A Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Várzea Grande (Smec/VG) em parceria com o Ministério da Educação (MEC), inicia, nesta segunda-feira (11.09), a entrega de lentes corretivas aos estudantes da Rede Municipal de Ensino. A iniciativa integra o Programa Nacional de Saúde do Escolar, popularmente denominado Olho no Olho, que objetiva conceder aos municípios apoio financeiro, em caráter suplementar, para a realização de consultas oftalmológicas, aquisição e distribuição de óculos para os alunos com problemas visuais matriculados na 1ª série do ensino fundamental de escolas públicas. Neste primeiro dia, 55 óculos foram repassados aos educandos.
Após o processo de consulta oftalmológica (iniciada no fim de junho), as crianças que apresentaram algum tipo de deficiência visual tiveram o receituário encaminhado para confecção dos óculos de grau. Para João Marcos de Souza, 9, as lentes vieram em boa hora. Aluno do 2º ano da Escola Municipal Prof.Oscar da Costa Ribeiro, bairro São Mateus, sofria, constantemente, com dores de cabeça. Às vezes não ia à escola porque estava com muita dor de cabeça. Eu, sem saber do verdadeiro motivo, pensava que era preguiça. Ainda bem que o problema foi resolvido. Estou muito agradecido, conta o avô do garoto, Osvaldo de Souza Sena.
Outro beneficiado com o Olho no olho é Gilberto Souza da Costa Júnior, 9, aluno do 5º ano da Escola Municipal Profª. Rita Auxiliadora C. Cunha, no bairro Mapim. Não via a hora de vir buscar meus óculos. Nem dormi direito, relata. Segundo o pai de Gilberto, eram freqüentes às vezes em que o menino era flagrado com os olhos excessivamente próximos a livros e revistas. A gente notava que ele tinha algum problema de vista, mas não demos muita atenção, afinal ele nunca teve dificuldades de aprendizagem na escola. Além disso, se eu tivesse que tirar do bolso a quantia para pagar uma consulta e fazer um óculos ficaria complicado.
Em Várzea Grande, há 700 alunos cadastrados no programa que continua realizando as triagens. De acordo com informações da Smec/VG, antes de serem avaliados por profissional capacitado na área, os estudantes são avaliados na própria escola. Cada unidade recebe um kit do MEC para a realização dos exames que detectarão a necessidade ou não do uso de lentes corretivas.
Os casos graves são encaminhados ao oftalmologista credenciado pela Prefeitura Municipal. Nessa primeira turma que compareceu ao consultório médico (mês de junho), verificou-se a necessidade de intervenção cirúrgica em cinco crianças, tamanho o grau de deficiência detectado. Nestes episódios, a solução do problema ficará a cargo do Sistema Único de Saúde (SUS), via Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso.
As consultas oftalmológicas prosseguem até o mês de outubro. E, imediatamente, após o laudo médico, os receituários são encaminhados para que sejam providenciados os óculos, de forma gratuita, ao aluno. Segundo dados do MEC, em 2005, foram atendidos mais de 76 mil estudantes de 118 municípios brasileiros que, em 2003, aplicaram o teste de acuidade visual.
OLHO NO OLHO - O Programa Nacional de Saúde do Escolar (PNSE) foi criado em 1984 com o objetivo de identificar e corrigir, precocemente, problemas visuais e deficiências auditivas que possam comprometer o processo de aprendizagem, visando à diminuição dos índices de repetência e evasão escolar. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 10% dos alunos da 1ª série do ensino fundamental público apresentam deficiências visuais, necessitando de medidas corretivas.
O convênio firmado entre MEC e Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Várzea Grande estará em vigor até o final deste ano.
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