Olá amigos !
Já devem ter estranhado pelo facto de já há bastante tempo, não ter colocado novos posts ! loool
O facto é que tenho andado demasiado ocupado !
Bom, voltando ao assunto q nos trouxe aqui ....
Como calculam eu eu faço parte da Fraternidade Cristã dos Doentes Crónicos e Deficientes Físicos, onde desempenho o cargo de Coordenador Adjunto da Equipa Nacional
http://www.lerparaver.com/node/7283
O Padre Henri François, foi o fundador da Fraternidade, ele sentiu a necessidade de ir ter com outros deficientes ... !
É uma excelente leitura, que recomendo a todos os colegas cá do lerparaver, ele teve uma história de vida deveras emocionate e viva ! lol
Nos dias de hoje, ele é o nosso mestre, nós tentamos seguir as suas pegadas, e a Fraternidade está implantada em todo o mundo !
Em 8 de Maio de 1897, nasce uma criança do sexo masculino, em Ligny-en-Barrois (França) a que foi dado o nome de baptismo Henri em 12 de Maio. A sua vocação sacerdotal surgiu no colégio, tendo começado a sua formação no seminário em St. Sulpice.
No natal de 1916 Henri François fica gravemente doente com a tuberculose e uma cardiopatia, incuráveis na época, após dois anos regressa ao seminário em regime especial com uma hora de estudo de manhã e outra de tarde. Terminou o seminário em 1921.
Em 1922, em 29 de Junho, é ordenado em Benoite-Vaux (Santuário Mariano). "Vamos ordená-lo para que possa rezar algumas missas antes de morrer" disse o bispo de Verdun, Monsenhor Ginistry.
Não lhe foi atribuída nenhuma função, devido a sua débil saúde. Começou por visitar os doentes e descobriu o mundo dos pobres, sentiu, fortemente, a exigência evangélica da partilha. O seu estado de saúde melhorou e foi nomeado vigário de Ligny.
Em 1929 foi nomeado vigário de Fains-les Sources e capelão do Hospital Psiquiátrico. Foi no mesmo dia de Maio de 1937 que P. François recebeu sua nomeação para vigário de S. Vítor, em Verdun e a notícia da morte de sua mãe.
Em 1942 foi nomeado capelão do hospital e Cónego honorário. O trabalho era muito e P. François já não tinha tempo para visitar os doentes, por isso pediu a alguns doentes que visitassem os outros doentes, este grupo de visitadores reunia-se, mensalmente, com P. François.
Em 1945 esse grupo de cerca de uma dezena de visitadores pediu a P. François que se realizasse um retiro em Benoite-Vaux.
Em 17 de Junho de 1945, no último dia do retiro com cerca de 100 participantes foi decidido criar um movimento que mais tarde se viria a chamar Fraternidade Cristã dos Doentes Crónicos e dos Deficientes Físicos.
Em 1945 pouco depois de seu médico lhe ter recomendado descanso, seu bispo Monsenhor Petit pediu-lhe para ficar com o cargo de director da equipa diocesana de assistentes da Acção Católica, o que aceitou, tendo deixado de ser vigário de S. Vítor. Esta sua nova função permitiu-lhe espalhar por toda a diocese a experiência da pastoral de saúde iniciada em S. Vítor.
Em 1946 nasce o projecto de fundação de um Lar da Fraternidade, onde acolhimento seria fraterno, uma casa de família para os doentes de Verdun e de hospedagem para os que viessem de fora. Uma grande oportunidade para P. François foi o seu encontro com o P. Paul Therry d'Argenlieu, um dominicano com grave deficiência física, que o ajudou a aprofundar teologicamente as suas maravilhosas intuições e escreveu o livro "Limitados mas Vivos".
Em 1949 além do trabalho na Fraternidade que era muito e de director da Acção Católica, passou a ser o director da peregrinação diocesana ao Santuário de Lourdes.
Em 1954 P. François deixou o cargo de director da Acção Católica, passando a se consagrar por completo à Fraternidade, foi nomeado vigário geral o que implicou a sua participação no Conselho Episcopal, manteve contudo a cargo de director da peregrinação.
Em 1955 P. François torna-se assistente diocesano da Fraternidade.
Em 1960 em Bury, França, reuniu-se o I Comité Internacional, com a participação da França, Bélgica, Alemanha e Suíça, tendo sido P. François declarado por unanimidade Assistente da Comissão Internacional Provisória.
Em 1961 no II Comité Internacional realizado em Tréveris, na Alemanha, foi eleita a primeira Equipa Internacional, sendo P. François seu Assistente.
Em 1965 a Fraternidade foi reconhecida como Movimento Nacional em França e P. François nomeado assistente nacional e o Movimento foi associado à Comissão Episcopal da Família e das Comunidades Cristãs. Quando a Comissão Social do Episcopado criou a Secção de Saúde, a Fraternidade passou a integrá-la.
Em 1966 P. François demitiu-se do cargo de Assistente Nacional de França, tendo sido proposto para a sua substituição o P. Delagoutte. Foi publicado em 1975, provavelmente, a 1ª edição do livro "Leve-toi... et marche" (Levanta-te... e Anda) de P. François.
O Comité Internacional de 1980 em Ciney (onde Portugal se tornou filiado), foi o último em que participou P. François, aí foi substituído pelo P. Juan Manuel de Espanha. P. François escreveu mensagens de Natal e de Páscoa desde 1947 até 1985 e várias circulares internacionais.
Em 19 de Junho de 1980 é transportado de urgência ao hospital devido a uma grave crise das artérias coronárias. Aos poucos se recuperou, mas deixou de conduzir o seu carro por precaução.
Em 1982 celebrou, em Benoite-Vaux, os seus 60 anos de ordenação sacerdotal. Após a missa foi condecorado com a Legião de Honra pelo estado Francês.
A partir de 1983 o seu cansaço se agravava e de vez em quando era hospitalizado. Não participou mais em reuniões da Fraternidade nem em retiros em Benoite-Vaux. Recebeu pela última vez a Equipa Intercontinental em Março de 1983. A partir de Dezembro mudou-se definitivamente para o Lar da Fraternidade.
Em 1985 passou por muitos sofrimentos, foi-lhe diagnosticada uma hérnia do hiato, mas devido à sua idade e estado de saúde não foi possível ser operado. A partir de Dezembro jamais deixou o leito. Começou então uma longa agonia.
Em 2 de Fevereiro de 1986 já não conseguiu celebrar a eucaristia. Morreu na manhã de 3 de Fevereiro de 1986. O seu funeral foi no dia 6 na catedral de Verdun. Os restos mortais repousam no cemitério de Verdun, no túmulo dos Cónegos da Catedral.
Portugal enviou, por essa ocasião, a seguinte mensagem: "A separação é sempre dolorosa em se tratando de um ser querido, de um amigo, de um pai, de um mestre. P. François representava tudo isso para a Fraternidade de Portugal.
Todavia, se sua partida nos deixa um vazio, tanto na vida individual como na colectiva, somos cristãos e o pensamento da Ressurreição nos conforta. A amizade entre tantos países filiados nos convida a continuar a Fraternidade, da qual ele foi o fundador."
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