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Transportes para deficientes mais baratos

por Lerparaver

Sofia Rodrigues

Plano para a integração foi publicado ontem no Diário da República

Transportes mais acessíveis e mais baratos, bem como a disponibilidade de 400 estágios e 200 integrações profissionais para pessoas com necessidades especiais são duas das medidas previstas pelo primeiro Plano de Acção para a Integração de Pessoas com Deficiências ou Incapacidades (PAIPDI), ontem publicado no Diário da República.

Dividido em três eixos (acessibilidades e informação; educação, qualificação e promoção da inclusão laboral; habilitar e assegurar condições de vida dignas), o PAIPDI tem um prazo de execução até 2009.

Entre as medidas previstas estão o aumento de 14 por cento na quota de autocarros em Lisboa e no Porto totalmente acessíveis e a redução dos preços das tarifas dos transportes para deficientes.

Na área da formação e do emprego, serão criados seis centros de validação de competências e reforçado o sistema de apoio à criação do próprio emprego pelas pessoas com deficiência.

Em relação à educação, uma das medidas previstas é o alargamento das unidades especializadas em escolas de referência para alunos com multideficiência.

Ao nível da assistência social, o PAIPDI estabelece o reforço dos equipamentos sociais, nomeadamente através da criação de 20 residências autónomas e aumento da capacidade em 15 por cento dos lares residenciais para pessoas com deficiência.

O PAIPDI prevê também criação de um serviço de atendimento para pessoas com deficiência nos centros de Segurança Social e anuncia a revisão do actual sistema de prestações familiares. Na área do desporto, será desenvolvido um novo modelo de apoio às actividades físicas e de preparação dos atletas para os Jogos Paralímpicos de Pequim em 2008.

O diploma determina que serão os ministérios envolvidos a assumir os encargos das medidas e que as verbas estão limitadas aos orçamentos dos serviços e organismos responsáveis pela execução do plano.

A falta de um orçamento próprio é uma das principais críticas feitas ao PAIPDI pela Associação Portuguesa de Deficientes (APD). "Será um plano de boas intenções, não há plano sem orçamento", disse ao PÚBLICO Humberto Santos, presidente da APD.

Fonte: http://jornal.publico.pt