Em Abril de 2007 a autarquia de Vila Nova de Paiva conta ter 50 livros digitalizados e em formato Daisy, com cem pessoas formadas, adianta Sérgio Tavares que coordena o projecto Literacia Digital Sem Fronteiras. É um projecto pioneiro no país, já frequente nos países escandinavos, não por falta de meios, mas por falta de iniciativa, acrescenta.
O sistema Daisy consiste na gravação dos livros para possível leitura no computador, em MP3 e em CD e, além de ouvir a leitura do livro, também permite falar. É mais completo que o ibook [livro digital], porque permite, por exemplo, um cego fazer anotações ou mesmo sublinhar alguma passagem do livro, esclarece Sérgio Tavares. Um conjunto de operações especiais que permitem um uso normal de um livro, especifica. Quem não sabe ler vai poder fazê-lo.
Neste momento, já estão três invisuais formados e dentro de pouco tempo arranca um curso com quatro pessoas portadoras de deficiência mental para em Abril haver cem pessoas formadas. É um instrumento importante para a terapia da fala beneficiando quem tem problemas de dislexia.
O projecto visa a aproximação dos livros de que tem deficiências, quer humanas, quer sócio-económicas, ou mesmo para pessoas de mais idade. Os primeiros livros a colocar no sistema são os de Aquilino Ribeiro e seguem-se outros autores portugueses como os do programa escolar tais como Almeida Garret ou Luís de Camões.
O Ministério de Educação contactou-nos para celebrarmos um protocolo para a colocação dos livros escolares, adianta Sérgio Tavares.
Literacia Digital Sem Fronteiras será apresentado hoje, dia 29, pelas 17h00, no Auditório Municipal Carlos Paredes, no terminus de um seminário sobre Digital Divide ou a Informação a Acessibilidade a Serviços Culturais na Sociedade de Informação que conta com palestrantes da Universidade Lusófona, do município de Oeiras e do Programa Acesso da Unidade de Missão, Inovação e Conhecimento.
Fonte: http://www.jornaldocentro.pt
-
Partilhe no Facebook
no Twitter
- 2603 leituras