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Brasil - Acompanhante de deficiente terá desconto em passagem aérea

por Lerparaver

Anac determinou que empresas ofereçam redução de pelos menos 80% no valor. Outras medidas devem mellhorar condição dos viajantes com necessidades especiais.

Uma norma publicada no Diário Oficial da União pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) restringe o preço que as companhias aéreas podem cobrar dos acompanhantes de passageiros com necessidades especiais. Segundo informações da Agência Brasil, as empresas que exigirem a presença de um acompanhante devem oferecer um desconto de pelo menos 80% do valor da passagem.

Além da resolução sobre os acompanhantes, a Anac publicou outras normas que estabelecem assistência diferenciada por parte das companhias aéreas e da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) nesta quinta-feira (14). Os passageiros com necessidades especiais deverão ter auxílio durante todo o trajeto da viagem, desde o momento da reserva até o destino final.

As pessoas que necessitam de assistência especial deverão informar a empresa quando fizerem a reserva ou com antecedência mínima de 48 horas. Equipamento de oxigênio deverá ser solicitado no mínimo 72 horas antes do vôo.

Os passageiros que utilizam cadeira de rodas ficarão acomodados em assentos especiais, junto aos corredores, localizados nas três primeiras fileiras. Além disso, a primeira fileira deverá ser utilizada prioritariamente por crianças desacompanhadas e passageiros com cão-guia que tenha vacinação comprovada.

A Infraero e as empresas aéreas deverão criar programas de treinamento para os funcionários de terra e de bordo. Os aeroportos deverão ter balcões de atendimento adaptados com móveis compatíveis à altura e à condição física de pessoas em cadeiras de rodas e as informações devem ser fornecidas em braile para os portadores de deficiência visual e na língua brasileira de sinas (Libras) em caso de deficiência auditiva.

As medidas impostas pela Anac devem ser implementadas até dezembro deste ano. O prazo vale também para que a Infraero disponibilize, nas áreas comuns dos aeroportos, telefones adaptados a deficientes auditivos, e para que as companhias façam o mesmo nas centrais de atendimento. Os cartões de informações de emergência em braile devem ser disponibilizados em um prazo mais curto, de quatro meses.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL52342-5598,00.html

Comentários

Caros amigos, Li esta notícia, e confesso que não entendi o propósito do benefício. a informação da conta, de que o acompanhante tem um desconto considerável nas passagens aéreas e fica subentendido,que como deficiente, eu pago uma passagem completa e meu acompanhante, tem uma redução em sua condição de auxiliar. Peço desculpas se entendi errado e por favor, gostaria de uma esplicação dos amigos sobre este texto.
Muito grato,

Leo Soares

é isso mesmo os acompanhantes terão um desconto de 80 porcento e nós deficientes pagaremos a passagem integral. é que os deficientes do Brasil devem ganhar mais que o suficiente para pagar a passagem integral deve pensar os nossos governantes.

O deficiente deveria ter desconto e o acompanhante tb. Os 2 no maximo tinham q/ somar 1 passagem... Mas o deficiente neste pais tem q/ ser rico, senão...

Ao ler os textos acima fique abismado com tamanha discordância, em resumo o deficiente não tem nenhum tipo de desconto e o acompanhante pode ter até 80%. to boquiaberto que absurdo, mas gostaria de saber se há algum órgão, ONG, entidade ou alguém que discuta o assunto vamos nos unir para tentar mudar esse quadro.

Cleiton Menezes.
E-mail: cleitonjamaica@gmail.com

Caros leitores,

Lá diz o Povo: Pobres e mal agradecidos!
Absurdo? Absurdo porquè?
O que é que as pessoas com deficiência querem afinal? Querem os produtos e o dinheiro? Querem, por um lado, ser considerados cidadãos com diferenças, mas iguais, e por outro continuar a ser considerados coitadinhos? Oh, lá vai o ceguinho, o invisual, o pedinte, o etc... É isto que querem continuar a ouvir na rua?
É hora de sermos nós, pessoas com deficiência, a parar para reflectir sobre quais são os nossos direitos e os nossos deveres! De outro modo não podemos pedir à sociedade que mude mentalidades!

Será que é preciso tirar um doutoramento ou ser jurista para perceber que as pessoas com deficiência são, tal como as pessoas ditas normais, cidadãos normais? Que são consumidores? Que estão a utilizar um serviço pago, e logo tem que o pagar?

Qual a dificuldade para entender que o desconto é para o acompanhante porque essa pessoa está a evitar que a empresa em causa tenha de dispensar um funcionário para acompanhar a pessoa com deficiência?

Em vez de se preocuparem com outras questões menos esplícitas constantes na comunicação, levantam este tipo de reivindicações inconsequentes, que têm um peso enorme para a imagem das pessoas com deficiência visual?

Tenham dó! como dizem os Brasileiros!

Cumprimentos
NSousa

Olá meu caro!

Como vc pode fazer um comentário tão infeliz como esse?
Fala para mim, como as pessoas com deficiência vão viajar de avião sem ter discontos, se os salários nem sempre são iguais?
As vezes, pessoas com deficiência tem as mesmas qualidades que uma pessoa sem nenhum problema e, a valorisação no mercado de trabalho nem sempre é igual.

É claro que queremos ser tratados iguais e não precisar desses benificios, mas as vezes esse é o meio que temos para realisar algumas atividades.

Por isso, acho que seu comentário foi sem lógica, ridículo e impróprio.
Se vc precisasse desses benificios, não comentaria dessa maneira.

Abraços!!!

Caro Wellington

Por acaso o facto de o acompanhante já beneficiar de um desconto, não é um benefício?
Se o seu argumento é o salário que as pessoas com deficiência recebem, então coloquemos as coisas taco a taco:
Como é que as outras pessoas que recebem o salário mínimo, ou mesmo as que não recebem nenhum, andam de avião?

Haja bom senso!

Cumprimentos
NSousa

Olá!

Mais uma vez, um comentário sem lógica...
Se é um beneficio, deveria ser um beneficio. E não um beneficio escluindo uns ou outros.
Afirmo: vc não deve precisar de benefícios, pois faz uns comentários sem um pingo de consideração a quem precisa.

esse salário que vc falou (mínimo), as vezes não é uma questão de despreparo, mas de injustissa com as qualidades do deficiente.
Não sei de onde vc é, mas se mora no brasil sabe que o que falo é verdade.
Ou se não sabe, não é nem um pingo atualisado com a nossa realidade.

Abraços!!!

Em princípio, tendo a concordar com o Norberto. Benefícios são muito justos quando se destinam a reparar desigualdades. É forma de fortalecer o fraco que, de outro modo, não poderia crescer. Então, vejamos: é justo que um cego não pague a passagem do ônibus? Se não estiver empregado, em minha opinião, é inteiramente justo. Mas como dizer isso se outros desempregados não têm o mesmo direito? Sim, é verdade, mas a aparente inconsistência se dissolve quando consideramos que muitos deficientes não conseguem locomover-se de outro modo e, assim, seria quase como subtrair-lhes o direito de ir e vir. A seguridade precisa conferir-lhe este benefício para que possa lutar por uma condição melhor.
E será que é justo que cegos tenham vaga reservada em concursos públicos? Novamente, penso que este benefício é justo. As condições de prova, em geral, são muito piores. Se não lhes dermos este direito, a despeito de seu preparo, poderão ser eliminados por processos injustos. Sei que o motivo da reserva não é apenas este. Também é reserva de vagas. Não gosto da reserva de vagas, deficientes deveriam ser iguais. Mas o fato é que não são e, por isso, enquanto o mercado e o próprio deficiente não amadurecem, um benefício há que ser dado.
O que quero dizer com isso é que benefícios são justos desde que invocados para restituir a igualdade a quem deveria ser igual. Agora, pergunta-me: sou favorável que deficientes tenham benefício em passagens aéreas? Se for dito assim, de forma crua, direi que sou inteiramente contra. Se não atrelarmos esta viagem a nenhum motivo justo, então, é uma comodidade e não se invocam benefícios para dar comodidade a quem quer que seja. Do contrário, estaríamos a defender que cegos tivessem o direito de freqüentar gratuitamente restaurantes de luxo, a passear de táxi gratuitamente, a adquirir instrumentos musicais importados sem custo, etc. Se não vinculada a um motivo justo, a gratuidade de passagens aéreas para cegos é imoral. Não há milagre. Se há um benefício, há também uma fonte de financiamento. Todos os freqüentadores habituais dos vôos terão um acréscimo no preço de suas passagens para financiar cegos que voam gratuitamente. Então, vejamos: "Gostaria de perguntar a todos vocês que estão neste vôo, se concordam em financiar a passagem deste rapaz cego". "Oh! Creio que sim. É um pobre rapaz. Não gostaria de estar em seu lugar". "Mas veja minha senhora. O rapaz voa toda a semana para jogar uma partida de futebol com os amigos. Visto que não paga nada, utiliza-se do serviço com muito mais freqüência do que qualquer outro". É claro que estamos a falar em desconto e não gratuidade, mas o raciocínio é exatamente o mesmo.
Todavia, há motivos justos. Será que não é razoável que um cego possa voar gratuitamente para submeter-se a um procedimento médico que não existe em sua cidade? Como posso dizer que isto não seja justo? A saúde pública deveria estar em toda a parte inclusive na cidade de nossa personagem hipotética. Por isso, se o Estado não foi capaz de dar-lhe a saúde em sua cidade, deve levá-lo a qualquer canto onde esta possa ser encontrada.
Muitos cegos ganham salário-mínimo e não gostaria que as coisas fossem deste modo. Há muito preconceito, há muita desvalorização do trabalho do deficiente, mas também é fato de que temos muitos deficientes inteiramente despreparados. Uma associação de que participei oferecia diversos cursos. Havia um grande esforço para que as vagas fossem preenchidas e para que os financiamentos não fossem cortados. A despeito do desemprego maciço daquele público, não víamos muitos cegos a candidatar-se. Ficavam a gritar palavras de ordem, a reivindicar este ou aquele benefício, mas recusavam-se a sentar na sala de aula. Quando apareciam as oportunidades, sim, anunciávamos o tempo inteiro, a esmagadora maioria se encolhia porque não tinha preparo.
É certo que havia um outro público que não sabia andar só, que não tinha qualquer independência e que não tinha a oportunidad de freqüentar os cursos. Lamento muito que isto ocorresse. As oportunidades deveriam ser-lhes generosas também, mas isto não sucedia. Sim, Wellington, havia quem realmente não pudesse, mas a maioria podia e ficava apenas a reclamar e a pedir benefícios.
Havia um bom número de voluntários que se perguntava porque pessoas tão frágeis ao ponto de necessitar de benefícios, não freqüentavam os cursos e concluíam que não mereciam o emprego, que não se esforçavam o suficiente e que os benefícios não foram feitos para financiar a falta de motivação alheia. Ponderavam que os deficientes discursavam uma coisa e agiam de outro modo. Por vezes, ouvi-os mencionar palavras rudes em relação às pessoas deficientes, muitos eram empregadores e após conhecer cegos um pouco mais de perto, não se propunham a dar-lhes um emprego. Aquele que não sabe pedir a coisa justa, acaba por não ter o seu quinhão mesmo quando merece.
Nem todos os cegos são deste modo. Na verdade, creio que a maioria não o é. Dei apenas um exemplo de coisas que me ficaram gravadas no passado. Não quer dizer nada. É um exemplo não edificante, mas do mesmo modo como há cegos de talento e esforço formidáveis, há aqueles que não têm nem uma coisa, nem outra. Pudera, são seres humanos feitos da mesma matéria frágil do ordinário de toda a raça humana.
De certo, gostaria de viajar para toda a parte sem ter de despender tão altas somas. Como estas não estão ao meu alcance, acabo por não utilizar o transporte aéreo quando não estou a trabalho. Também eu gosto da comodidade. Sejamos sinceros. Comodidade é realmente muito bom. Mas a despeito disso, não depreendo quais seriam os motivos justos que me permitiriam defender com veemência a gratuidade ou o desconto de passagens aéreas para pessoas portadoras de deficiência. É claro que posso estar errado e, neste caso, Wellington, agradecerei que aponte as falhas de meu raciocínio, pois sempre devemos estar agradecidos a todos aqueles que, aperfeiçoando os nossos pontos de vista, tornam-nos maiores.

Olá meu querido,

Olhando por esse lado, que pessoas abusam do direito, é verdade... concordo com vc, há muita gente que iria viajar a torto e a direito!
Mas, olha só, igual vc momentou na questão da saúde, não seria viável disponibilisar uma passagem para um deficiente que precisa fazer um exame?
ou, já que é um beneficil, disponibilisar uma passagem por ano ida e volta, com o deficiente comprovando que ele não pode pagar.
São fatos e fatos, mas acho que em alguns casos poderia ser liberada a passagem e em outros não.

O que não dá para entender, é como uma pessoa pode criticar um beneficil sem pensar que outras pessoas podem necessitar dele.

Meu amigo, gostei do seu comentário.
Pesso que comente sempre que achar que falei bobagem ou que não concorda com minha opinião.

Abraços do WELL!!!

Não, não falou bobagem. Creio que externou um ponto de vista parcial e apaixonado. Mas isto sucede freqüentemente quando não estamos verdadeiramente a defender uma tese,mas nós mesmos. Somos cegos e, às vezes, a imperfeição humana dificulta que nos distanciemos da questão para ter um ponto de vista imparcial. Há duas questões fundamentais: a justiça e a viabilidade. É tão justo que um cego necessitado seja amparado pelo Estado, quanto o seria para qualquer outro. E assim, recursos devem ser fartos ou escassos igualmente para qualquer um dos dois. Não conseguimos concluir facilmente que cegos mereçam mais do que quaisquer outros a gratuidade das passagens aéreas, por isso, devemos enfatizar a necessidade e não a cegueira. Diremos que é justo que um cego viaje para tratar-se de avião. Diremos que é justo que uma criança viaje para tratar-se de avião. Mas a pirâmide social mostra-nos que o número de necessitados é bem maior do que o número de aquinhoados pela boa sorte. Então, já sabemos que não atenderemos a todos. E se os recursos são escassos, devem ser distribuídos de modo que o menor gasto possível per capta, proporcione o maior resultado possível sobre suas vidas. Ora, passagens aéreas são muito caras. Se o Tesouro pode gastar a mesma quantia com a aquisição de muitas caixas de remédio, provavelmente achará que é razoável escolher pela alternativa que beneficie a maioria. Como podemos criticar esta escolha? Não estamos a defender benefícios para os necessitados? Então, concordaremos que o benefício acima referido é muito mais generoso do que as passagens aéreas. Visto que o Poder Público deve permanecer equidistante de seus administrados, pensará em proteger o maior número de vidas possível e, portanto, preferirá a aquisição de remédios à concessão de passagens aéreas. Mas não deveria manter os dois programas e tanto adquirir remédios quanto passagens aéreas? Por este raciocínio, sempre que deixar de comprar remédio para adquirir passagens, terá tratado este passageiro como especial, ferindo a premissa de igualdade entre os seus beneficiados. Talvez privilegiasse a vida de alguns poucos em detrimento de muitos que seriam salvos pelos remédios. Estando em igual condição, acometidos de grave moléstia, não é justo que a alguns seja dado avião e a outros avião e remédio. Justiça não basta quando não é viável.

Olá, sê há leis tanto, municipal, estadual e , federal qto ao direito do portador de necessidade especial...no diz respeito a gratuidade na passagem seja, em ônibus comuns (coletivos urbanos: municipal e intermunicipal) ou no interestaduais ...não consigo entender o por que n tenho o PASSE Livre aéreo e, sim nos condicionam a um desconto e, diga d passagem desconto q n me beneficia em nada...e, + ainda desconto q beneficia ao auxiliar do deficiente ...penso q da mesma forma que o passe livre é aplicado nos municipios , região e fora dela ...deve ser aplicada nos transportes aéreos ou seja, fazer vale r o passe livre tanto ao portador de necessidade especial como p seu auxiliar . Gildo Andrade - deficiência visual.

Concordo inteiramente com a opinião de Luís Medina a quem felicito pelo excelente trecho aqui oferecido. A clareza das suas palavras dispensa outros comentários. Ainda assim, gostaria de deixar um breve testemunho sobre a importância da medida aqui em apreço. Com efeito, já por duas vezes tive que me deslocar a Londres para ser submetido a operações que me proporcionem a salvaguarda de uma pequena réstia de visão que ainda conservo. Foram grandes as dificuldades económicas que tive de enfrentar quer com o preço das intervenções cirúrgicas e estadia quer com as despesas de viagem para mim e para um acompanhante. Se existisse no meu País uma medida de apoio social semelhante à que vem sendo discutida – pagamento da viagem aérea do acompanhante – tudo teria sido um pouco mais fácil para mim. Na verdade, não é fácil encontrar alguém disponível para nos acompanhar, alterando a sua vida com todos os inconvenientes que tal situação acarreta e tendo ainda que pagar, a expensas suas, a despesa das viagens. O pagamento integral ou substancialmente comparticipado das despesas em viagem aérea a pessoas deficientes é uma medida de grande alcance social que a estes muito beneficia. É a eles que tal apoio se destina e a mais ninguém.
Cumprimentos
Manuel

Preclaro colega,
Me parece ser um jurista, tive esta impressão ao analisar seu comentário.
Pois bem, seu comentário tem momentos felizes, e momentos infelizes. Concordo em partes e discordo em outras.
Vejamos então. Será que os deficientes tem a mesma oportunidade que os NORMAIS ? Acredito eu que não, nobre colega, a algum tempo atrás, quando eu não era deficiente, poderia acreditar que eram iguais, ou melhor, acreditava que era mais fácil pra eles que pra nós NORMAIS, mas hoje eu não sou mais NORMAL, hoje eu sou deficiente, hoje eu utilizo uma cadeira de rodas. Sabe o que eu aprendi com isso? Aprendi, que as diferenças não estão na vontade, claro que existem pessoas que extrapolam, que se destacam, mas a grande maioria meu amigo comentarista, a grande maioria, nem de casa sai.
As diferenças estão no físico, estão no intelecto, estão nas pernas, estão na visão, estão na perda dos sentidos. Nós deficientes somos mais sensíveis, somos mais frágeis, somos menos independentes, não digo a respeito do financeiro, porque deficiência não é sinônimo de pobreza, mas é sinônimo de dependência. Dependemos sim, dependemos dos NORMAIS, precisamos de vagas em concurso, de vagas especiais para estacionar, de cadeiras especiais nos cinemas, de poltronas diferenciadas nos aviões.
A CF tem um princípio chamado ISONOMIA - "TRATAR OS IGUAIS DE MANEIRA IGUAL E OS DESIGUAIS DE MANEIRA DESIGUAL NA MEDIDA DE SUA DESIGUALDADE"
Os deficientes já sofrem tanto com seus próprios problemas, mas não são coitados, são pessoas com deficiência. Eu tinha uma vida normal, tinha 24 anos, tinha namorada, tinha carro, tinha dinheiro, não precisava de ninguém, eu não precisava de ninguém, tinha tudo que precisava e até mais que precisava. Mas EU, estacionava nas vagas de deficiente. O tudo que eu achava que tinha, na verdade não era nada, perdi simplesmente os movimentos do peito para baixo, sabe o que isto me tirou? Isto me tirou a independência, não me tirou o carro, porque comprei outro, não me tirou a namorada, ou melhor, até tirou, mas logo ela voltou, não me tirou o dinheiro, mas me tirou a independência. Tive ajudar pra tomar banho meu nobre colega, ajuda pra evacuar, ajuda pra urinar, isso sem falar que quando precisava ir ao hospital tinha que chamar a ambulância porque eu não conseguia entrar no carro.
Isso pra uma pessoa que tem instrução, que tem condição financeira relativamente boa, já não é uma situação fácil. Imagine quando você não tem. Imagine se eu não tivesse condição de comprar uma cadeira. Sabe quanto custa uma cadeira de rodas? Em torno de R$ 4.000,00. Imagine a pessoa deitada numa cama, dia após dia, porque não tem uma cadeira de rodas. Imagine então que essa pessoa tenha uma cadeira de rodas, mas não tenha carro. Na sua cidade existe transporte adaptado? Quantos? Moro em Goiânia, e aqui todos os transportes públicos de passageiros são adaptados, mas tente andar neles. Eu tentei, mas não consegui, ou melhor, até consegui, mas tiveram que descer pelo menos quatro passageiros pra me ajudar a subir, e o ônibus é adaptado.
O que quero dizer é que pra diminuir a diferença, mesmo com gratuidade, mesmo com integração, é complicado. Sem isso meu amigo, é impossível.
Não estou advogando em causa própria, porque para mim o desconto de 80% para acompanhante está ótimo, já que sempre viajo com a namorada, pago somente 20% da passagem. O fato é que deveria sim existir um desconto, para viagens, e no caso de comprovada necessidade, deveria haver a gratuidade. Mas vivemos em uma sociedade capitalista e acredito que jamais chegaremos a um ideal de justiça, seja neste ou em outros países.
Marcos Moreira

GOSTARIA DE SABER PORQUE NÓS QUE SOMOS DEFICIENTES QUE TEMOS CARTEIRAS APRESENTADAS EM AEROPORTOS NAO TEM DIREITOS A DESCONTOS DE PASSAGENS , POIS CADA ESTADO TEM SUA CARTEIRA QUE DAR DIREITO A DESCONTOS EM PASSAGENS AEREAS E LIVRE ACESSO NOS ONIBUS , PORQUE NAO TEMOS ESSE DIREITO DESSE DESCONTO DE PASSAGENS AEREA. MANDE PARA MIM POR IMAIL, A RESPOSTA , EMU IMAIL É SEVERINOGC@HOTMAIL.COM, AGUARDO RESPOSTA MAIS BREVE POSSIVEL, DA LEI QUE DAR DIREITO AOS DEFICIENTES QUE POSSUI EM SEU ESTADO O DIREITO DE LIVRE ACESSO OU DESCONTO EM PASSAGEM AEREAS OK .

porque eu pago passagem nacionais e internacionais? se sou especial e tenho condição de viajar sozinho ?-----------------------------------------------

Ewerton,

É justo que acompanhantes tenham desconto? Se a companhia aérea não designar um funcionário, sim é justo. Se a companhia tem a obrigação de prestar a devida assistência a deficientes e não o presta, é justo que seja onerada com um desconto ao acompanhante, sim, é justo. O desconto aos acompanhantes é menos um benefício ao deficiente e mais um tributo para a companhia que optou em não prover ela própria acompanhante durante a viagem.

Se entendêssemos o desconto como benefício, encontraríamos alguns obstáculos lógicos de difícil justificativa. Por que deficientes precisam de acompanhantes e outras pessoas não? Porque possuem dificuldade de locomoção diferentemente de outros indivíduos. Por que os acompanhantes dos deficientes necessitam de desconto e os acompanhantes de outros indivíduos não? Porque deficientes têm maior carência financeira? Esta justificativa é inadequada. Se falássemos de carência financeira, estaríamos a falar de fornecimento de leite, de Bolsa Família, de quaisquer medidas que beneficiassem um público carente. Se você viaja de avião, supõe-se que necessite de hotel, de restaurantes e de uma porção de gastos que o desqualificam como pessoa carente. Em outro comentário, denominado "O preço de não pagar nada" ponderei porque não suponho que deficientes sejam mais merecedores de passagens aéreas subsidiadas do que quaisquer outros indivíduos. E em "Justiça e viabilidade", argumento que por vezes, a justiça de um benefício tem de aguardar a viabilidade para que classes de indivíduos iguais não sejam tratadas de forma diferente.

Ah! Mas um deficiente pode estar a viajar de avião porque necessita fazer uma cirurgia. Se o motivo da edição da lei fosse esse, então, estaríamos a discorrer longamente sobre a forma de comprovação de renda, de apresentação de atestados médicos, de agendamentos de cirurgias... Não poderíamos admitir que outros deficientes, a passeio, subtraíssem recursos necessários ao custeio das passagens de deficientes que viajam angustiados para tratar da saúde.

Deficientes são pessoas especiais? Sim, mas apenas quando qualquer condição diferenciada for devida pelo especial motivo de sua deficiência. Não podemos requerer descontos no supermercado, pois outros indivíduos têm estômagos igualmente exigentes. Não podemos ir gratuitamente a um concerto de Rock porque não há motivos para que nos divirtamos mais do que outros indivíduos. Há poucos, realmente poucos motivos para benefícios genuínos. Contudo, sempre que estes motivos genuínos aparecerem, é lícito, é moral, é justo que os requisitemos. Sempre que nos manifestamos a favor de benefícios incoerentes, pagamos o preço de perder credibilidade. Quem pede a todo o momento, não é ouvido quando tem razão.

Gostaria de ver o mesmo entusiasmo para solicitar mais livros nas bibliotecas Braille. Mas, em geral, elas estão vazias. Há algum tempo, li sobre a possibilidade de que uma delas fosse desativada por falta de leitores. Quando temos tantos cegos desempregados, supomos que a procura por livros possa aumentar, mas infelizmente, a maioria continua a apostar na sorte ou na indicação de um amigo bem relacionado. O grande ciclo vicioso é que, quem não estudou, em geral, não é capaz de valorizar o estudo. Ao contrário, prefere chamar a atenção para outros aspectos em que tenha demonstrado êxito em sua vida. Não, não digo que estudar seja o único caminho, mas tenho observado que é o caminho mais seguro.

Mas se estamos o tempo inteiro a requerer passagens aéreas, quando não temos livros nas bibliotecas, então, seremos tratados como pessoas incoerentes que não pensam em um meio para crescer, mas tão-somente em um conforto material subsidiado. E se vendermos esta espécie de credibilidade, então, é bastante provável que não tenhamos êxito em nossos pleitos. Talvez, haja quem diga: “Ora, ora, o Luís parece que torce contra!” Não, definitivamente não. Entretanto, gostaria que tão-somente os pedidos coerentes, bem ponderados fossem feitos, pois assim, teríamos maior chance de que as verdadeiras e grandes causas das pessoas deficientes fossem atendidas.

Certo dia, um colega disse-me: “Como sabe, participo de um grupo de discussão voltado para o público de pessoas cegas. É incrível! Como escrevem mal. Sim, é verdade que o brasileiro, de modo geral, escreve mal. Mas o que vi é estarrecedor! Os erros de grafia chegam ao absurdo. Não poderia ser de outro modo. Se o pouco que lêem é por meio de leitores de tela, se esqueceram o Braille e se não possuem o costume de consultar dicionários, então, não poderiam escrever de outro modo”. E mal sabem os que assim procedem que a escrita é instrumento de poder. Se somos aptos a escrever um texto correto, passamos a imagem primeira de pessoa cuidadosa, observadora e inteligente. Se, ao contrário, escrevemos mal, passamos a imagem de pessoa relaxada e nossas idéias são tidas menos em conta do que o seriam se tivéssemos escrito um texto adequado.

Não lhes digo isso para que cessem de escrever ou para que fiquem magoados comigo. Na verdade, esta reflexão nasceu da leitura de mensagens de um grupo e não me refiro a ninguém que tenha comentado neste tópico. Tenho a preocupação de que todos aqui tenham o seu emprego, escrevam bem ou mal. Também não quero ler apenas textos incrivelmente bem acabados. Não estamos na Academia Brasileira de Letras. Na verdade, apenas digo isso, porque sei que a má escrita é, para muitos cegos, sem que o saibam, motivo de exclusão, de imagem prejudicada e, portanto, pessoas mais passíveis a não progredir no emprego e na vida. Além disso, creio que se abrisse um tópico sobre esse assunto, a maioria o descartaria pelo título. Tenho de correr o risco de ser mal entendido. O que desejo é despertar indivíduos para uma realidade que, dita ou não, faz parte da vida. Bem melhor é que se fale sobre ela e que possamos mudá-la. Mas se continuaremos a pedir benefícios com o espírito “se colar, colou”, então, não podemos esperar que nos levem a sério. Creio que precisamos menos de benefícios e mais de atitude. Comentei um texto que revela minha doutrina. Está em http://www.lerparaver.com/braille_paixao. O título do comentário é “Atitude”. Não espero que muita gente comente este texto. Sempre que abordo o tema da responsabilidade individual e da atitude, o texto faz pouco sucesso. Disso é exemplo, o primeiro texto que publiquei no Ler para ver que jamais foi comentado: http://www.lerparaver.com/node/8262.

Gostaria de saber se você é deficiente, pois o que você escreve pode ser útil pra você, mas não sei se será pra muitos

Pior cego é aquele que prefere não enxergar a realidade. Mas, como em terra de cego quem tem um olho e enxerga com ele é rei, prossiga com seus olhos bem abertos. A realidade das filas do SUS com nossos idosos nesse país de "chinfrins", e dos nossos tão maltratados deficientes e dependentes são mostra da deficiência de cada um de nós. Torça e faça por onde não ter um dia que ser tratado como deficiente, idoso numa emergência de um hospital público, ou mesmo lançado à sorte num "bandejão da rosinha" desse país que julgas ser tão maravilhoso quanto parece.
Acorde para a realidade. Procure ver, não fique apenas lendo o que querem que você veja.
Abraços
Jairo Picolli

Querido amigo,creio que vc viaja porque suas reais condições o permitem,financeiramente falando, agora eu acho um ultraje vc se opor o que é de direito.E parabens,se vc consegue fazer tudo sozinho, existem muitos irmãos que não tem esse previlegio.

me encontro na situação de q uma amiga (deficiente visual)me convidou para viajar com ela para um seminario de educação para P.D. e so agora q sei a situação dos cegos no brasil!...é absurdo q o acompanhante tenha o privilegio e não a pessoa q logicamente é merecedora , isto é claro, se a ideia é beneficiar a alguem !!!!...poxa , sou extrangeiro e moro aqui a 7 anos , e a cada dia me sorprendo mais com a atrocidades do sistema de governo do pais mais grande do mundo!

é simples vc paga a inteira e deixa os 80% pra sua amiga é só fazer a troca questao de pensar

Parece brincadeira de mau gosto , mais não é . Simples so pensar que o defeciente fisico ou outro , tem que faser uma viagem as agencias e o governo não sedem este desconto ao portador de defeciecia e sim para lotar o aviao com um acompanhante, assim no meu ponto de vista as empresas aereas vao lucrar muito mais, pois nao querem ser responsavel pelo defeciente obriga o mesmo a levar um acompanhante. GOVERNANTES DO BRASIL , poderiam seder este descomto de 80% ao portator de defeciencia fisica e pelo menos 50% para um acompanhante, dando direito as empresas descontar isto no seus empostos de renda . seria muito mais lucrativo tanto para as empresas aereas como para defeciente fisico e seu acompanhante .Todos ficariam felizes e contentes .
POR FAVOR REVEJAM ESTE CONSEITO URGENTE.