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Brasil: Cirurgia no Hospital de Marabá salva criança de cegueira

por Norberto Sousa

A pequena Isadora Conceição Alves nasceu prematura, após 29 semanas de gestação, pesando apenas 1,050 kg e com um problema grave ao qual os bebês prematuros estão suscetíveis: a retinopatia de prematuridade, que pode causar cegueira irreversível. Os pais de Isadora, que moram no município de São Félix do Xingu, no sul do Pará, procuraram formas de salvar a saúde da filha e conseguiram que a criança fosse encaminhada, via central de regulação, para o Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso (HRSP), sob gestão da Pró-Saúde ABASH, em Marabá, onde essa história teve um final feliz: a criança foi operada e está com a visão perfeita.

Isadora teve suas retinas submetidas ao procedimento denominado de fotocoagulação a laser. O procedimento é feito na periferia retiniana avascular, segundo explica o oftalmologista Murilo Miranda, especialista em retina que realizou a cirurgia. A cauterização dessa área cessa a produção de fatores angiogênicos, que estimulam a produção de neovasos anormais e patológicos. É o médico quem explica que bebês prematuros estão suscetíveis à doença, em que vasos sanguíneos anormais surgem na periferia da retina, causando hemorragia vítrea e deslocamento da retina, com possibilidade de evolução para uma cegueira irreversível.

O cirurgião esclareceu, também, que se trata de um procedimento de alta complexidade, realizado apenas em centros avançados de oftalmologia, com profissional especializado em retina e treinado para tal procedimento. “A satisfação é enorme de poder contribuir para que esta criança possa ser uma criança com capacidade de ler e brincar e um adulto produtivo e capaz de interagir intensamente com o mundo”, festejou Miranda.

Os pais de Isadora, João Marcos dos Santos Alves e Geane dos Santos Conceição, registraram em uma carta de agradecimento dirigida aos profissionais do HRSP, a felicidade pelo resultado da cirurgia e pela forma como Isadora foi tratada. “Quando fiquei sabendo que minha filha ia ser operada fiquei muito triste e apreensiva, por ser tão pequena. Mas o dr. Murilo me passou uma confiança imensa e após a nossa conversa fiquei mais tranquila”, declarou Geane, na carta enviada ao hospital. Ela destacou que a equipe coordenada pelo oftalmologista atuou com “competência, profissionalismo, atenção e carinho”.

Fonte:
http://www.agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=65395