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Bailarinas com deficiência visual participam do evento “Somos todos Brasileiros” que celebrará o Parapanamericano

por Lerparaver

Ator Marcos Frota faz parte da equipe que comanda o evento.

A Associação de Balé e Artes para Cegos Fernanda Bianchini, responsável pelo único grupo de balé profissional formado por deficientes visuais do mundo, foi convidada a fazer parte do show de abertura do “Somos todos Brasileiros” que celebrará o Parapanamericano – o mais importante evento olímpico para atletas com deficiência física do país.

Cerca de 1.300 paraolímpicos se enfrentarão entre os dias 12 e 19 de agosto e a ABCFB fará a abertura da celebração, no dia 07 de agosto, às 19h30, com 50 deficientes visuais entre alunas e bailarinas profissionais. O evento tem como mote a “afirmação da cidadania das pessoas com deficiência” e é captaneado pelo ator Marcos Frota e mais uma vasta equipe.

A associação sobrevive graças à ajuda de empresas apoiadoras e patrocinadores e também com as apresentações que faz em teatros e grupos empresariais. Atualmente empresas como Euro Relógios, Garcia Seguros, TGA Consultoria, Equus Jeans, Vivo e Odonto Prev têm tido papel marcante no crescimento da empresa.

Para a participação do grupo no evento que acontece no Rio de Janeiro, a Associação está em busca de patrocínios e apoios especialmente para a data.

Perfil da Associação - Ela é bailarina, fisioterapeuta e empresária, mas foi com o trabalho voluntário que Fernanda Bianchini, 28 anos, se realizou. Há 12 anos, ela está à frente da ABCFB (Associação de Balé e Artes para Cegos Fernanda Bianchini) que oferece cursos gratuitos de dança e artes para crianças e adolescentes cegos e recentemente passou a oferecer expressão corporal para idosos também com deficiência visual. Fernanda desenvolveu um método pioneiro para ensinar dança, que acabou sendo sua tese de mestrado e vai ser publicado em livro brevemente.

Além de colaborar no equilíbrio e auto-estima desses deficientes, em uma década de trabalho, o instituto colhe hoje frutos com a formação do único grupo de balé clássico profissional do mundo, formado somente por deficientes visuais.

Foi depois de assistir a apresentação de um grupo de meninas no Teatro Municipal de São Paulo, que a novelista Glória Perez se inspirou nas cenas do Balé. Um dos motes da trama foi a inclusão dos deficientes visuais. “Para mim é mais do que um privilégio ver a multiplicação desse trabalho, é uma benção, já que 10% da população brasileira tem algum tipo de deficiência”, diz Bianchini.

Fonte: http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=13501