Comentários efectuados por Fabiana Tavares
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Olá, Francisco!
Ao ler os textos que compartilhas conosco: Carta de uma professora apaixonada... e Matemáticos cegos... , lembrei-me de um filme que assisti há pouco: A Pessoa é para o que nasce. Neste documentário, a potência de padecer nas famílias é atribuída a deficiência das protagonistas, adjetivada como característica incomum do destino ( como pode-se ler no site : http://www.borntobeblind.com/pt/about.php).
É importante quando você afirma: Pessoas cegas podem ser o que quiserem, desejarem, o que tiverem a oportunidade para serem. Destaco, desta afirmativa, o último complemento do verbo ser, pois, oportunidades só são fornecidas quando cremos no potencial da pessoa com deficiência, esta ação conjuga a quebra de diversas barreiras atitudinais.
Infelizmente, em muitas situações, é a família a primeira instituição em que tais barreiras são manifestadas. Na maioria das vezes, é na convivência parental que se começa a desenhar a crença no que cada pessoa pode ser. A comunidade e a escola ocupam-se de reforçar ou rarefazer este ponto de partida. E, sem dúvida, tem-se a contribuição formativa do nosso acervo cultural, o qual veicula preconceitos e estigmas produzidos historicamente e vivificados através de filmes, textos ficcionais, produções midiáticas.
É urgente, então, espaços como estes, que possibilitam visualizar que precisamos crer na possibilidade de todos(as) agirem para manter a sua humanidade, independente de compleição física, de condição sócio-econômica, etnia...
Se a pessoa é para o que nasce... NÃO SEI! Mas compreendo que o que pensamos sempre se converte na essência das nossas ações. Assim, a pessoa é para o que luta!
Como bem afirma um grande amigo: esta luta primeira consiste na transformação de nossos sentimentos, crenças e atitudes perante nossos pares, perante nós próprios, descobrindo, a cada momento, que somos capazes, pela descoberta de que o outro é capaz e descobrindo que temos um grande potencial, pela descoberta e reconhecimento do potencial do outro. Potencial de amar / ser amado(a), respeitar /ser respeitado(a), produzir histórica-social-politica e economicamente um percurso no mundo!
Sabe, espaços como este blog possibilitam a reflexão, são contributivos para acionarmos o desconfiômetro acerca daquilo que aprendemos a crer.
Obrigada, então, Francisco!
Obrigada, pessoal, pela oportunidade de, através de palavras prenhes de criticidade, pensar como nos auto-criamos ao longo da nossa existência.
Um abraço,
Fabiana Tavares