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Comentários efectuados por Fabiana Tavares

  • Fabiana Tavares comentou a entrada "Matemáticos Cegos: Você conhece algum?" à 15 anos 8 meses atrás

    Olá, Francisco!

    Ao ler os textos que compartilhas conosco: “Carta de uma professora apaixonada...” e “Matemáticos cegos...” , lembrei-me de um filme que assisti há pouco: “ A Pessoa é para o que nasce”. Neste documentário, a potência de padecer nas famílias é atribuída a deficiência das protagonistas, adjetivada como “característica incomum do destino” ( como pode-se ler no site : http://www.borntobeblind.com/pt/about.php).

    É importante quando você afirma: “Pessoas cegas podem ser o que quiserem, desejarem, o que tiverem a oportunidade para serem”. Destaco, desta afirmativa, o último complemento do verbo ser, pois, oportunidades só são fornecidas quando cremos no potencial da pessoa com deficiência, esta ação conjuga a quebra de diversas barreiras atitudinais.

    Infelizmente, em muitas situações, é a família a primeira instituição em que tais barreiras são manifestadas. Na maioria das vezes, é na convivência parental que se começa a desenhar a crença no que cada pessoa pode ser. A comunidade e a escola ocupam-se de reforçar ou rarefazer este ponto de partida. E, sem dúvida, tem-se a contribuição formativa do nosso acervo cultural, o qual veicula preconceitos e estigmas produzidos historicamente e vivificados através de filmes, textos ficcionais, produções midiáticas.

    É urgente, então, espaços como estes, que possibilitam visualizar que precisamos crer na possibilidade de todos(as) agirem para manter a sua humanidade, independente de compleição física, de condição sócio-econômica, etnia...

    Se a pessoa é para o que nasce... NÃO SEI! Mas compreendo que o que pensamos sempre se converte na essência das nossas ações. Assim, a pessoa é para o que luta!

    Como bem afirma um grande amigo: esta luta primeira consiste na “transformação de nossos sentimentos, crenças e atitudes perante nossos pares, perante nós próprios, descobrindo, a cada momento, que somos capazes, pela descoberta de que o outro é capaz e descobrindo que temos um grande potencial, pela descoberta e reconhecimento do potencial do outro”. Potencial de amar / ser amado(a), respeitar /ser respeitado(a), produzir histórica-social-politica e economicamente um percurso no mundo!

    Sabe, espaços como este blog possibilitam a reflexão, são contributivos para acionarmos o “desconfiômetro” acerca daquilo que aprendemos a crer.

    Obrigada, então, Francisco!
    Obrigada, pessoal, pela oportunidade de, através de palavras prenhes de criticidade, pensar como nos auto-criamos ao longo da nossa existência.

    Um abraço,
    Fabiana Tavares