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Verdadeiro Olhar - blog de Sérgio Gonçalves

Empregabilidade: Mais oportunidades para estudantes com deficiência

por Sérgio Gonçalves

Projecto visa criar bolsas de emprego nas universidades

Empregabilidade: Mais oportunidades para estudantes com deficiência Por Renata Silva

Marcadores: Deficiência , Emprego , Ensino superior , FLUP , UP

O mundo do trabalho fecha, por desconhecimento, muitas portas a pessoas com deficiência. Projecto em cooperação com as universidades portuguesas procura dar oportunidades a licenciados e não-licenciados com determinados perfis.

Nos dias de hoje são muitos os licenciados com deficiência que saem das universidades portuguesas à procura de trabalho. Muitas vezes não o encontram.

A falta de oportunidades dada a "resistência por parte das entidades empregadoras que desconhecem as problemáticas" é um dos obstáculos, destaca Alice Ribeiro, do Serviço de Apoio ao Estudante com Deficiência (SAED) da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP). "Temos visto essa dificuldade por parte dos nossos licenciados", salienta.

Dar oportunidades é precisamente o objectivo do novo projecto da Operação de Emprego para pessoas com Deficiência (OED) e do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), as duas grandes instâncias de apoio ao emprego da pessoa com deficiência. A iniciativa, destinada a licenciados e não licenciados portadores de deficiência, pretende criar bolsas de candidatura de emprego nas universidades portuguesas.

Alice Ribeiro explica que o projecto surge da necessidade de "perfis muitos específicos" por parte de algumas empresas. O papel das universidades existe de modo "a experimentar algum tipo de colaboração entre o IEFP e a OED, no sentido de completar uma bolsa de candidatos com perfis mais diferenciados", acrescenta. Até porque, muitas vezes, as pessoas com deficiência deparam-se com obstáculo no próprio percurso de formação.

Romper com a tradição Da parte da OED, já há algum feedback em relação às candidaturas. "Já temos algumas candidaturas", revela Célia Fernandes, coordenadora da única empresa que faz a ligação entre as pessoas com deficiência e as entidades empregadoras. "Pelo menos que se consiga abrir portas de algumas das empresas para integrar alguns licenciados", espera a responsável.

A ideia do projecto é também desmistificar a imagem de que uma pessoa com deficiência tem pouca formação, querendo dizer que "há pessoas que conseguiram romper com essa tradição", explica. "Há uma maior qualificação e estão a formar-se pessoas mais competitivas", defende Célia Fernandes.

Ao IEFP compete criar protocolos com as empresas para criar oportunidades para as pessoas com deficiência.

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Comentários

Eu tive a sorte de encontrar um emprego que veio ao encontro das minhas expectativas e da minha formação. Mas há muitas pessoas deficientes visuais que não conseguiram isso. Felizmente, a "subcidiodependência" e a ideia de que ser-se cego era sinónimo de se conseguir uma cunhazita para se entrar mais facilmente numa faculdade ou em alguma outra estrutura onde se pretendesse entrar, mesmo que se não fosse merecedor desse privilégio, a não ser pelo facto de se ser deficiente, felizmente, repito, essa forma de pensar é cada vez mais rara entre os deficientes.

É preciso mais educação, também para nós! É preciso mais emprego, também para nós! São precisas mais oportunidades, também para nós!

Porém, NÓS, os deficientes visuais, também precisamos de ter cada vez mais vontade, cada vez mais a ideia de que, se para os outros as coisas são difíceis, para nós _ deficientes visuais e qualquer outro tipo de deficientes _ as coisas são ainda mais complicadas; isso não é culpa do governo, nem das empresas, nem de Deus. Aliás, nem é culpa de ninguém. O que acontece é que as coisas são como são e cada um de nós, deficiente ou não, tem de ser forte, competente e corajoso até mais não poder.

Obrigado Sérgio, pelos conteodos de tão grande interesse que nos tem oferecido. Um abraço, Jorge.

Jorge Teixeira

Sérgio Gonçalves
Viva Jorge, concordo totalmente com o que acaba de dizer.
É que numa grande maioria dos seres humanos, deficientes ou não, pensam sempre que são as pessoas mais infelises do mundo, tudo o que possa haver de negativo só lhes acontece a eles, e para os outros acham sempre que teem a maior sorte do mundo.
Esta forma de estar e de pensar não tem nada com o facto de se ser deficiente ou não, mas com posturas negativistas que o ser humano em grande percentagem tem.
Abraços, e felicidades para si.

Sérgio Gonçalves

Ana RochaBom dia sérgio, eu gostava de saber como nós pessoas com deficiência nos podemos candidatar a essas bolsas? eu estou no último ano do curso de estatística aplicada com mainor em informática e esse projecto ia-me ajudar muito, visto que eu luto a anos para conseguir ajudas técnicas pela segurança social para um portatil e uma linha braille mais importante a linha braille portátil...
beijos Ana
mail: alanarocha@sapo.pt

Ana Rocha