Muitos sites ao redor do mundo estão além do alcance de deficientes físicos, mas poderiam facilmente ser alterados.
As mudanças permitiriam atender os padrões internacionais de acessibilidade, constatou uma pesquisa fornecida pela Organização das Nações Unidas.
O estudo, conduzido para a organização internacional pela Nomensa, um grupo britânico de pesquisa de tecnologia, observou 100 sites populares em 20 países, e constatou que a ampla maioria não atendia aos padrões internacionais de acessibilidade.
"Nós claramente temos alguns obstáculos a superar", disse Leonie Watson, da Nomensa, que é deficiente visual, em entrevista coletiva na sede da ONU.
Embora muitos sites tenham tomado medidas para oferecer maior acessibilidade, é preciso que façam mais para se tornar plenamente utilizáveis por pessoas que não podem usar mouses, tenham deficiências visuais ou sejam cegas, disse Watson.
Entre os problemas mais comuns encontrados pelo levantamento estão o uso de uma linguagem de programação muito difundida, conhecida como JavaScript, e de recursos gráficos desprovidos de explicação em texto, mencionou ela.
O uso intensivo da linguagem JavaScript torna impossível a cerca de 10 por cento dos usuários de Internet obter acesso a informações essenciais, porque não dispõem do software necessário, afirmou Watson.
Segundo ela, descrições textuais de recursos gráficos permitem que indivíduos cegos os "vejam" por meio do uso de software de leitura de telas que converte textos em fala eletrônica.
Outro problema constatado pela pesquisa foi o uso de combinações de cores com contraste inadequado, o que torna páginas da Web impossíveis de ler para pessoas com problemas visuais amenos como o daltonismo.
A pesquisa observou sites de viagens, finanças, mídia, governos e varejo de alta popularidade, em países com infra-estrutura de Internet relativamente desenvolvida.
O estudo constatou que três dos sites avaliados atendem aos critérios de acessibilidade básica --o da chancelaria alemã (http://www.bundeskanzlerin.de), o do governo espanhol (http://www.la-moncloa.es/default.htm) e o do gabinete do primeiro-ministro britânico ( http://www.primeminister.gov.uk).
Fonte: http://info.abril.com.br/aberto/infonews/122006/06122006-6.shl
Nota: contribuição, via e-mail, de Pedro Afonso.
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Comentários
A acessibilidade dos deficientes nos sites
Olá! Fico satisfeito de saber que não é apenas eu que procuro reclamar de sites que não são acessíveis para os deficientes, pois acho que a união faz a força, e se todos nós, deficientes, lutar por um mesmo ideal, conseguiremos êxito.
Ja entrei em muitos sites que percebi que havia muito conteúdo mas não eram acessíveis, pois possuiam muitas animações em flash.
Quando entro em um site que não consigo navegar, mando um email para o site pedindo para que aquilo mude, o que nem sempre é atendido, fazendo com que eu e muitos deficientes fique sem aquele conteúdo interessante que o site possui.
Espero que continue assim e nós consigamos a nossa independência tecnológica.
Lamentável.
Isso é lamentável, porque nós como cidadãos como qualquer outro, temos direito a acessibilidade, e muitos desenvolvedores po falta de informação nem sabem que os deficientes visuais por exemplo navegam na Web.
Está na hora de mudar essa situação, e muitos já tomaram essa iniciativa, agora basta expandir.
Se todos pensassem seria mais fácil a acessibilidade aos sites
Eu sou uma usuária frequente da internet e sem dúvida que muitas vezes sinto que muitos sites não estão acessíviesàs pessoas com deficiência. Penso que este fenómeno tem vindo a prolongar-se por duas razões: a primeira é porque somos uma minoria e a segunda é porque a acessibilidade à internete ainda não é vista como uma prioridade.Temos sem dúvida que continuar a lutar para que este direito nos seja concebido sem obstáculos.
Testar os sites
Eu desenvolvo sites e tento que sejam 100% acessíveis.
Se alguém aqui quiser ajudar a testar os sites, contacte-me por e-mail para jorge.laranjo@gmail.com
Toda a ajuda é bem-vinda!