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Brasil: Dia Nacional de Prevenção e Combate ao Glaucoma

por Norberto Sousa

No dia 26 de maio, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. A maioria dos portadores da doença não sabe que a possui, já que normalmente o problema não apresenta sintomas.
Porém é importante ficar alerta, já que a doença pode provocar perda irreversível da visão, conforme explica a oftalmologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dra. Eliane de Araújo Lima.
No desenvolvimento do glaucoma, o olho pode produzir um líquido claro que é drenado para fora através de pequenas aberturas microscópicas ao redor da íris (parte colorida do olho). Quando essas aberturas fecham, a pressão aumenta dentro do olho. “Esse aumento pode comprometer o nervo óptico devido às alterações circulatórias e causar até cegueira”, explica a oftalmologista.
Existem diversos tipos de glaucoma: o crônico é mais frequente em pessoas com mais de 40 anos; o congênito é quando se nasce com o problema; no agudo a pressão arterial sofre uma elevação rápida, causa uma dor tão intensa que o paciente pode ter náuseas e vômitos; já o secundário pode aparecer em decorrência de outras enfermidades. A doença pode se manifestar por meio de alguns sinais, como fotofobia (sensibilidade à luz), diminuição visual rápida, pupilas que não reagem à luz, olho vermelho, lacrimejamento, dor de cabeça, náuseas e vômitos.
Um dos fatores que influenciam no surgimento do glaucoma, é a questão genética. “O glaucoma é uma doença de caráter hereditário, e por isso em famílias de portadores de glaucoma há a necessidade que todos façam os exames preventivos”, ressalta. O acompanhamento oftalmológico deve ser feito desde o nascimento da criança, caso apresente fotofobia intensa ou olhos que lacrimejam muito, podem ser indícios de glaucoma congênito. “Essa enfermidade pode causar uma cegueira irreversível, mas o diagnóstico precoce amplia as chances de controle”, completa.
Diagnóstico e tratamento
Para diagnosticar a doença é necessário realizar um exame que mede a pressão do olho. O oftalmologista também examina o nervo óptico e avalia como está o campo visual, para medir a visão periférica do paciente. “A grande dificuldade dos pacientes que são diagnosticados com o glaucoma é a perda da visão periférica, o que estreita o campo de visão”, relata.
Caso o glaucoma seja diagnosticado, pode ser controlado com o uso contínuo de medicamentos, por meio de tratamento cirúrgico a laser ou cirurgia convencional. “O paciente deve continuar fazendo os exames periodicamente para verificar se a doença está controlada. A perda da visão poderá ocorrer mesmo com pressão ocular baixa”, afirma.
Segundo a OMS, Organização Mundial de Saúde, 80% da cegueira do mundo é curável ou evitável; a médica salienta que um diagnóstico precoce é muito importante. “Devido à falta de prevenção e tratamento, o glaucoma é a maior causa de perda de visão irreversível”. Estima-se que, em 2010, no Brasil cerca de um milhão de pessoas tenham comprometimento da visão por causa da doença.

Fonte:
http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.php?id=27337&op=saude