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ARTENAOEVIDA - blog de António Marciel

PME não empregam deficientes

por António Marciel

Mais de metade das Pequenas e Médias Empresas nacionais não empregam pessoas com deficiência. Dos mais de 600 mil deficientes - 6,1% da população - só 29%
são economicamente activos. Os homens sofrem mais.

A conclusão resulta do estudo europeu "Investindo na diversidade", promovido pelo projecto Respons&Ability ao longo de três anos e meio, e divulgado ontem,
data em que se assinalou o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

A deficiência é vista como um obstáculo à contratação, sendo que apenas 31% das das 85 PME estudadas (63 em Portugal; 22 nos restantes países) afirmou ter
colaboradores com deficiência.

Trata-se de um número residual se tivermos em conta que as PME representam mais de 99% das unidades empresariais a operar no mercado nacional, gerando entre
75% e 83% das oportunidades de emprego em Portugal. Facto: 69% não emprega pessoas com deficiências.

Questionados sobre a razão que sustenta estes números, 48,3% dos potenciais empregadores afirmou "nunca ter tido candidatos com deficiência", e 19% justificou
"que a empresa não está fisicamente preparada para ter trabalhadores com deficiência."

De acordo com um estudo de 2001 do Instituto Nacional de Estatística, das empresas que têm site na internet, apenas 16% são acessíveis a pessoas com necessidades
especiais, o que denota uma falta de preocupação com este segmento de mercado.

O recenseamento da população portuguesa apurou, também em 2001, a existência de 634,408 pessoas com deficiência. A população com pelo menos um tipo de deficiência
representava 6,1% da população residente total.

Desse universo, apenas 29% era considerado economicamente activo. E, contrariamente ao que acontece no restante mercado de trabalho, são os homens quem
mais sofre neste segmento.

A maioria dos trabalhadores com deficiência tem idade compreendida entre os 25 e os 34 anos. Tem emprego 62,5% da população masculina (33,9% consideram-se
inactivos), e 49,3% da população feminina (47,1% é inactiva). Em ambos os casos, o desemprego ronda os 3,6%.

Apesar de tudo, Portugal está entre os países mais bem vistos nesta matéria - 19,9% dos deficientes têm uma actividade profissional -, a par da Dinamarca
e apenas ultrapassado pela Inglaterra (27,2%). Espanha, Lituânia e Itália estão na base na pirâmide.

A emergência da igualdade de oportunidades das pessoas com deficiência no acesso ao emprego levou à alteração da legislação. Hoje, lei portuguesa obriga
a que as empresas contratem 2% do número total de trabalhadores; e na administração pública este número sobe para 5%.

Comentários

Oi !

Nos dias de hoje, torna-se muito difícil arranjar um emprego, e cada vez há mais desempregados ... enfim insto vai mal ... !! :-(
E ainda por cima quando se trata de deficientes, além destas dificuldades, têm mais umas acrescidas: discriminação (o empregador não dá emprego por ser deficiente, discriminado pela sociedade), acessibilidades (sites, softwares, equipamentos, rampas ... acessíveis e/ou adaptadas para os deficientes) !! :-(

Mas apesar de tudo ... nem tudo são más notícias !! loool
Realmente as coisas têm mudado a um ritmo lento, mas têm efectivamente mudado.
Hoje em dia encontramos mais empresas a empregar deficientes, sites cada vez mais acessíveis, condições de trabalho adaptadas .... !!

Eu, graças a DEUS, tive a sorte de estar empregado como funcionário público ... mas não pensem q não faço puto, ok ?
Tenho sempre mto q fazer .... mas pronto ... é bom sinal ... !! loool
Tenho uma vida profissional estável e activa .... !! loool
Não estou nas estatísticas da maioria dos trabalhadores com deficiencia, pois já passei há mto a barreira dos 34 anos .... agora tenho 37 .... !! loooool

Acho muito chato a falta de emprego para os deficientes
afinal eles são seres humanos!

Fabio

Oi Moda !!

O preconceito sempre existiu .... !!
Não é só no Brasil, nem só em Portugal, é no mundo todo .... infelizmente ... !! :-(

Cá em portugal, segundo a legislação vigente, os empresários são obrigados a empregar uma percentagem de deficientes .... !!
Não me lembro bem da percentagem ... acho q é 5% ou 1 em cada 5 .... !! loool

O q interessa é não desistir, mas lutar sem cessar .... !!

Realmente o que acaba com o brasil é a questão do preconceito, acho que antes de
criticar alguem ou ter preconceito devemos se colocar no lugar daquela pessoa!
Abraços!

Olha matéria que encontrei:

"A lei garante a reserva de vagas no mercado de trabalho para quem é portador de necessidades especiais, mas na prática, empresas e deficientes apontam dificuldades para que a lei seja cumprida.

O tipo de deficiência é outro obstáculo. Quanto mais grave, menor a chance de trabalhar. Os cadeirantes são os mais excluídos do mercado de trabalho.

As pessoas portadoras de necessidades especiais deveriam ter maior acesso a conhecimento, a habilidades técnicas para que eles possam competir no mercado de trabalho e para isso acessibilidade é fundamental!"

Na minha opinião falta investimento não só em acessibilidade, mas em educação e um plano de carreira.

Obrigado.
Abraços,

Marcos - otimização de sites

Hoje em dia com o problema da economia enfraquecida não está fácil conseguir emprego. Se não é fácil conseguir um emprego para uma pessoa sem deficiências deve ser muito mais dificil para uma pessoa com uma deficiencia motora ou mental. Acho que isto passa sempre por ajudas e subsidios governamentais para conseguir empregar pessoas com deficiencias, as empresas hoje em dia estão todas com medo por ter pouca produtividade. Se não houvesse leis para empregar pessoas deficientes ainda seria mais difícil. Pedro,

Se temos empregados somente 19% dos deficientes, então, não podemos prescindir de uma lei que imponha quotas. Quando o paciente vai mal, temos mesmo de aplicar-lhe uns bons choques para ver se vive. Contudo, preocupa-me que alguns vejam nisto a solução. Ao contrário, a existência da lei somente indica que há algo muito errado e não será o seu cumprimento integral que resolverá o problema.

Há preconceito. Isto é fato. Quando alguém deixa de empregar deficientes porque é deficiente e não examina cuidadosamente suas qualificações profissionais, não podemos chamar o mal de outra coisa senão preconceito. Entretanto, quando empresas dizem que não encontram deficientes qualificados, não é isso mera desculpa de quem não quer cumprir a lei.

Ora, se é difícil o acesso a educação, a cultura e aos meios de adquirir uma e outra , então, seria estranho que, em qualquer esquina, encontrássemos uma centena de deficientes qualificados. Há que se separar claramente o que é causa e o que é efeito. Se deficientes estão desempregados, isto não decorre da ausência de aplicação da lei. Ao contrário, a necessidade de aplicação da lei decorre fundamentalmente do fato de que deficientes estão desempregados.

Em princípio, sou sempre contra qualquer benefício. Ocorre que também sou favorável a que indivíduos tenham condições iguais de alcançar suas metas. E assim não posso deixar de ver como justo, o benefício que age para compensar a desvantagem inevitável que alguns têm diante de outros. Há deficientes a lutar muito, mas sejamos sinceros em dizer que outros ficam a lamentar-se e a esperar que a lei lhes conceda tudo o que não obtiveram por esforço próprio. A lei deve ser sempre um alentho para quem luta, não premiando jamais aquele que não merece. Esta é a condição de credibilidade da lei.

Sempre ouço deficientes a culpar a frouxidão da lei. Parece que todos os deficientes são qualificados e produtivos e que o único problema é o preconceito e aleniência das autoridades com empregadores de mau caráter que se furtam ao cumprimento da lei. Lutemos por seu cumprimento. Quando temos apenas 19% de deficientes empregados, não se questiona a tutela governamental. Contudo, por saber que a lei é mero anestésico que não sumprime as raízes da patologia, devemos, com muito mais ênfase, lutar pela qualificação profissional e, em seguida, sermos críticos em relação à nossa produtividade. Se fôssemos compelidos a empregar pessoas, deficientes ou não, tivéssemos de pagar seus salários e não tivéssemos a contraprestação de um serviço bem feito, também nós estaríamos insatisfeitos.

Por vezes, somos improdutivos por razões que não têm ligação com a falta de vontade. Em meu primeiro emprego, não fui produtivo o tempo inteiro. Era inseguro. Tinha receio de bater no peito e dizer: “Deixe comigo que este problema, resolvo eu”. Assim, tinha atitude vascilante que se convertia em menor produtividade. É possível que deficientes não sejam produtivos por outros motivos. Jamais podemos ignorar este sintoma. Se, de fato, estamos em desvantagem, é preciso que um sacrifício adicional ponha-nos em condição de concorrer com outros indivíduos. O que não se pode fazer é dizer que deficientes têm direito a emprego porque são deficientes. Isto seria tão incoerente quanto dizer que não o tem pelo mesmo motivo de serem deficientes. Se pedimos emprego porque dizemos que deficientes podem ter a mesma qualificação e produtividade, quando contratadas, estas pessoas devem mostrar-se qualificadas e produtivas.

Mas tanto quanto eu fui, creio que muitos deficientes são improdutivos porque tem receio de arriscar, porque não encontraram o caminho da qualificação profissional, porque se sentem inferiorizados. Não podemos deixar de exigir qualificação e produtividade. No minuto em que deixarmos de o fazer, perdemos o direito moral à tutela da lei. Estas pessoas necessitam ser produtivas se estiverem empregadas e orientadas se não o estiverem. Por isso, isso cada um de nós que tiver encontrado o seu espaço, grande ou pequeno, deve falar para que outros nos ouçam e sintam que podem trilhar o caminho percorrido e vencido por outros indivíduos também deficientes. Por cá, temos muita gente de êxito que podem ensinar-nos o bom caminho. Há pouco tempo, estava a ler sobre cegos que tomam conta perfeitamente de suas casas. A despeito do êxito profissional, não tinha qualquer independência dentro de casa. Pois, eis que o Luís já está a cozinhar uma dezena de pratos e conquistou a imensa alegria de ver-se produtivo também na cozinha. Tinha certa convicção de que não podia fazê-lo com competência. Bobagem tremenda. Eu precisava querer e enquanto não quis de fato, nada consegui.

O amparo social é necessário. Há quem não possa prescindir dele. Mas não podemos confundir emprego com amparo. São coisas muito distintas. Se um deficiente não é produtivo ou não tem qualificação profissional deve ser desligado da empresa. Certa vez, ouvi de um empregador: “Deu-me a vontade de empregar um cego, mas não o fiz. Fiquei a pensar o que seria de mim se, havendo a necessidade de cortes de pessoal, tivesse de o escolher para o desligamento. Não poderia fazê-lo e, como sei que não posso, então, não o contrato”. Argumentei que ele estava a pensar mais em si do que no deficiente. Se realmente havia convicção a respeito de sua capacidade e adequação ao cargo, então, não poderia deixar de contratá-lo.

A isso não posso dar outro nome: é preconceito mesmo. Mas pergunto-me quantos deficientes reforçam esta perspectiva? Quando deficientes estão a pedir benefícios desmedidos ou se sentem melindrados por uma cobrança mais forte, estão a dizer, sem palavras, que são diferentes e devem ser protegidos. Ora, para o empregador o que se tem de proteger é o negócio e se há pessoas que se sobrepõem ao negócio, melhor mesmo é que não as tenha em sua empresa. Não, não ensinemos o preconceito a ninguém.

Olá Luis !!

Gostei muito de ler o teu comentário .... !! loool

Bom, quando eu estive cá a estagiar, durante a Licenciatura de Ciência de Computadores, tb encontrei muitas dificuldades e não foram poucas .... !!
A partir do momento que começei a estagiar, senti que a teoria que aprendi na prática ajuda mas é pouco .... !!
Foi como se estivesse a reaprender algumas coisas .... html, JavaScript .... !!
E mais tarde no estágio, tive que aprender sózinho o PHP, coisa que nunca tinha ouvido falar .... !!
Então peguei num bom manual da net, fui praticando, e hoje em dia já programo em php quase de olhos fechados .... !! looooool

Isto tudo para dizer que isto de trabalhar numa empresa exige esforço de adaptação e de formação constante, para estarmos a par das coisas, principalmente na área da informática, senão ficamos ultrapassados .... !!
Eu todos os anos tenho que tirar 1 ou 2 cursos para me ir aperfeiçoando no trabalho, o último que tirei foi o de Produção de Páginas Internet Avançado

Quanto à produtividade, que de certa forma está ligada à formação que temos, devemos ser o mais produtíveis e o mais profissionais possível ... !!
E não devemos ter medo .... o medo é um dos principais obstáculos .... !!
Devemos seguir de pés na terra, mas em frente, sem medos .... com muita determinação .... !!

Estou certo que as empresas ao verem deficientes bastantes produtivos, mais tarde ou mais cedo, mudarão de ideias, e passarão a hesitar menos ao empregar mais deficientes ... !!
Agora claro temos que fazer a nossa quota parte e dar testemunho .... !!

Filipe,

Para mim, a produtividade depende da atitude, do preparo e do controle emocional. Sem atitude, ficamos passsivos a um canto à espera que as boas circunstâncias nos visitem; sem preparo, a atitude não pode mover-nos para o caminho certo; sem controle emocional, não criamos músculo para resistir à adversidade.

O Filipe teve atitude porque investiu no HTML e no Javascript antes que pudesse ter certeza absoluta de que iria ter êxito. Nesta fase, não podia agir segundo a doutrina daqueles que pensam em agir somente quando estão certos da recompensa. O Filipe sabia que o mercado de trabalho para as pessoas deficientes é mais restrito. Arriscou. De certo, haveria empregos que poderia ter ocupado com menos investimento emocional, físico, temporal e financeiro. Mas depositou a sua moeda e trabalhou para que o sonho se realizasse.

Então, o Filipe empregou-se. Eis o momento da recompensa. Eis o momento perigoso em que podemos achar que já fizemos o suficiente, que temos de curtir a vida e, visto que somos tão iguais aos outros, talvez possamos dar-nos ao luxo de ser um pouquinho irresponsáveis e desleixados. É a sina das equipes que são campeãs e tem de iniciar um novo campeonato sem contar com as conquistas anteriores.

Se o Filipe está onde está, de certo, é porque combateu a zona de conforto. Olhou para frente e verificou que necessitava de esforço adicional. Como poderia seguir em sua carreira sem o PHP? Então, o Filipe investiu na segunda etapa: o preparo. será que o Filipe conhecia programação Web, orientação a objetos, conexão com bancos de dados, etc. Havia muita complexidade nova.

Será que não é normal ter um bocadinho de receio em momento como este? O Filipe sente os olhos de todos sobre si. Sabe que tem de ter bom desempenho. Do lado de fora, todos nós torcemos para o Filipe. Em primeiro lugar, porque é um amigo e, por fim, porque é mais um deficiente a mostrar-se, a atestar a competência de toda a classe. Sim, é injusto com o Filipe. Ele deveria responder somente por si. Que tem de ver com a atitude, com o preparo ou com o controle emocional alheio? A bem dizer, não deveria ter nada mais sobre os ombros do que o próprio destino.

Mas não é assim. Há um certo raciocínio equivocado que predomina entre os empregadores. Dizem que deficientes são... ou que deficientes gostam... ou que deficientes comportam-se... ou que deficientes podem... como se em uma classe tão ampla e heterogênea como a dos deficientes, fosse possível avaliar a classe pelo preparo de um só indivíduo. Então, o Filipe não está só. Há uma multidão de deficientes, empregados ou não, que torcem por si. Ele é o mensageiro dos próprios desígnios, mas também o portador dos desígnios alheios. Se tiver êxito, portas serão abertas para grande quantidade de desempregados.

Então, o Filipe tem de ter controle emocional. Tem de separar adequadamente o que não consegue fazer porque ainda não se preparou para alcançar e o que não poderia mesmo conseguir porque é barreira imposta pela deficiência. Como resposta ao despreparo, tem vacina segura. Como resposta a deficiência, tem de posicionar-se de modo que esta não seja restrição importante no trabalho que realiza. É um grande exercício emocional.

Haverá aqueles que pensarão: “Puxa, que coisa extraordinária ter o Filipe por cá. De fato, a empresa tem de assumir a sua responsabilidade social”. Sim, o Filipe está a lutar com todos os seus meios. Está a conseguir resultados reais, tangíveis e lucrativos para sua empresa. Em tudo quanto tenha dificuldade, está a investir em cursos e em autodidaxia para romper a dificuldade. Mas apesar disso, há quem ainda ache que se trate de trabalho social. O que deve o Filipe fazer? Imaginar uma boa resposta que ponha abaixo, que ridicularize o seu interlocutor? Talvez isso pudesse satisfazer uma revanchezinha, mas ao fim, serviria apenas para reforçar que deficientes são pessoas revoltadas, que se apartam dos demais, que desejam privilégios, que não se ajustam ao ambiente da empresa. Talvez o Filipe se sentisse angustiado. Pudera, ninguém gosta de ouvir coisa assim. Mas não importa. Ele voltará para a sua mesa, abrirá novamente o seu manual de XHTML e planejará o próximo trabalho significativo, grande, digno do respeito dos amigos e dos aplausos de todos que esperam o seu bom desempenho.

Sim, invoquemos a tutela do Estado sempre que não houver outro modo de assegurar o mínimo para a dignidade humana. Mas o que realmente faz diferença é a atitude, o preparo e o controle emocional. Atitude quer dizer vontade e adequação ao meio. Vontade porque não conseguirá sem empenho genuíno. Adequação ao meio porque tem de ter comportamento que se compatibilize com o ambiente de trabalho.
A este propósito, resgato uma curta história. Certa vez, em uma instituição alguns indivíduos cegos estavam a posicionar-se no palco para uma apresentação. Estavam a falar, a rir e um de seus integrantes não cessava de bater com a mão em uma chave que se encontrava no bolso. Ouvi alguns dizerem: “Nossa, os cegos são pessoas alegres!” Na verdade, senti que ela desejava dizer: “Cegos são mal educados!” Isto porque o grupo não conseguia perceber que, no palco, tinha de ter atitude austera, que havia um grande número de pessoas a olhar para si. No trabalho, encontrei bons exemplos de pessoas deficientes que não sabiam se comportar. Ou falavam muito alto sem se atentar que invadiam o espaço alheio, ou ficavam a bater os dedos sobre a mesa como se estivesse em uma escola de samba. Há ambientes que, não só permitem esta atitude, como inclusive estimulam. Mas há que se ter noção de que nem todos os comportamentos servem a todos os ambientes. Cegos observam menos o comportamento alheio porque a visão é importante aliado na formação do senso crítico. Contudo, por saber que lhes falta um sentido, é preciso estar muito mais atento para que não seja inconveniente.

E se há os que, sendo excessivamente expansivos, ultrapassam a fronteira entre o alegre e o inoportuno, há também aqueles que, se impõem tão severa autocrítica que não são capazes de articular meia dúzia de palavras sem que exibam um certo tom, mecânico, revisado, preocupado em censurar-se a todo o momento. Este pode ser confundido com o tímido, ou pior, com o inseguro que não deseja arriscar e, portanto, alguém incapaz de conseguir o que quer que seja.

A grande força criadora de mudança em nossas vidas é crer, ao menos em um primeiro momento, que tudo depende exclusivamente de nós. Se tal não é verdadeiro, deixemos que as circunstâncias demonstrem a inexatidão da teoria. Não sejemos nós próprios a criar barreiras que não existem. Por vezes, nós as criamos porque temos medo, mas também desejamos muleta que nos disculpe pela deficiência que temos no músculo da vontade.

Olá Luís !!

Obrigado pela força que me estás transmitindo !! loooool

Bom, costuma-se dizer que quem não arrisca não petisca ... !!
E certamente em muitos momentos da nossa vida devemos arriscar .... !!
Eu estava no ínicio da carreira e arrisquei, mesmo sem ter garantias q tudo desse certo .... !!

Já depois de tar cá a trabalhar há cerca de 5 anos a recibos verdes, que é uma autêntica porcaria .... !! :-(
Eis q surgiu um concurso externo para ingresso nos quadros.
Na minha àrea eram 150 candidatos e 5 vagas .... imagina só .... !!
Foi muito duro, tive q lutar muito e arriscar mais uma vez .... !!
Eu chegava a casa cansado do trabalho e ainda tinha que estudar em casa à noite legislação sobre a administração pública, um catrapasso enorme .... e tinha apenas cerca de 1 mês ou menos para o estudar .... !!
Graças a Deus consegui passar em todas as etapas, e hoje já estou nos quadros há cerca de 4 anos .... !!

Agora já se sabe, que atingindo um patamar de estabilidade, não se deve desleixar ... !!
Eu tenho atitude, e não fico à espera q as coisas venham até mim, aliás trabalho é q não me falta .... !!
Pelo contrário, invisto e tento ir ao encontro às necessidades que vão surgindo ... !!
Preparo isso tb tenho .... !! looool

Relativamente a controle emocional, sei separar as águas, do que é trabalho do que é lazer
Costuma-se dizer que trabalho é trabalho e conhaque é conhaque ... !!

Últimamente nem por isso, mas antigamente quando o meu patrão me chamava ou vinha ter comigo, eu ficava um bocadinho nervoso ... !!
E o mesmo se passava ou ainda às vezes se passa com o meu chefe q tá na minha sala comigo, e com o nosso web designer ... !!
Quando ele tá a trabalhar ... tudo bem, mas às vezes quando vem ter comigo por vezes fico um bocadito nervoso .... !!
Mas já tenho mudado imenso e tento controlar o nervosismo e falar com naturalidade .... !!

Bom fds !!
Abraços

Eu pessoalmente acredito que o governo deveria dar algum incentivo fiscal para estimular a contratação no regime CLT de deficientes físicos. Assim, a possível perda de produtividade deles seria equilibrada com os impostos que seriam abonados, sem alterar o salário propriamente dito.

Eu pessoalmente acredito que o governo deveria dar algum incentivo fiscal para estimular a contratação no regime CLT de deficientes físicos. Assim, a possível perda de produtividade deles seria equilibrada com os impostos que seriam abonados, sem alterar o salário propriamente dito.

Abs,
Miguel

Esta criação de subsídios para culmatar a perda de produtividade dos deficientes sempre me causou alguma estranheza. Acho que também é uma forma de discriminação, pode ser positiva para o deficiente, mas é discriminação. Ora, sejamos práticos: se o governo vai atribuir um subsídio para insentivar a empresa a empregar deficientes que produzem menos, não é mais útil empregar uma pessoa sem deficiência. Afinal o objectivo da empresa é produzir ou fazer caridade?
Concordo que se dê emprego a pessoas com deficiência, mas não me parece coerente culmatar uma discriminação com outra. Penso que a verdadeira sensibilização deve passar sim pelo esclarecimento dos empresários, pela escolha de funções que possam ser tão bem desempenhadas por determinado deficiente como por um não deficiente e não por pagar aos empresários para fazerem o favor de empregar um coitadinho.
No meu caso, quando fui trabalhar para determinada empresa que foi financiada pelo governo para me empregar, ouvi o seguinte discurso do director: "Você vem trabalhar para cá porque é do nosso einteresse empregar uma pessoa com deficiência". Eles no momento nem precisavam dos meus serviços mas fazia-lhes jeito pelo que iam receber e para darem uma imagem de bondade para o exterior. Claro que eu fiquei a ganhar, mas isso está correcto?
Pensem nisso!

A internet, além de uma maravilhosa ferramenta também pode ser um grande auxílio neste aspecto.

Já tenho visto deficientes trabalhando virtualmente em diversos setores como atendimento ao cliente, designers, desenvolvimento e muito mais.
Ao contrário do que ocorre em trabalhos que exigem a presença física do deficiente, pela internet iremos avaliar apenas sua capacidade e não suas dificuldades.

Aposto que futuramente teremos muitas surpresas, quando vermos grandes trabalhos nos mais diversos ramos, e descobrirmos que foram feito por deficientes, quem sabe, em suas próprias casas.

tenho 37 anos, tive um acidente a 12 anos tenho o braco esquerdo totalmente paralizado, procurei trabalho em todas as areas todos eles me forao recuzadas ate com o prezidente da camera da minha cidade eu falei mas cumo a minha escolaridade nao era o sufeciente me foi negado e nao avia vagas para mais nenhum sector, entao imigrei para inglaterra onde ja la vao 10 anos onde me arranjarao trabalho e alem do ordenado a seguranca social :DLA, ME DA UM SUBECIDIO EXTRA.
Mas agora quero voltar para portugal meu filho ja tem 13 anos e eu quero que volte comigo encuanto menor, pk mais tarde ele nao quer ir. o k eu quero saver e se eu tenho direito algum subecidio fixo da seguranca social por ser defeciente, assim eu podia voltar para o meu pais uma ves k trabalho nao aquerdito k va arranjaraguardo resposta obrigada