Escrito por Andrea Trindade
Coimbra
Um grupo de cidadãos portadores de incapacidade foi ontem convidado a almoçar na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra (EHTC) para que os futuros profissionais de hotelaria e restauração com eles pudessem aprender mais sobre as especificidades do atendimento a pessoas com limitações. Isto porque, a par de estruturas físicas acessíveis, o turismo para todos passa por atitudes e comportamentos, por profissionais sensibilizados e dispostos a ajudar.
A iniciativa, realizada em parceria com o projecto Lousã Destino de Turismo Acessível, contou com a presença da secretária de Estado adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, que apelou ao empenho de todos na mudança para uma sociedade mais inclusiva e democrática, com «igualdade de acesso a bens e serviços». A governante lembrou ainda que o turismo acessível pode e deve ser olhado como «oportunidade de desenvolvimento estratégico sustentado», como tem acontecido na Lousã. «Este projecto fez com que mais investidores procurassem a Lousã, a sua única unidade hoteleira tenha uma ocupação acima da média e mais estrangeiros se fixassem no concelho», sustentou, considerando-o exemplo a seguir.
«Não foi nenhuma ideia luminosa, mas antes uma necessidade que sentimos», acrescentou o presidente da Câmara da Lousã, lembrando o convívio da comunidade com a Associação de Recuperação Cidadãos Inadaptados da Lousã (ARCIL) - que ontem trouxe para o almoço 20 utentes - e os muitos passos dados no sentido de uma sociedade mais inclusiva.
O projecto Destino de Turismo Acessível foi, segundo Fernando Carvalho, apresentado em Portugal e no estrangeiro e apresenta-se como vector de «dinâmica económica importante», tendo, inclusive, existido contactos com uma empresa britânica interessada em investir na criação de uma casa adaptada a cidadãos com deficiência. De resto, em termos municipais, «inventariamos os erros todos [nas acessibilidades] e sabemos quanto custa emendá-los, aprendemos a partir deste projecto a não fazer mais nada de errado», referiu.
Cuidados na ementa
Os ingredientes são os mesmos, a apresentação e a confecção tiveram cuidados especiais e o serviço beneficiou ainda do entusiasmo e da dedicação que os alunos quiseram mostrar a estes clientes especiais. Isso mesmo disse o chefe Luís Lavrador no final da refeição. O professor da Escola de Hotelaria explicou que a carne foi empratada cortada aos pedaços pequenos e que também a sobremesa foi composta de pequenas peças de fruta e doces, que podiam ser comidas com as mãos. As restantes particularidades do serviço estão na atenção à pessoa.
Ana Paula Pais, directora da EHTC, revelou que este «momento de aprendizagem» - que surgiu depois de uma sessão mais teórica - deverá ser repetido nos próximos anos lectivos, pelo valor que acrescentam à formação. «Esperamos agora a vossa avaliação e sugestões», disse, referindo-se particularmente às pessoas com incapacidade.
No almoço, confeccionado pelos alunos do último ano do curso de Cozinha e servido pelos finalistas do curso de Restaurante/Bar, estiveram ainda Filipe Carvalho, responsável do Lousã - Destino de Turismo Acessível, e Marques Leandro, presidente da ARCIL, além de diversos responsáveis por instituições da área do turismo e do apoio a cidadãos com deficiência.
Fonte - http://www.diariocoimbra.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=17...
Sérgio Gonçalves
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