14-12-2006
O Dia Nacional do Deficiente Visual foi comemorado ontem com o desafio de ampliar a inclusão dos cegos e das pessoas que têm visão subnormal. Segundo a Adevimari (Associação dos Deficientes Visuais de Marília), é necessário que sejam abertos espaços para propiciar ensino profissionalizante a esse grupo.
O presidente da entidade, Miguel Argollo Ferrão Júnior, diz que muitos dos deficientes não estão capacitados para serem contratados por empresas que, segundo a legislação federal, devem ter determinada cota de deficientes.
Há projetos de criação desse centro de ensino profissionalizante, são sementes, mas ainda não há nada concreto, disse.
Outra necessidade seria a realização de um censo para mapear quantos deficientes visuais há em Marília. O censo está previsto para ser feito em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde.
Miguel diz que Marília é uma das cidades que atendem bem o deficiente visual.
Citou avanços como a criação do Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência e a inauguração, no ano passado, de um núcleo de produção de material didático em braille em Marília para escolas de quatro Diretorias de Ensino.
A Fundação Bradesco oferece cursos de informática regulares com softwares específicos a deficientes visuais.
O grande problema do deficiente visual é assumir a deficiência. Muitos ficam isolados, escondidos, vem a depressão. Os familiares também devem procurar se adaptar, disse.
A Adevimari oferece cursos de pintura, artes plásticas, música (teclado e violão) e informática a deficientes visuais. A entidade conta com cerca de 60 associados atualmente. A estimativa é que haja entre 500 e 1.000 deficientes visuais na cidade.
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