O que é que sabe sobre Cães Guia para Cegos?
Desde 1998 que a existência de Cães Guia para Cegos passou a ser uma realidade concreta em Portugal, deixando definitivamente o nosso País de deter o exclusivo de ser o único na União Europeia a não possuir esta ajuda técnica.
Iniciado o trajecto pela Escola Beira Aguieira, em Mortágua, através de uma iniciativa comunitária Programa Emprego / Adapt -Eixo Horizon, tem hoje a ABAADV- Associação Beira Aguieira de Apoio ao Deficiente Visual - umas modernas instalações situadas neste Concelho que a tem apoiado e acarinhado, no seu trajecto de ajudar e servir a Comunidade Deficiente Visual de todo o País.
Composta por uma decidida e competente equipa de trabalho que, com rigor e profissionalismo procura atingir os mais elevados índices qualitativos, é hoje a ABAADV uma Instituição Particular de Solidariedade Social, apoiada pela Segurança Social, por diversas Câmaras Municipais com particular realce para a C. M. de Mortágua, pelas empresas e por algumas dezenas de sócios apoiantes, que têm permitido o suporte financeiro necessário para assegurar um dos pilares básicos da filosofia da Associação - a entrega gratuita do Cão Guia ao Cego que dele se vai utilizar enquanto Ajuda técnica.
Com o objectivo - de proporcionar um melhor entendimento e percepção da importância da ajuda de todos, tentar-se-á numa série de artigos, dos quais este constitui o primeiro, transmitir e dar a conhecer o tipo de trabalho, a sua especificidade e alto nível de profissionalismo, os custos e, de uma forma geral, toda a actividade da ABAADV.
NOÇÕES GERAIS
Raça utilizada: Retriever do Labrador
Início do Trabalho Técnico com o cão: Pós parto e até às 12 semanas na Escola, após o que e até aos 12 meses permanece em Família de Acolhimento, à qual é fornecido todo o apoio e formação técnica além de ser também da responsabilidade da Escola a assistência veterinária e fornecimento da alimentação.
Após completar o primeiro ano de idade e se for considerado apto, o animal inicia na Escola a sua Educação específica que dura 10 a 12 meses, ficando capaz de ser seleccionado para, em consonância com a avaliação e selecção realizadas aos candidatos constituir e estabelecer uma Dupla Cego / Cão Guia compatível, profícua e competente.
Número de cães em acolhimento: 28
Número de cães em formação: 10
Número de duplas formadas: 9
Número de candidatos em lista de espera: 72
Composição da Equipa de Trabalho:
Gestor/ Médico Veterinário;
2 Educadores de Cães Guia;
Coordenador / Técnico de acompanhamento de Famílias de Acolhimento;
Técnico de mobilidade;
Administrativo;
Tratador.
o Custo actual de formação de uma dupla Cego / Cão Guia: 15 000 euros (aprox.)
Em próximos artigos serão abordados:
Avaliação dos cães; processo de Entrega e Formação da Dupla Cego / Cão Guia; Custos da Formação de um Cão Guia; Assistência e Acompanhamento pós entrega; Avaliação de processos de variação na auto estima nos utilizadores de Cão Guia, etc.
Esta secção pretende constituir-se como espaço aberto de comunicação com todos os leitores, pelo que haverá sempre total interesse e disponibilidade para a abordagem dos assuntos que eventualmente sejam colocados e que, obviamente pertençam ao âmbito deste Boletim.
LADRADELAS
Antes da descolagem entram os pilotos, cada um com óculos escuros, bengala branca e cão. Os passageiros acham muita graça ao sentido de humor da tripulação; o avião começa a rolar na pista e vai-se levantando um clamor entre os passageiros. Transforma-se num burburinho e com o fim da pista já à vista há uma grande gritaria.
No último momento o avião descola. Diz um piloto para o outro:
"Qualquer dia os gajos não gritam e morremos aqui todos!!!".
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