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Cegos inseridos no mundo virtual

por Lorena

Cegos inseridos no mundo virtual
Através de software falado estudantes utilizam o computador como meio de ampliar conhecimentos

O projeto de informática para cegos é uma oficina que ocorre na sala de recursos multifuncionais da Escola Estadual Wolmar Salton. A sala é um espaço com um professor especializado que atende qualquer tipo de deficiência, onde há uma sala específica para o público cego, com equipamentos especiais como impressora braile, máquina de datilografia em braile e computadores.

Os equipamentos foram financiados por um projeto para a Justiça Federal da Vara Criminal com o objetivo de os alunos com deficiência visual aprenderem a utilizar o computador e suas ferramentas e poder aplicar no uso na sala de aula, facilitando dessa forma a construção do seu conhecimento e no acompanhamento das aulas com o grupo. “O aluno tem a oportunidade de utilizar o computador na sala de aula para fazer a leitura dos trabalhos. Assim ele consegue acompanhar todas as disciplinas por meio de texto acessível que é software falado”, conta Loreni Lucas dos santos, professora especialista na área.

O software falado é um programa de computador que faz a leitura da tela, dos aplicativos e de todas as funções, ele é um grande instrumento para as pessoas com deficiência visual, que podem ouvir os caminhos em que estão na tela do computador. “Ele é fundamental, ajuda o cego em tarefas onde teria limitação. Eu tenho baixa visão, mas eu utilizo também o leitor de tela”, comenta Fábio Luis Zanetti, professor da oficina.

Atualmente sete alunos da cidade e da região participam da oficina, como Roger Lash. “No inicio não foi tão difícil aqui porque eu já tinha uma noção. O programa ajuda até baixar músicas, filmes e ler textos”, afirma o garoto de apenas 13 anos.

Outro recurso disponível é a lupa eletrônica, que amplia e reproduz na tela da TV textos e imagens de uma folha de papel, utilizada para alunos que tem baixa visão. “Os livros em braile, os materiais, os professores, todo este conjunto de oportunidades me ajudou muito”, conta Rafaela Vargas Fausto Resende, 17 anos.

Conforme os professores, todas as ferramentas são importantes para a educação inclusiva e a sala de recursos da Escola Wolmar Salton se destaca por oferecer esse serviço a professores que podem dar um suporte maior aos alunos cegos ou com visão parcial, garantindo seu direito, unindo conhecimento e novas tecnologias.

Fonte: Redação Passo Fundo