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Siminário - Emprego para todos

Publicado por Lerparaver
Data do evento: 
Quinta, 11 Outubro, 2007 - 01:00
Tipo: 
Conferência/Seminário/palestra
País: 
Portugal
Cidade/Estado: 
Lisboa
Local: 
Auditório da Vodafone Portugal, Parque das Nações
Entidade promotora: 
ACAPO
Descrição do evento: 

Como e Porquê Empregar um Deficiente Visual

Iniciativa com o Alto Patrocínio de
Sua Excelência o Presidente da República

ENQUADRAMENTO

A Direcção Nacional da ACAPO ao organizar um Seminário subordinado ao tema " Emprego para Todos - Como e porquê empregar um deficiente visual " pretende levar ao conhecimento de toda a população, em especial dos empregadores, que ter necessidades especiais não significa a impossibilidade de realizar funções ou de ser mau colaborador.

Neste sentido a ACAPO espera, com este seminário, contribuir para uma mudança de mentalidade e abrir novas oportunidades.

OBJECTIVOS

Dar a conhecer ao tecido empresarial e profissionais da área do recrutamento as potencialidades e qualidades dos trabalhadores deficientes visuais.

PÚBLICO - ALVO

Responsáveis dos Departamentos de Recursos Humanos do sector empresarial público e privado, empresas de recrutamento, psicólogos e sociólogos.

Data: 11 de Outubro de 2007 (quinta feira)

Local: Auditório da Vodafone Portugal, Parque das Nações,

Av. D. João II - Lote 1.04.01 - Ala Sul   (mapa anexo)

Inscrições limitadas * Entrada Gratuita

Envio de ficha de Inscrição s.f.f.

PROGRAMA PROVISÓRIO

9h00 Registo e Recepção

9h30 A DEFICIÊNCIA VISUAL – 1.º Painel
Moderador - João Pedro Fonseca, Psicólogo, Instituto Gama Pinto
O deficiente visual - Margarida Loureiro, Professora de Educação Especial
Cegueira e baixa visão - Inês Palma, Directora do Departamento de Ergonomia e Reabilitação da Ataraxia
A visão no trabalho - Peter Colwell, Técnico de Acessibilidade, ACAPO

10h45 Debate

11h00 Coffee Break

11h20 POLÍTICAS SOCIAIS E EMPREGO – 2º PAINEL
Moderadora - Rita Pires, Assistente Social, Centro Saúde de Oeiras
Programa e medidas de apoio para a contratação, Alexandre Rosa Vice-Presidente do IEFP

12h10
Igualdade de Oportunidades no Trabalho e no Emprego , Adalberto Fernandes, Instituto Nacional de Reabilitação

Debate

12h30 Almoço Livre

ACESSIBILIDADES - 3.º Painel
Moderador - Rodrigo Santos, Locutor amador
Acessibilidade Física para Todos (Deficientes Visuais Inclusive) João Beirante,
Escola Superior de Tecnologia de Setúbal
Sites Acessíveis - Teresa Marta, Vector 21
Provas de Selecção para todos – José Manuel Fernandes, Psicólogo, ACAPO

15h10 Debate

15h20 EMPREGABILIDADE 4.º Painel
Moderadora - Ana Sofia Antunes, Advogada, Vice-Presidente da ACAPO
Paulo Sargento Santos, Psicólogo, Clínica e Psicologia do Campo Grande

Casos de Sucesso
Inês Cavalleri, Recursos Humanos, Jerónimo Martins, a confirmar
Êrnani Magalhães, SILVEX, a confirmar
Aristides Santos, Deficiproduct,
Ana Margarida Morais, Licenciada em Jornalismo

16h50 Debate

17h10 Coffee Break

17h00 SESSÃO DE ENCERRAMENTO
José Esteves Correia, Presidente da ACAPO
Vodafone, a confirmar
Idália Moniz, Secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação

Comentários

Como pode a ACAPO promover uma iniciativa como esta quando a própria ACAPO não dá o exemplo. A ACAPO dá prioridade a normovisuais mesmo quando algum cego se candidata a um cargo que pode perfeitamente ser exercido por um deficiente visual. Tenho um amigo a quem isso aconteceu ainda a semana passada!
Com que dignidade podem eles pedir e até apresentar as vantagens de empregar um deficiente se o exemplo não vem de dentro?
No entanto, apesar dos pesares, espero que este evento tenha sucesso e que outras empresas não dêem o mau exemplo da ACAPO!
Beijos da Lúcia

Olá Lúcia.

Mesmo sem conhecer o caso em concrecto, ou melhor, o do seu amigo, tenho de discordar de si.
A acapo nestes anos de existência já proporcionou emprego a muitos deficientes visuais.
Actualmente, muitos deles fazem parte do quadro de pessoal da instituição.
É evidente que a Acapo também tem funcionários normovisuais, em funções que, como é lógico poderiam ser desempenhadas por pessoas cegas. Mas, ninguém compreenderia que a Acapo apenas empregasse cegos ou amblíopes, porque isso não é certamente uma medida inclusiva. O ideal é que a Acapo faça com que os cegos tenham facilidade em serem admitidos no maior número possível de entidades.
Existe ainda uma outra reçalva que me parece importante.
Como associado da Acapo eu quero é que os funcionários sejam competentes, eu não ganharia nada em saber que a associação tinha funcionários cegos ou amblíopes que fossem incompetentes, que não desempenhassem convenientemente as funções que resultariam do cargo por eles ocupado.
Para além do prejuízo evidente que isso iria trazer para associados e utentes, seria igualmente prejudicial para a imagem que se queria dar, uma vez que, a ideia que iria passar para a opinião pública era que os deficientes visuais eram incompetentes. Seguindo essa linha de pensamento, seria bastante redutor pensar há partida que a Acapo iria dar em todas as situações preoridade a um deficiente visual, descorando logo há partida a vertente da competência do futuro funcionário.
Por exemplo, numa selecção de pessoal, eu sou aplogista que se possa dar preoridade a um deficiente visual, se por acaso as provas que ele prestar forem cimilares às de um normovisual. Agora, se o dv estiver muito aquem do normovisual, obviamente eu vou optar por quem me dá mais garantias.
Aliás essa é sem dúvida a postura mais correcta. Até para que se comece definitivamente a passar a ideia que os deficientes visuais merecem uma oportunidade de aceder ao mercado de trabalho, mas no que concerne há competência os dvs têm de render tanto como os restantes trabalhadores.

+Filipe Azevedo

Filipe, concordo ctg, mas não inteiramente. Numa situação em concreto, a pessoa em questão nem foi seleccionada para a entrevista. Concordo que a pessoa em questão não ficasse no cargo se não cumprisse os critérios relativos ao concurso. Mas ser eliminada por não poder conduzir quando o cargo nem era de motorista...
No mais dou-te razão. Depois de uma selecção e de uma entrevista que não foi realizada, então seria coerente escolher a pessoa mais competente, fosse ela cega, amblíope ou normovisual.

Olá Tadeu.
Repito a primeira ideia que deixei no meu comentário: não conheço o caso em concrecto.
Mas, se há coisa que em minha opinião a Acapo não pode ser acusada, é a de não fumentar o emprego por parte das pessoas cegas e amblíopes.
Nesta situação em particular, se houveram irregularidades, cabe aos envolvidos denunciarem-nas às entidades competentes. Não é em minha opinião minimamente correcto, pôr-se em causa uma instituição só por um caso em concrecto, ainda por sima, quando o mesmo nem sequer foi mencionado.
Quanto ao facto de não saber conduzir, relembro o que já sabes, esse é um dos requesitos exigidos para muitas profissões, e não é só para a de motorista, obviamente.

+Filipe Azevedo