Luzia a ajude!". Penso que estas situações são bem mais revoltantes do que não poder por exemplo conduzir.

5. As pessoas com deficiências visuais têm grandes problemas para fazer as coisas versus têm poderes paranormais

Conheço um professor cego que durante o curso trabalhava como telefonista. Pois bem, no primeiro dia que foi fazer um telefonema na escola em que dava aulas, a funcionária, depois de insistência de um lado e outro, decidiu que teria mesmo de lhe marcar os números "podia o senhor professor enganar-se e ia ser muito chato". Ele deixou porque não iria fazer o telefonema enquanto não aceitasse a ajuda.

Existem situações em que a boa vontade das pessoas não deixa lugar para a liberdade da que tem deficiência aceitar ou não a ajuda oferecida, o que gera desconforto por parte desta. Outro exemplo de uma dessas situações é quando nos autocarros públicos as pessoas agarram-nos pelo braço forçando-nos a sentar, quando muitas vezes esta não é a nossa vontade, porque por exemplo estamos em pé perto da porta de saída e torna-se mais fácil sair quando chegarmos ao local pretendido. Pior ainda foi uma situação em que uma senhora de muito boa vontade me agarrou pelo braço num autocarro e dirigindo-se a um senhor disse-lhe: "deixe sentar esta menina". O senhor ficou indignado e resmungou, mas levantou-se para eu me sentar, e creio que ninguém me ouviu dizer que não era necessário.

Conheço um caso em que a boa-vontade é imposta de forma extrema, de tal modo que se torna inconcebível agradecer tal gesto: trata-se de uma rapariga de pequena estatura que já foi pegada ao colo para sair do comboio, sem antes ter sido questionada sobre essa necessidade. Onde está o respeito pelo espaço do outro?

Acho também muita graça à estupefacção das pessoas quando vêm uma casa limpa e arrumada por alguém com deficiência visual, ou um cozinhado feito por esta pessoa, ou simplesmente que esta escreve num computador ou reconhece o dinheiro. Ficam extasiados como se nós fôssemos realmente dotados de poderes anormais. Deve ser porque não conhecem as palavras estratégia, técnica e vontade.

E a propósito deste tipo de situação, um amigo foi trabalhar para outra cidade e a esposa, com deficiência visual, foi uns meses depois. Quando ele comentou com os colegas de trabalho que ela estava para chegar, alguém disse "então agora vais ter que contratar uma empregada para tomar conta dela!". Que dizer mais?

Para uma pessoa com deficiência visual é possível fazer quase tudo, desde que arranje ou aprenda a forma certa de o fazer. Contudo, há também pessoas com deficiências visuais preguiçosas, como quaisquer outras pessoas.

O que gostava de deixar bem claro é que pessoas com deficiências visuais além daquela grande diferença que é ver mais ou menos dentro do ver mal, não têm todos o mesmo empenho para serem independentes e a mesma capacidade para aprender, por isso peço-vos que, por favor, não generalizem dificuldades e capacidades.

Sei de cegos que moram sós e são bastante independentes, e conheço outros que precisam até que lhes coloquem o açúcar no café. Por tudo isto, haja respeito por cada um de nós como um ser único e ao mesmo tempo com limitações e potencialidades como qualquer outro.

Finalmente, não queiram fazer dependente uma pessoa que tem tanto gosto em o não ser e ajudem a tornar-se independentes aqueles que não o são. As pessoas com deficiências visuais não podem continuar a ser chamados tão misericordiosamente de "ceguinhos" e a continuar a despertar sentimentos de piedade e compaixão. Não são uns coitadinhos miseráveis: são homens e mulheres com muita dificuldade em ver ou sem visão, que têm formas alternativas para fazer quase tudo e que precisam de oportunidades de sucesso como toda a gente.

6. Todos têm o direito de saber das razões da cegueira de alguém.

Uma vez, estava a chover e eu não podia levar guarda-chuva porque levava ambas as mãos ocupadas: uma com a bengala e outra com uma pasta. Uma senhora caminhava ao meu lado com um guarda-chuva aberto (sei disto porque consegui distinguir a sombra do guarda-chuva e porque se não o levasse andaria com certeza mais depressa. A dita senhora perguntou então se eu era ceguinha, porque não usava óculos, porque não era operada, etc., etc., sem se lembrar de me perguntar se queria ir com ela debaixo do guarda-chuva. Já devo ter respondido a este tipo de inquérito dezenas de vezes, mas o que é engraçado é o à-vontade com que as pessoas "vasculham" a nossa vida, e ainda por cima consideram que se não vemos deve ser porque ainda não fomos ao médico, ou porque ainda ninguém nos alertou acerca do que fazer.

É natural que as pessoas tenham curiosidade sobre como alguém com deficiência visual faz determinadas actividades, ou em que trabalha, ou como estuda, etc. O que não está correcto é a forma intrusiva como nos questionam, esquecendo-se que antes de sermos deficientes visuais somos pessoas.

Para terminar, apenas mais um alerta: as pessoas com deficiências visuais, como pessoas diferentes que são, reagem de modo diferente à ajuda oferecida. Se uma destas pessoas for desagradável convosco, não deixem de oferecer a vossa ajuda a outras. Porém, ofereçam ajuda com respeito.

Sandra Estêvão Rodrigues

Comentários

Confesso, sou o que se chama de "normovisual", tenho 14 anos, e já presenciei certas situações como estas que aqui descreve... Não poderia estar mais revoltada!

Conheço também (apenas de vista) uma pessoa invisual (visão zero), e reconheço que por vezes a maneira como a tratam é vergonhosa... Gritam com ele, puxam-no pelo braço, (tanto que uma vez isto ia provocando um tombo, visto que a pessoa que o estava a "ajudar" estava a agarrar o braço dele furtivamente e estava a andar muito rápido). Também andava de autocarro (com a minha avó) quando era mais pequena, e presenciei muitas vezes esta coisa de "sente-se aqui" á força!! Uma vez, ia sentada no autocarro, ao lado da minha avó, e entrou um senhor invisual. A minha avó não fez mais nada senão começar a gritar "SENTE-SE AQUI!!" e levantou-se, pegando esse senhor pelos ombros e sentando-o ao meu lado... quando olhei para ele, vi que estava muito corado, provavelmente vexado ou mesmo triste (penso que não seria para menos)!

Há uma frase que costumo dizer sobre nós (pessoa chamadas, estupidamente) normais: "Em relação aos deficientes, os deficientes somos nós!" Penso que deve perceber exactamente ao que me refiro!

Ainda convivi com muita pouca gente "diferente" (prefiro este termo, apesar de se aplicar a toda a gente), e pela minha experiência acho que não é nem subestimar, nem sobrevalorizar, é "Tratar igualmente tendo em conta a diferença." Espero estar correcta no meu modo de agir...

Espero que eu não seja a única da minha geração a ter compreensão no tratamento de pessoas diferentes... Caso contrário, vai continuar a ser a mesma humilhação...

Sim, tudo aquilo que foi dito aqui estou de acordo pois sou cego e já passei por algumas histórias quando andava nas ruas de uma cidade do nosso país onde uma senhora veio acorrer atraz de mim aos gritos porque mais afrente tinha um gradiamento pois estavam adecorrer umas obras. ou então ir nas ruas dessa mesma cidade com uma colega minha e vir um senhor perguntar se eu e aminha colega eramos portuguêses. pois essas são algumas das histórias que passei. agora estou na aldeia e aqui tabém ezistem algumas das histórias sendo a mais houvida a história do coitadinho.

maciel

Olá! Concordo com todos que lutam pela nossa inclusão e para que nós possamos ser tratados corretamente pelas pessoas , pois sou deficiente visual total e sei do que falam, mas não concordo com a atitude de revolta que está acarretando nos deficientes visuais por causa das atitudes erradas das pessoas.
Temos que agir com estratégia. Não podemos ficar esbravejando com tudo o que acontece, pois ainda existe muita corrupção na sociedade de todo o mundo e se formos ficar revoltados com tudo o que acontece de ruim com nosco, viveremos em prol da revolta...

Não sei se entendem o que digo mais sei apenas de uma coisa, não precisamos ficarmos revoltados que a hora chegará em que todos nós seremos tratados igualmente e não haverá mais a desigualdade social. Basta termos paciência, e como disse anteriormente agir com estratégia!

Sidarta

Sidarta