No meu último post penso que deixei por aqui bem explícita a ideia de que nem sempre consigo estabelecer a devida distinção entre os tons roxo, lilás e violeta. Disse que estas tonalidades que a mim me parecem quase semelhantes sempre foram das minhas cores preferidas apesar de ter utilizado um “ou” lá pelo meio que penso que deve ter deixado algo explícita esta minha enorme dificuldade em diferenciar as três tonalidades supracitadas, julgando por isso que neste meu novo textozinho se me impõe diferenciar o roxo do violeta pelo menos, visto que eles não são de forma alguma a mesma coisa. A distinção entre o roxo e o lilás e entre este último e o violeta deixá-la-ei para qualquer outro post, mas por hoje acho que nos ficaremos somente entre o roxo e o violeta e mais tarde já irão compreender o porquê desta minha escolha.
Distinção entre o roxo e o violeta
O roxo e o violeta, que muitas vezes encaramos erradamente como tratando-se de uma única cor que podemos designar de acordo com estas duas denominações, são na verdade dois tons bem distintos em conformidade com alguns fatores artísticos e científicos. Assim, no que se refere ao domínio científico, o roxo diferencia-se do violeta, acima de tudo, porque não se trata de uma cor espectral enquanto que o segundo se insere no espectro de cores ao lado do vermelho, do laranja, do amarelo, do verde, do azul e do anil ou azul índigo. Deste modo, a principal diferença existente entre o roxo e o violeta pelo menos em termos científicos consiste no facto de o primeiro destes dois tons não aparecer logo à partida quando a luz branca reflete num determinado prisma ao contrário daquilo que se verifica no caso do segundo.
O roxo acaba assim por resultar de uma mistura entre o azul e o vermelho não se tratando portanto de uma tonalidade que existe por si própria ao contrário daquilo que acontece com o violeta, sendo que no que se refere ao aspeto artístico, pode distinguir-se deste último tom pelo seguinte motivo: O violeta assemelha-se mais ao azul do que o roxo tendo em vista a sua aparência enquanto uma cor um pouco mais fria e o roxo propriamente dito trata-se de um tom intermediário entre as duas cores que lhe deram origem, encontrando-se no entanto muito mais próximo do vermelho do que do azul. Na roda de cores CMYC, que usa as tonalidades ciano, magenta, amarelo e preto para criar os tons, o roxo contém mais preto do que o violeta, assemelhando-se por esse mesmo motivo mais ao vermelho do que ao azul contrariamente àquilo que se verifica no caso deste último. Trata-se portanto de um tom mais saturado, rico, forte e intenso que o violeta, convindo também referir que este último se encontra no cumprimento de onda mais próximo dos 440 nanómetros.
O comportamento do roxo e do violeta quando expostos a diferentes níveis de intensidade de luz assume-se também como um fator diferenciador destes dois tons. O violeta começa assim a revelar uma aparência mais azulada quando exposto a uma crescente intensidade de luz (é o chamado desvio bezold-brucke), o que não se verifica relativamente à cor roxa.
Alimentos em tons de roxo ou violeta
Agora sim, o verdadeiro motivo pelo qual decidi fazer através deste meu post uma pequena alusão às diferenças que separam o roxo do violeta, sem que no entanto tivesse também abordado alguns aspetos diferenciadores destas duas cores relativamente ao lilás. Já pensaram na nossa alimentação e em como ela é colorida? Pois é: Hoje decidi apresentar-vos por aqui alguns alimentos em tons de roxo ou violeta, bem como alguns benefícios que os mesmos poderão trazer para a nossa saúde no caso de os consumirmos regularmente. Pareceu-me uma excelente forma de dar a conhecer àqueles que como eu, são cegos totais as cores com as quais as suas refeições se compõem e por isso, para além deste meu texto, estou também a pensar em escrever mais alguns no âmbito dos quais vos falarei também nos alimentos cor de laranja, beges, entre tantos outros.
Por hoje ficam só os de cor roxa ou violeta e dentro deste grupo podemos encontrar então os seguintes:
Uva, ameixa, figos roxos, cebola roxa, beringela, beterraba, batata doce roxa, repolho roxo, passas, brócolos roxos, arandos, pimentão roxo e amoras.
Benefícios dos alimentos de cor roxa ou violeta
Os principais benefícios que estes frutos e vegetais representam ao nível da nossa saúde advêm do facto de todos eles deterem na sua composição fitonutrientes como o resveratrol e as antocianinas, sendo eles que lhes conferem esta coloração arrocheada que em muitos casos quase se aproxima do azul e do violeta.
As antocianinas desempenham assim um importante papel ao nível da proteção do corpo humano contra os danos causados pelos radicais-livres uma vez que detêm excelentes propriedades antioxidantes, dando também um importante contributo ao de alguns fatores de saúde referentes ao coração, ao ADN da pele e ao sistema digestivo. Quanto ao resveratrol, convém salientar que favorece igualmente a saúde do coração, enquanto que os flavonoides que também conseguimos encontrar ao nível da composição destes frutos e vegetais se tornam essenciais no que se refere ao funcionamento das células e à manutenção da sua saúde.
Em suma, pode concluir-se que os alimentos de cor roxa ou violeta desempenham importantes papeis junto do nosso coração e pele, apoiando também o bem-estar da função cerebral e dos ossos, revitalizando o corpo e protejendo-o de inúmeros riscos para a saúde como é por exemplo o caso do câncro e dando um importante contributo no que respeita à prevenção de problemas relacionados com as articulações. São alimentos que agregam um elevado teor nutritivo e por isso mesmo tornam-se capazes de inibir o envelhecimento prematuro, de reforçar a memória e a saúde cardio-vascular, de diminuir a probabilidade do excesso de peso, de controlar a tensão arterial e de não permitir que os níveis de colesterol ruím (HDL) se alterem para valores mais elevados. Devemos deste modo ingeri-los em grandes quantidades por dia muito à semelhança daquilo que acontece com tantas outras frutas e vegetais (que devemos incluir na nossa alimentação diária consumindo-os entre 5 e 9 porções por dia), vindo o site amway.dicas deoportunidades.com sugerir-nos através do seu artigo "Benefícios das frutas e verduras de cores azul e violeta" que os consumamos mais ou menos da seguinte forma:
. "Para o cereal ou iogurte do café da manhã inclua algumas passas e desfrute um sabor diferente".
. "Para o lanche do meio da manhã ou meio da tarde, nada mais fácil e prático que deliciosas uvas, figos ou ameixas".
. "À tarde ou à noite, inclua repolho roxo, batata doce roxa, beterraba ou cebola roxa em seus pratos.".
Devemos assim ingerir, em conformidade com este site, as seguintes porções por dia deste tipo de alimentos:
"• 1 pires de beterraba cozida ou crua.
• 2 figos ou ameixas.
• 1 cacho pequeno de uva roxa.
• 1 pires de berinjela cozida ou grelhada.
• 1 pires de batata doce e roxa.".
Em que alimentos com esta tonalidade poderemos encontrar mais antocianinas e resveratrol?
Antocianinas: Ameixa.
Resveratrol: Ameixa, vinho e uva roxa.
Epronto! Por hoje fico-me por aqui no que respeita a esta pequena reflexãozinha que decidi dar-vos a conhecer relativamente aos alimentos de cor roxa ou violeta que tantas vezes conseguimos encontrar ao nível da nossa alimentação diária. Espero que este meu texto vos tenha sido útil ou possa ainda vir a ser um dia mais tarde... Quanto a mim, prometo regressar em breve com uma nova publicaçãozinha aqui pelo blogue!
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